Lipofilling: como funciona a enxertia facial com células-tronco de gordura
Veja a seguir, mais detalhes sobre a técnica do lipofilling, que você pode aprender em uma pós-graduação em Dermatologia Estética e Cosmiatria.
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No último dia 29, a Afya Educação Médica, a maior pós-graduação médica do Brasil, ofereceu uma masterclass sobre lipofilling, que foi conduzida pela Dra. Lourena Costa, médica dermatologista e coordenadora da pós-graduação. A live contou com a participação de vários convidados e, aqui, trouxemos um resumo do que foi discutido por lá.
Em suma, o lipofilling é uma técnica segura e eficaz, com aplicações que vão além do preenchimento, incluindo regeneração tecidual e melhoria da qualidade da pele. Também foi abordada sua constante evolução, com novas tecnologias e protocolos sendo desenvolvidos para melhorar os resultados e a segurança dos procedimentos.
Veja a seguir, mais detalhes sobre a área de Dermatologia Estética e Cosmiatria, que já é uma subespecialidade muito promissora. Quem sabe esta pós-graduação não é o seu destino também? Descubra a seguir!
Origem do lipofilling e suas aplicações
Descrita inicialmente por Neuber em 1893, o lipofilling foi aprimorado por Coleman na década de 1990, tornando-se uma das mais seguras e eficazes na estética moderna. Por ser biocompatível, a gordura autóloga não causa rejeição e oferece resultados duradouros, podendo durar a vida toda após a pega do enxerto.
Além do preenchimento, o lipofilling promove regeneração tecidual, melhorando a qualidade da pele e tratando cicatrizes. Essa capacidade de rejuvenescimento faz da técnica uma opção versátil, aplicável tanto em procedimentos faciais quanto corporais.
Os tipos de enxertos variam conforme o processamento da gordura. O macrofat, pouco processado, é ideal para volumização em áreas como glúteos e mamas. A Dra. Liliane Jamil, cirurgiã plástica, compartilhou o seguinte no evento: "Utilizamos o macrofat para criar silhuetas harmônicas e naturais em procedimentos de aumento glúteo." Já o microfat, mais processado, é usado em áreas que exigem maior delicadeza, como o rosto.
Há também o nanofat, que é altamente processado e rico em células-tronco. Esta opção também serve regeneração tecidual e tratamento de cicatrizes. "O nanofat é o imunomodulador mais potente que temos hoje, promovendo a melhoria da qualidade da pele”, explicou a Dra. Lourena.
Em geral, esses diferentes tipos de enxertos permitem abordagens personalizadas. Ou seja, que podem ser adaptadas às necessidades de cada paciente.
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Técnicas e tecnologias envolvidas
A coleta de gordura para lipofilling é realizada por meio de lipoaspiração, utilizando técnicas como a tumescente, que reduz a perda sanguínea e aumenta a segurança do procedimento. Após a coleta, a gordura é processada para separar as células adiposas viáveis, passando por etapas como: decantação, centrifugação e filtragem, que variam conforme o tipo de enxerto desejado (macro, micro ou nanofat).
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"A gordura pode ser congelada por até um ano, mas o ideal é utilizá-la no mesmo dia”, explicou a Dra. Lourena. Outras técnicas avançadas e que podem ser associadas ao lipofilling são o PRP (Plasma Rico em Plaquetas), o microagulhamento e o lipocube.
São essas formas de potencializar os resultados e promover um efeito mais abrangente de rejuvenescimento, sendo a última um dispositivo, que já foi aprovado pela Anvisa. O lipocube facilita o processamento da gordura, permitindo a obtenção de nanofat e microfat de forma mais eficiente, segura e padronizada.
Por fim, as células-tronco derivadas do tecido adiposo (ADSCs) têm a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares, como fibroblastos, condrócitos e miócitos, promovendo regeneração e rejuvenescimento. “1 grama de gordura contém cerca de 5.000 células-tronco, uma fonte valiosa para regeneração”, destacou a Dra. Lourena.
Essa característica torna o tecido adiposo uma ferramenta poderosa, com maior concentração de células-tronco do que a medula óssea. Assim, são muitas as suas aplicações na Medicina estética e regenerativa.
Aplicações clínicas do lipofilling
Há, por exemplo, aplicações como o preenchimento de sulcos nasogenianos, mento, zigomas e região periorbital. Além de restaurar volumes perdidos, a técnica melhora a qualidade da pele, reduzindo rugas e promovendo um aspecto mais jovem.
Um caso clínico apresentado durante a masterclass da Afya Educação Médica foi o de uma paciente de 62 anos, que procurou a Dra. Lourena para tratar sinais de envelhecimento, entre eles, a ptose do terço médio. A paciente já havia realizado um fenol periocular, mas apresentava hiperemia residual.
Nesse caso, o procedimento de lipofilling com microfat preencheu o mento, os sulcos nasogenianos e a região malar, proporcionando resultados visíveis já no primeiro dia. Após uma semana, a paciente apresentou um rejuvenescimento significativo, com melhora na projeção do queixo, redução dos sulcos e clareamento da hiperemia periocular.
“Ela ficou tão satisfeita que quer fazer o procedimento novamente, agora para preencher os lábios com gordura própria”, relatou a Dra. Lourena. A paciente optou por uma abordagem natural, recusando o uso de ácido hialurônico, e obteve resultados harmoniosos e duradouros.
No âmbito corporal, o lipofilling é utilizado para preenchimento de glúteos, mamas e correção de irregularidades como celulite e lipodistrofia. Além disso, o nanofat, rico em células-tronco, é aplicado no tratamento de cicatrizes hipertróficas, queloides e queimaduras, promovendo regeneração tecidual.
Riscos e cuidados pré e pós-operatórios
O pré-operatório do lipofilling exige a realização de exames laboratoriais, ultrassom abdominal e uma avaliação clínica detalhada para garantir a segurança do paciente. Esses cuidados ajudam a minimizar os riscos da cirurgia, que podem incluir complicações menores como hematomas e irregularidades no resultado.
No pós-operatório, é fundamental seguir orientações médicas rigorosas, como o uso de compressas frias e malhas compressivas, além de evitar atividades físicas intensas. Embora complicações graves, como a embolia gordurosa, sejam raras, elas podem ser prevenidas com a técnica adequada, o que torna essencial o acompanhamento médico próximo.
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