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Cefaleia: tipos, causas e tratamentos

Cefaleia: você sabe quais os tipos, causas e tratamentos disponíveis para a cefaleia? Leia este material e descubra, agora!

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Muito comum na população, a dor de cabeça pode ser multicausal e gerar momentos de desconforto e comprometer a rotina. Assim, conhecer os tipos mais comuns, os sinais de alerta e as melhores opções de tratamento para cefaleia é importante para minimizar os impactos desse mal.

Neste material, vamos apresentar valiosas informações sobre a dor de cabeça. Conheça as suas possíveis causas, os tratamentos mais indicados e os sintomas que sugerem a busca de ajuda profissional. Acompanhe!

Tipos de dor de cabeça

Dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia apontam uma estatística curiosa: existem mais de 150 tipos de dor de cabeça. Para melhor compreensão do assunto, as dores de cabeça são classificadas em primárias e secundárias. Observe:

Dores de cabeça primárias

Essa modalidade inclui aquelas dores de cabeça em que a própria dor é a doença, ou seja, ela não surge como resultado de outra condição anterior de saúde. Esse quadro pode causar muito desconforto, ser muito debilitantes. Contudo, a dor de cabeça primária não oferece nenhum risco à vida dos pacientes.

Nesta classe, há maior prevalência são dos seguintes quadros:

  • enxaqueca;
  • cefaleia tensional;
  • cefaleia aguda, que pode evoluir para a cronicidade.

Dores de cabeça secundárias

Em geral, elas surgem em decorrência de alguma doença grave. Ou seja, as dores de cabeça secundárias resultam de sequelas de algum quadro de saúde, que pode ser recente ou não.

Há várias formas de desenvolver dor de cabeça secundária e, em geral, isso independe da idade, gênero ou estado clínico do indivíduo. Algumas estão relacionadas a doenças graves, mas outras podem surgir de forma insidiosa devido a condições oftalmológicas, por exemplo.

Porém, as condições que mais causam esse tipo de dor de cabeça são:

  • acidente vascular cerebral;
  • tumores de sistema nervoso central;
  • trombose venosa cerebral;
  • ruptura de aneurisma;
  • aumento da pressão intracraniana.

Panorama da dor de cabeça na população brasileira

Destacamos as estatísticas extraídas de um estudo epidemiológico, publicado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, de São Paulo.

Confira os dados mais relevantes:

  • a prevalência de enxaqueca é de 15,2%, e a de cefaleia tensional é de 13% na população;
  • a doença é mais frequente em mulheres e em pessoas com maior nível educacional;
  • a pesquisa apontou relação direta de cefaleia com sedentarismo;
  • cerca de 92% dos pacientes não recebem tratamento especializado com neurologista;
  • aspectos ligados a instabilidade emocional, tais como ansiedade e depressão influenciam os episódios de cefaleia tensional;
  • a enxaqueca é mais prevalente em indivíduos com distúrbios do sono não tratados, tais como ronco e apneia do sono;
  • doenças neurológicas podem gerar graves problemas, inclusive prejuízos à memória;
  • a cefaleia crônica diária equivale a 6,9% dos casos de dor de cabeça.

Cefaleia tensional é a mais comum

Esse é o tipo de dor de cabeça mais comum na população. Geralmente, ela surge mediante crises de ansiedade ou em situações de estresse excessivo. Do ponto de vista fisiológico, esse quadro está relacionado ao aumento do nível de adrenalina no sangue.

A adrenalina é um hormônio que eleva os níveis da pressão arterial e provoca constrição dos vasos. Esse mecanismo explica a rigidez no pescoço, a irritabilidade e os sintomas típicos de dores de cabeça ocasionados por situações de estresse.

Sinais de alerta

Listamos os principais motivos de preocupação e que exigem atenção especial em quem apresenta sintomas frequentes de cefaleia. Veja quais são os mais comuns:

  • mudanças bruscas na visão;
  • fraqueza;
  • perda de coordenação;
  • convulsões;
  • dificuldade de fala ou compreensão de fala.

Vale destacar, ainda, que alguns sinais devem ser vistos como alerta para quadros mais graves. Portanto, se você percebe algum dos sintomas abaixo, o ideal é buscar ajuda médica para avaliação:

  • cefaleia súbita e intensa;
  • dor de cabeça que surge com alterações rápidas nos níveis de consciência ou sonolência;
  • febre com rigidez no pescoço;
  • dor na têmpora ou na mandíbula na mastigação;
  • dor com sintomas que afetem todo o corpo, como febre ou perda de peso muito rápida;
  • cefaleias que fazem elevar a pressão arterial subitamente;
  • cefaleias que começam após os 50 anos.

Tratamento para cefaleia

Em geral, o diagnóstico e o tratamento da cefaleia depende da causa. Quadros típicos de cefaleia tensional podem ser resolvidos com algum anti-inflamatório não esteroide (AINE). O objetivo é aliviar a dor e promover o bem-estar do paciente.

Por isso, na presença de sinais recorrentes de sintomas que surgem acompanhados de dor de cabeça, o ideal é buscar ajuda médica quanto antes. Também é importante avaliar a relação dos sintomas com causas secundárias a fim de identificar a origem do problema e tratar a causa.

Por isso, indivíduos que tenham qualquer sinal de alerta sugestivo de associação com doenças graves devem iniciar o tratamento imediato. A presença de um sintomas repetitivos ou que pioram com o tempo pode sugerir que as dores de cabeça podem ser causadas por doenças graves.

Exames

Na rotina médica, as dores de cabeça são diagnosticadas pela história clínica e exame físico. Logo, a maioria dos casos não precisa de exames para confirmação diagnóstica. Contudo, em algumas situações em que há suspeita da relação da cefaleia com uma doença grave, o ideal é fazer exames específicos. Os mais comuns são:

  • ressonância magnética;
  • angiografia por ressonância magnética;
  • tomografia computadorizada.

Práticas que previnem a cefaleia

Listamos algumas práticas que podem auxiliar no controle desse tipo de dor de cabeça. Confira:

  • tratamentos não farmacológicos, tais como ioga, musicoterapia e relaxamento;
  • mudanças no estilo de vida, como melhoria da higiene do sono, a prática de exercícios físicos regulares podem minimizar os episódios da doença;
  • evitar o consumo de bebidas e de cigarros também é importante nessa investida;
  • tratar a fase aguda da doença ajuda a aliviar sintomas e evitar a progressão do quadro para a cronicidade;
  • manter uma reavaliação médica periódica e adotar o plano terapêutico mais indicado.

Vale destacar, por fim, que o tratamento para cefaleia é essencial para evitar o desconforto, principalmente na fase de preparação para o vestibular de Medicina e ENEM. Logo, tão relevante quanto o reconhecimento dos sintomas é buscar ajuda com um neurologista, a fim de minimizar o problema e recuperar o bem-estar.

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