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5 motivos por que médicos devem ser bons em gestão de pessoas

Confira 5 motivos que, na verdade, são lugares ou situações em que uma boa liderança médica faz toda a diferença!

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Você provavelmente já ouviu falar sobre gestão de pessoas no contexto corporativo, com líderes e/ou profissionais de RH recorrendo às técnicas desta área para conseguir os melhores resultados. Entre os processos otimizados estão a seleção de novos talentos e a comunicação interna.

De longe, isso pode até parecer alheio ao dia a dia do sistema de saúde ou, pelo menos, desvinculado do papel do médico em seu ambiente de trabalho. Afinal, o diretor do hospital é o principal responsável pelas decisões, orientando os demais braços administrativos da organização.

Porém, os benefícios conquistados com as ferramentas da gestão de pessoas não se limitam a grandes empreendimentos. Até mesmo pequenas equipes têm seus desempenhos melhorados quando seu líder sabe como motivá-las e oferecer um feedback adequado, por exemplo.

Foi neste sentido que pensamos sobre este conteúdo. Trouxemos 5 motivos poderosos, sabe por quê? Cada um deles configura um lugar ou uma situação em que uma boa liderança médica faz toda a diferença. Então, continue a leitura!

Clínica médica

Após adquirir conhecimentos em gestão de pessoas, será muito mais fácil para você gerenciar sua própria clínica médica, por exemplo, no que tange à melhoria das condições de trabalho. Ter um relacionamento próximo com os profissionais que trabalham com o atendimento direto ao seu paciente é o primeiro passo.

Dessa forma, as relações de confiança são estabelecidas para que seus colaboradores se sintam à vontade para demandar melhorias que aumentem sua produtividade, assim como para sugerir otimizações. Assim, todo mundo sai ganhando, inclusive você, com mais pessoas indicando seus serviços para parentes e amigos.

Sistemas de gerenciamento serão seus aliados na organização das tarefas e na automatização de agendas, entre outras funções rotineiras. No entanto, para o vínculo criado com “olho no olho” ainda não há substitutos à altura.

Além disso, ao saber as principais dificuldades de seus auxiliares na clínica, você conseguirá promover treinamentos que realmente solucionarão sua defasagem, pois  atacam a raiz do problema.

Por fim, ser capaz de gerir pessoas de forma eficiente também é uma mão na roda na hora de atrair parcerias, como centros de diagnóstico, investidores e sócios

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Sistema Único de Saúde (SUS)

No Programa Saúde da Família, uma das atribuições específicas dos médicos é participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da unidade. Recursos humanos não são contemplados dentro desta categoria, mas qualquer posição de gestão requer contato com outras pessoas.

Para lidar com o alto e médio escalão administrativo, você precisará de soft skills, como comunicação não-violenta, negociação e diplomacia. Tudo isso para saber transmitir as necessidades que presenciou ou que lhe foram relatadas por enfermeiros e auxiliares, por exemplo, àqueles que ali estão para buscar tais soluções.

Além disso, caso no futuro ocupe uma posição de liderança, você poderá ser responsável pela orientação de residentes recém-chegados. Ou seja, precisará saber gerenciá-los para conservar um ambiente de trabalho saudável, mediando conflitos quando necessário e incentivando-os no desenvolvimento de suas habilidades.

Equipes multidisciplinares

Com sua relevância sendo cada vez mais reconhecida, as equipes multidisciplinares hoje ocupam variadas áreas, como a Medicina Esportiva e a Oncologia, por exemplo. Nessas situações de troca envolvendo o bem-estar do paciente, a gestão de pessoas revela-se importante em dois aspectos.

O primeiro é o de aprendizagem mútua, uma vez que você estará trabalhando com vários outros profissionais da saúde e terá muito a aprender sobre suas respectivas especialidades. Nenhuma de suas propostas poderá estar desvinculada de todo o planejamento com os enfermeiros, nutricionistas e psicólogos.

Já o segundo se dá pelo fato de que é comum o paciente depositar mais confiança no médico, que acaba precisando assumir o papel de líder da equipe. Ou seja, esse reconhecimento vem com o peso da responsabilidade.

Portanto, saber como oferecer feedbacks aos colegas e comunicar pedidos que lhe foram passados diretamente pela pessoa assistida fará com que o dia a dia do tratamento seja bem-sucedido. Além disso, caso você tenha profissionais mais jovens em sua equipe, essas ferramentas vão lhe ajudar a desenvolver novos talentos

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Hospitais de campanha

As unidades médicas móveis atendem a população quando emergências acontecem. Durante a pandemia, pudemos ver a instalação de alguns hospitais de campanha pelo país, a fim de reduzir a sobrecarga do sistema de saúde permanente.

Outros eventos com múltiplas vítimas menos comuns no Brasil, mas que costumam exigir a presença dessas unidades são terremotos e furacões que, normalmente, comprometem estruturas físicas e deixam muitos feridos. Ou seja, são situações difíceis nas quais o médico-chefe precisará motivar seus colegas e auxiliares com certa frequência.

Atitudes assim podem prevenir o aumento do estresse, evitando que a Síndrome do Burnout seja desencadeada.

Equipes voluntárias

A saúde no interior do Brasil depende, muitas vezes, do empenho de ONGs com profissionais que escolheram como missão atender populações ribeirinhas e tribos dos povos originários. Eles atravessam matas fechadas e rios por dias para chegar a pontos quase inacessíveis e salvar vidas.  

Mesmo com toda vocação, o engajamento de uma equipe voluntária pode sofrer abalos durante as expedições humanitárias. Para evitar a perda de recursos humanos e manter os colegas firmes no trabalho que se comprometeram, o médico pode utilizar diversas técnicas de gestão de pessoas. 

A aplicação também pode ser útil no que se refere à humanização da prática médica, tão vital para a compreensão de contextos diferentes, como a realidade de quem vive em locais isolados. Isso porque, como líder, você poderá agir de forma estratégica e individualizada no aprendizado de seus tutorados.

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