Graduação

Resumos e mapas mentais no digital para estudar Medicina

Revisar é muito importante para aprender e, neste artigo, nós falamos sobre os resumos e os mapas mentais. Leia agora e dê um boost nos seus estudos!

8
minutos de leitura

Mapas mentais existem desde o século III a.C., quando Porfírio de Tiros visualizou graficamente as Categorias de Aristóteles, criando a chamada “Árvore Porfiriana”. No entanto, foi o psicólogo Tony Buzan, falecido em 2019, quem cunhou o termo e o popularizou ao colocá-lo sob os holofotes das novas mídias. Enquanto o primeiro foi desenhado em um tipo rudimentar de papel na Grécia Antiga, hoje, existem diversas ferramentas (MindMeister, GoConqr, Draw.io, Canva e Gliffy) para você fazer os seus no digital.

Se você é um estudante de Medicina, certamente já deve saber que a revisão é de extrema importância. Afinal, o cursinho pré-vestibular, extensivo ou intensivo, serve para fazer exatamente isso com tudo que aprendemos durante os três anos do Ensino Médio. Além disso, pode valer mais a pena revisar uma matéria, aprendendo-a a fundo e fixando-a para pô-la em prática corretamente, do que estudar um conteúdo novo.

Os dois modelos de revisão sobre os quais falaremos neste artigo são os resumos e os mapas mentais. Então, pegue logo a sua caneta para dar um boost nos seus estudos, com as explicações abaixo.

Resumos vs Mapas mentais

Resumos são materiais de texto, manuscritos ou digitados, nos quais elencamos as partes mais importantes que lemos em um capítulo de uma apostila ou de um livro didático. Via de regra, esta seleção vai de acordo com o que os professores costumam cobrar em prova ou do que têm sido previsto para cair nos vestibulares.

De qualquer forma, embora os mapas mentais estejam mais em alta atualmente, o bom e velho resumo de matéria ainda tem o seu valor. Isso porque um método de estudo não substitui o outro. Na verdade, os dois são complementares, pois é muito mais fácil desenhar um mapa mental a partir da síntese de um conteúdo do que a partir de um capítulo inteiro sobre o assunto que se está estudando.

O que colocar em um mapa mental

Em primeiro lugar, deve-se definir o recorte que será feito sobre o assunto estudado. Isto é, não adianta tentar fazer um mapa mental de um assunto guarda-chuva, sobre o qual existem muitas variantes e ramificações distantes, pois você provavelmente deixará passar detalhes importantes. Portanto, seja específico: não é para copiar e colar o que está no resumo escrito, ok?

Depois que você houver selecionado o objeto central do seu mapa, está na hora de quebrar a cabeça sobre os possíveis desdobramentos que podem ser feitos a partir dele. Por exemplo, se o seu tema é a Mononucleose, alguns de seus ramos serão: origem da doença; formas de contágio; medidas de prevenção e por aí vai.

Como fazer um mapa mental para estudar Medicina

Já que estamos falando para pessoas que gostam de estudos baseados em evidências, não poderíamos seguir outro modelo senão o de Tony Buzan. Assim, você deve começar o seu mapa mental pelo centro, de preferência com uma imagem. Em seguida, comece a fazer as ramificações do tema, representando o que ele chamava de “ordenação básica de ideias” ou BIOs.

A codificação dos ramos a serem desenhados também segue um padrão: eles vão ficando cada vez mais finos à medida que se aproxima das extremidades e a intensidade de suas cores vão ficando mais claras também. Estas regras têm base na psicologia, na neurociência e nas evidências que o pesquisador descobriu em seus próprios aprendizados.

Quanto às formas a serem criadas para inserção de caixas de texto maiores, que serão pontos de intersecção para tópicos mais importantes, são sugeridas duas opções. A primeira é a diagramação de aranha e, a segunda, em formato de bolha. Se levarmos em conta esta última, os balões ou bolhas mais distantes do centro conterão informações de maior profundidade e especificidade sobre o tema do mapa.

Outra vantagem de criar mapas mentais no digital é poder fazer hyperlinks com artigos, bancos de imagens e demais sites que possam complementar sua revisão. Caso prefira, algumas ferramentas permitem o upload de imagens, possibilitando a ilustração de subtópicos, como sintomas e medicamentos, por exemplo.

Além disso, use e abuse das cores, pois estas auxiliam no processo de retenção de dados e dê preferência às linhas curvas que, segundo estudos neuropsicológicos, são as preferidas do nosso cérebro. E, por fim, não se esqueça de utilizar palavras-chave para evitar frases extensas e deixar o seu mapa mais dinâmico.

Quando consultá-lo

Na prática, não existe uma regra que estabeleça uma frequência ideal de revisão. Como à maioria dos planos de estudos que funcionam, estabelecer esta quantidade deve ser uma decisão individual do estudante após levar em consideração suas necessidades e rotina.

Porém, também é verdade que existe um estudo chamado Curva do Esquecimento, que pressupõe o declínio da retenção de memória ao longo do tempo. Nesse sentido, podemos sugerir que você consulte seus mapas mentais um dia após tê-lo desenhado, o que já terá sido feito depois uma leitura e escrita de resumo.

Então, revise mais uma vez o assunto dentro de uma semana, 15 dias e, por fim, 30 dias. Para finalizar o aprendizado com sucesso, faça uma ou mais listas de exercícios sobre o tema ao passar deste prazo mais longo.

Benefícios dos mapas mentais

Em suma, transformar resumos em mapas mentais é um excelente método para registrar, organizar e apresentar os estudos feitos em cada um dos 12 períodos da graduação em Medicina. Entre os principais benefícios estão:

  • Ajuda você a lembrar e recuperar informações;
  • Ajuda você a aprender novos conceitos;
  • É uma maneira divertida de aprender;
  • Facilita a compreensão de ideias complexas;
  • Melhora sua apresentação;
  • Aumenta a sua criatividade;
  • Melhora a sua produtividade.

Não à toa, estes se tornaram tão famosos nos últimos anos! Mapas mentais no digital são documentos vivos, que podem ser alterados com o passar do tempo, caso você aprenda algo novo e esta flexibilidade estimulará tanto a busca por novos conhecimentos quanto o seu aprendizado em geral.

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