Metodologia ativa na Medicina: o que é e qual a diferença do ensino tradicional?
Veja abaixo o que diferencia de fato o ensino tradicional da metodologia ativa para você escolher a faculdade certa para cursar Medicina.
Hoje você vai descobrir que há vários mitos sobre a metodologia ativa na Medicina, e o primeiro é que isso é um diferencial. Sabe por quê? As faculdades que não oferecem nenhum método desse tipo estão descumprindo a Diretriz Curricular Nacional (DCN), documento que regulamenta o curso de Medicina.
Sim, é isso mesmo que você leu. Desde 2014, a DCN traz esse pilar como uma obrigatoriedade. É por isso que você precisa ficar atento à matriz curricular da faculdade onde pretende estudar para não ser enganado por “falsos diferenciais”.
Veja abaixo o que distingue de fato o ensino tradicional da metodologia ativa, e quais critérios você deve ter para se encantar por uma Instituição de Ensino Superior. Afinal, a qualidade da sua formação é o que determinará o sucesso da sua carreira lá na frente.
Explicando a metodologia ativa na Medicina
Embora tenha se popularizado dessa forma, a metodologia ativa não se limita ao Aprendizado Baseado em Problemas (PBL) e ao Aprendizado Baseado em Grupos (TBL). Mas essa confusão acontece porque introdução desse conceito no Brasil foi por meio do PBL, e isso aconteceu há quase 30 anos.
Assim, esse método se tornou bastante comum entre várias universidades públicas e privadas em nosso país. O que é incomum e você deve ficar atento são os outros métodos que também fazem parte desse grande guarda-chuva que busca colocar o estudante no foco do aprendizado.
Independentemente do formato ou do conteúdo abordado, todas as vertentes da metodologia ativa na Medicina favorecem o desenvolvimento de habilidades críticas. Via de regra, esse modelo aproxima o aluno da realidade profissional ao estreitar o espaço entre a sala de aula e o ambiente clínico, sem deixar nada a desejar na base teórica.
Ao trabalhar com pequenos grupos, o professor consegue dar uma atenção mais individualizada a cada estudante. Em atividades práticas, como simulações de atendimento a pacientes, o professor é capaz de observar o desempenho de cada um e ajusta a abordagem conforme as suas necessidades, proporcionando feedback imediato e personalizado.
Como é o ensino tradicional
Não é difícil notar as diferenças entre as duas metodologias pelo simples fato de que, no ensino tradicional, há várias disciplinas que são 100% teóricas. Ou seja, o conhecimento é transmitido pelo professor de forma unidirecional durante as aulas e, depois de receberem os conteúdos de forma passiva, os alunos estudam sozinhos o que foi passado em sala.
O grande problema desse modelo é que o estudante fica limitado a absorver o material. Isso porque as aulas teóricas, frequentemente, não promovem debates ou críticas, o que dificulta o desenvolvimento do pensamento crítico.
Além disso, as atividades práticas no ensino médico tradicional ocorrem, geralmente, no próprio ambiente de atuação do professor, sob sua supervisão. Embora essas atividades ofereçam algum tipo de vivência prática, elas ainda são restritas e não proporcionam ao aluno a liberdade de explorar ou questionar de maneira mais independente.
Outra desvantagem é que o foco do ensino tradicional está em cobrir o maior número possível de tópicos e conceitos de maneira exaustiva, muitas vezes sem considerar a necessidade de aprofundamento real em áreas específicas. Além disso, essa metodologia traz um modelo de avaliação que tende a ser centrado em provas e exames.
Isso não garante, no entanto, que o aluno tenha realmente aprendido o conteúdo de forma eficaz. A falta de feedback contínuo e formas de avaliação mais dinâmicas não favorecem a identificação do nível de compreensão dos estudantes nem a promoção de um aprendizado mais rico e duradouro.
E a metodologia Afya para Medicina, como funciona?
Em poucas palavras, a metodologia da Afya é única e une o que há de melhor em todas as outras. O PBL, por exemplo, foi a inspiração para criarmos a Aprendizagem em Pequenos Grupos (APG), que faz parte de um braço maior chamado Sistemas Orgânicos Integrados (SOI).
Dentro do eixo SOI, o aluno terá várias disciplinas essenciais para estudar durante todo o curso. São elas: embriologia, citologia, genética e histologia, junto com palestras e práticas de laboratório, que são um trunfo para garantir a sedimentação do conhecimento e sua aplicação em simulações do dia a dia médico.
Ou seja, você não vai ver uma dessas matérias no início do curso e depois nunca mais. Além disso, toda a matriz curricular é ensinada a partir de aulas teóricas e práticas.
Outros eixos são: Habilidades e Atitudes Médicas (HAM), onde todo estudante finalmente se encontra. É nesse método ativo que se aprende a auscultar o coração, aferir pressão etc.
Há também o método de Práticas Interdisciplinares de Ensino Pesquisa e Extensão (PIEPE), que não é um diferencial, visto que é obrigatório em todo curso de Medicina. Dentro da Afya, foi a forma como encontramos de “curricularizar” os projetos em 10% da grade, que dá cerca de 700 horas, e registrar as presenças nas orientações.
Já o MCM, ou Métodos Científicos em Medicina é um grande diferencial em relação às demais universidades, pois além de ensinar as técnicas de pesquisa, na Afya, os professores também têm que ensinar bioestatística, epidemiologia, Medicina baseada em evidências. Desse modo, depois de cinco períodos, o aluno sai com o TCC pronto.
Há ainda as clínicas cirúrgicas e integradas, que são lecionadas em conjunto para que o estudante desenvolva o raciocínio clínico e descubra qual será a solução ideal para o paciente sozinho. Dentre as obrigatoriedades, oferecemos também o ciclo de Internato e matérias eletivas.
Mas, por fim, não podemos deixar de falar sobre outro diferencial importante: o IESC, que significa Integração, Ensino, Serviço e Comunidade. Seu objetivo é que o aluno observe como tudo funciona nesse método e aprenda a teoria que será colocada em prática, posteriormente, lá no método PIEPE.
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