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O futuro da Medicina é das mulheres: elas já são maioria na profissão

Como as mulheres estão mudando os rumos da Medicina? Saiba mais sobre o assunto!

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A Medicina, uma das profissões mais antigas e respeitadas do mundo, passou por transformações significativas ao longo dos séculos. Se antes era um campo dominado por homens, hoje as mulheres na Medicina não só conquistaram seu espaço, como também se tornaram a maioria em muitos países, incluindo o Brasil.

Mas como isso aconteceu? E por que as mulheres médicas são consideradas o futuro da Medicina?

Continue por aqui! Juntos, vamos explorar a trajetória das mulheres nessa área, os desafios que enfrentaram e as razões pelas quais elas estão liderando essa revolução. Vamos começar?

Como a história da Medicina se relaciona com os homens?

A Medicina tem suas raízes na antiguidade, com figuras como Hipócrates, considerado o "pai da Medicina". No entanto, durante séculos, a prática médica foi quase exclusivamente masculina.

Nesse cenário, então, as mulheres eram frequentemente excluídas das universidades e das oportunidades de formação, e aquelas que buscavam atuar na área da saúde eram relegadas a papéis secundários, como parteiras ou cuidadoras.

E não se esqueça: houve até uma época em que aquelas que ousavam praticar Medicina eram queimadas na fogueira, como bruxas. Ou seja: a história não foi gentil com as mulheres. Mas, felizmente, isso tem mudado! No Brasil, a primeira mulher a se formar em Medicina foi Rita Lobato Velho Lopes, em 1887.

Sua conquista foi um marco, mas também um reflexo das barreiras que as mulheres enfrentavam: Rita precisou de uma autorização especial do imperador Dom Pedro II para ingressar na faculdade. Mesmo após sua formatura, as mulheres continuaram a enfrentar resistência e preconceito no meio médico.

Como foi a revolução das mulheres na Medicina?

A partir do século XX, as mulheres médicas começaram a ganhar espaço, impulsionadas por mudanças sociais, políticas e culturais. A luta pelos direitos das mulheres, o movimento feminista e a maior aceitação da presença feminina em profissões tradicionalmente masculinas foram fatores cruciais para essa transformação.

No Brasil, o número de mulheres na Medicina cresceu de forma significativa nas últimas décadas. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2020, as mulheres já representavam mais da metade dos médicos com menos de 29 anos no país. Além disso, em algumas especialidades, como Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, as mulheres são maioria absoluta.

Quais foram os fatores que contribuíram para essa mudança?

O primeiro grande ponto que contribuiu para isso foi a ampliação do acesso à educação de nível superior. Isso permitiu que mais mulheres ingressassem nas faculdades de Medicina.

Além disso, as mudanças culturais da sociedade também têm importância, já que a sociedade passou a valorizar mais a presença feminina em todas as áreas profissionais.

Por fim, as mulheres conquistaram direitos e espaços que antes lhes eram negados, incluindo a igualdade de oportunidades na Medicina. Um dia de cada vez, mas já foram dados muito passos!

Por que as mulheres são o futuro da Medicina?

É claro que ninguém é melhor do que ninguém e que todos temos o mesmo potencial. No entanto, as mulheres médicas não só conquistaram seu espaço, mas também estão moldando o futuro da Medicina. Aqui estão algumas razões pelas quais elas são consideradas as líderes dessa nova era!

Humanização do atendimento

Um dos maiores legados das mulheres na Medicina é a humanização do atendimento. Elas tendem a adotar uma abordagem mais empática e comunicativa, o que fortalece a relação médico-paciente.

Em um mundo onde a Medicina está cada vez mais tecnológica e focada em dados, essa capacidade de ouvir, acolher e se conectar emocionalmente com os pacientes é um diferencial essencial. Afinal, a Medicina não é só sobre tratar doenças, mas também sobre cuidar de pessoas.

Foco na prevenção

Além disso, as mulheres médicas são frequentemente associadas a uma visão mais holística e preventiva da saúde. Elas tendem a promover a prevenção de doenças e o cuidado integral do paciente, o que não só melhora a qualidade de vida das pessoas, mas também reduz custos para o sistema de saúde.

Essa abordagem preventiva é crucial em um momento em que doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, estão em ascensão.

Diversidade e inclusão

Outro ponto é que a presença feminina na Medicina traz uma diversidade de perspectivas que enriquece a prática médica e a pesquisa.

Mulheres são mais propensas a atender populações vulneráveis, como idosos, crianças e comunidades carentes, promovendo a equidade em saúde. Além disso, elas estão ajudando a quebrar barreiras e a criar um ambiente mais inclusivo para outros grupos sub-representados na Medicina.

Liderança e inovação

Por fim, com mais mulheres assumindo cargos de liderança, a Medicina está se tornando mais inclusiva e inovadora. Elas estão à frente de iniciativas que integram tecnologia, pesquisa e cuidado humanizado, criando soluções que beneficiam tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.

Assim, capacidade de liderar com empatia e colaboração desse grupo está transformando a cultura médica, tornando-a mais aberta e progressista. E isso é bem o que precisamos, certo?

Quais são os desafios que ainda precisam ser superados?

Apesar dos avanços, as mulheres na Medicina ainda enfrentam desafios. Conheça alguns a seguir!

Desigualdade salarial

Você sabia que, em muitas especialidades, as mulheres seguem sendo menos remuneradas do que os homens, mesmo desempenhando as mesmas funções? Essa disparidade salarial é um reflexo de uma cultura que, muitas vezes, subestima o trabalho feminino.

Por isso, é essencial promover políticas de equidade salarial e transparência nos critérios de remuneração, garantindo que as mulheres sejam valorizadas de forma justa.

Dupla jornada

A conciliação entre carreira e vida pessoal pode ser especialmente desafiadora para as mulheres, que assumem muitas vezes a maior parte das responsabilidades domésticas e familiares. Isso pode levar a uma sobrecarga e até ao abandono da carreira médica.

Assim, os programas de apoio à maternidade e à vida familiar, como horários flexíveis e creches no local de trabalho, podem ajudar a equilibrar essas demandas.

Preconceito em áreas cirúrgicas

Por fim, as especialidades cirúrgicas ainda são vistas como "masculinas", o que desencoraja muitas mulheres a seguirem essas carreiras. Além disso, aquelas que escolhem essas áreas podem enfrentar discriminação e falta de apoio.

Nesse contexto, as campanhas de conscientização e mentoria podem ajudar a combater estereótipos e incentivar mais mulheres a ingressarem e permanecerem nessas especialidades.

Gostou de saber mais sobre as mulheres na Medicina? Elas não só conquistaram seu espaço na Medicina, como também estão liderando uma transformação essencial para o futuro da profissão.  

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