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Médico infectologista: conheça as diferentes áreas de atuação

O médico infectologista tem papel fundamental no diagnóstico, tratamento e controle de doenças endêmicas e pandêmicas. Saiba mais!

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A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estima que um grupo crítico de doenças infecciosas e parasitárias (DIP), entre elas HIV/Aids, tuberculose (TB), malária e outras doenças infecciosas negligenciadas tenha sido responsável por cerca de 7% das mortes em todas as faixas etárias e etnias nas Américas, em 2017. Diante disso, o médico infectologista tem papel fundamental no diagnóstico e controle dessas doenças, e isso pode se dar de diferentes maneiras. É sobre isso, portanto, que trataremos neste texto. 

O que são as doenças infecciosas e parasitárias?

As doenças infecciosas e parasitárias (DIP) se caracterizam por se desenvolverem de modo dependente de um hospedeiro. Segundo definição da Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz, que viabiliza pesquisas na área, as doenças infecciosas são consequências tanto da ação do agente quanto da resposta do hospedeiro, que passa a apresentar sintomas e alterações em todo o organismo.

Em geral, os sintomas podem se manifestar como:

  • Adinamia
  • Cansaço
  • Cefaleia
  • Coma
  • Coriza
  • Convulsões
  • Diarreia
  • Disúria
  • Dor de garganta
  • Dor torácica e abdominal
  • Esplenomegalia
  • Febre
  • Hepatomegalia
  • Icterícia
  • Náusea
  • Rash cutâneo
  • Rigidez de nuca
  • Sensação de mal-estar indefinido
  • Sopro cardíaco
  • Sonolência
  • Vômitos

Ao observar tais sinais, o médico deverá sempre suspeitar de DIP e investigar o paciente de maneira adequada.

Onde atua e o que faz um médico infectologista?

Especializado na investigação e tratamento de doenças infecciosas, provocadas por vírus, bactérias e outros patógenos, o médico infectologista é um pilar importante, principalmente dentro de hospitais, pelo fato de atuar bastante em conjunto com outros profissionais da saúde, como colegas médicos, enfermeiros e/ou microbiologistas e outros pesquisadores. O especialista também pode, ele mesmo, atuar como pesquisador.

Conheça 10 áreas em que o médico infectologista pode concentrar seus trabalhos

  1. Atenção em saúde pública e prevenções primária e secundária
  2. Controle de arboviroses e zoonoses
  3. Doenças pandêmicas e epidêmicas
  4. Ensino e pesquisa médica
  5. Imunizações
  6. Infecções agudas e crônicas comuns e resistência a antibióticos
  7. Infecções em crianças
  8. Infecções de escala global (HIV/Aids e tuberculose, por exemplo)
  9. Infecções tropicais/ medicina tropical
  10. Microbiologia e virologia

Caso opte por atuar diretamente com pacientes, o médico infectologista deverá saber que alguns requisitos deverão ser cumpridos para a promoção adequada do cuidado tanto do indivíduo que apresenta a infecção quanto da sociedade. Veja algumas dessas necessidades:

  • Realização de exames físicos e laboratoriais que identifiquem a doença e de que modo ela afeta o paciente;

  • Determinação do quão contagiosa é a doença diagnosticada e ações que impeçam a continuidade da transmissão;

  • Recomendação do tratamento adequado, seja medicamentoso ou cirúrgico;

  • Orientação ao paciente e seus familiares sobre sintomas a serem observados durante o quadro evolutivo ou recuperação;

  • Pesquisa sobre viagens nacionais e/ou internacionais do indivíduo doente;

  • Mapeamento do contato com pessoas antes e depois da manifestação da doença a fim de identificar o paciente zero e caminho da transmissão;

  • Troca de informações com outros pesquisadores ou médicos das áreas em que o paciente esteve a fim de avaliar os riscos para as populações;

  • Em casos mais graves, ações conjuntas junto às autoridades de controle de doenças e vigilância epidemiológica a fim de evitar a propagação de doenças.

Como se tornar um médico infectologista?

Ingressar na graduação em medicina é o primeiro passo a ser dado pela pessoa que deseja se tornar especialista em doenças infecciosas. Depois disso, será necessário ingressar na residência médica em infectologia e cursar o programa pelo período de três anos.

Durante a residência, o médico terá experiências teóricas e práticas que envolvem anatomia clínica, sessões clínico-radiológicas, laboratoriais, debates sobre artigos científicos e casos reais que poderão contribuir para a especialização.

Leia também: Conheça as diferenças entre residente e interno em medicina

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