Hipertensão arterial: quais são as causas e tratamentos
Confira valiosas informações sobre a hipertensão arterial (popularmente conhecida como pressão alta), suas causas, sintomas e tratamentos disponíveis para a doença.
Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial (HAS) é uma das doenças que mais preocupam a saúde pública. Esse mal está diretamente associado às causas de mortes por doenças cardiovasculares, já que a pressão elevada é o primeiro sinal de que os vasos do coração estão prejudicados.
Além disso, esta é uma doença silenciosa, pois é possível que o paciente esteja com uma pressão muito elevada e não sinta qualquer tipo de alteração.
Pensando nisso, vamos abordar esse tema e trazer informações sobre a sua prevalência na população e os tratamentos disponíveis. Por ser uma doença comum, o estudante de Medicina ou que pretende fazer Medicina deve estar a par do assunto. Boa leitura!
Afinal, o que é a hipertensão arterial?
Há quem diga que a pressão alta é uma doença democrática. Mas qual será a razão desse apelido? Talvez seja porque ela afeta pessoas de todas as idades — crianças, adultos e idosos —, de todos os gêneros — homens e mulheres — e também engloba todas as classes sociais.
Na verdade, a hipertensão está relacionada com a força que o sangue precisa fazer contra as paredes das artérias para chegar em todo o corpo. Resumidamente, o estreitamento das artérias força o coração a bombear sangue com mais força, de modo a manter a dinâmica da irrigação de células e tecidos.
Para exercer o seu trabalho, o coração precisa de impulsionar o sangue e, depois, recebê-lo de volta para a redistribuição pelos vasos. Mas se a pressão nas artérias estiver elevada, o coração vai dilatar e, com o tempo, danificar as artérias. Por conseguinte, esse processo pode levar ao desenvolvimento de complicações e doenças mais graves no aparelho cardiovascular.
Como a pressão arterial é aferida?
A medida da pressão arterial revela dois valores: o mais alto reflete a maior pressão nas artérias, ocorre durante a sístole, quando o coração se contrai. Já o valor mais baixo é referente a diástole, e reflete a menor pressão nas artérias.
Desse modo, a pressão arterial deve ser registrada da seguinte forma: colocar, na sequência, os valores referentes à pressão sistólica e pressão diastólica. Assim, uma pressão cujos valores obtidos são 130/85 mmHg (milímetros de mercúrio) referem-se à pressão sistólica (130 mmHg) e diastólica (85 mmHg).
O que as estatísticas indicam sobre a doença?
O Ministério da Saúde (MS) tem articulado importantes campanhas de conscientização e de educação preventiva sobre hipertensão. O objetivo é divulgar informações sobre a relevância da doença e estimular a adesão à busca do diagnóstico precoce.
Dados de um relatório divulgado pelo MS apontou que o número de adultos com hipertensão aumentou bastante no Brasil: houve um aumento de 3,7% de casos na população nos últimos 15 anos.
Atualmente, as estatísticas apontam o seguinte:
- os índices saíram de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021;
- há prevalência do indicador entre os homens: 5,9% de casos há mais que nas mulheres.
Em termos globais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou dados alarmantes. Observe:
- a hipertensão é a doença com maior risco de mortalidade e de morbidade em todo o globo;
- o número de adultos entre 30 e 79 anos com hipertensão duplicou de 650 milhões em 1990 para 1,28 bilhão em 2019;
- entre os indivíduos diagnosticados, 720 milhões não estão recebendo tratamento para controlar a hipertensão.
Quais são as possíveis causas da hipertensão?
A pressão alta é uma doença que evolui silenciosamente e, por isso, há o risco de ser diagnosticada tardiamente. Diante disso, é importante fazer visitas regulares ao médico e realizar exames periódicos.
Entre a causas mais comuns destacam-se:
- genética;
- obesidade;
- dislipidemias;
- sedentarismo;
- tabagismo.
Quais os principais fatores de risco?
Entre os fatores de risco destacam-se os seguintes grupos:
- pessoas com idade acima de 45 anos;
- pessoas com distúrbios nutricionais;
- indivíduos com casos de pressão alta em familiares de até 2º grau;
- indivíduos afrodescendentes.
Quais as complicações ligadas à doença?
Como já descrito, a hipertensão arterial de longa duração pode causar graves prejuízos às funções dos vasos e do coração. Por isso, pessoas com essa condição apresentam o risco aumentado para as seguintes doenças:
- infarto agudo do miocárdio;
- disritmia;
- insuficiência cardíaca;
- insuficiência renal;
- acidente vascular cerebral (AVC).
Quando a hipertensão arterial é prolongada e não tratada adequadamente, o coração se expande, aumenta de tamanho e espessa as suas paredes. Tais modificações ocorrem porque o sistema precisa de trabalhar com mais força para garantir a nutrição. Com isso, há o aumento gradativo da carga de trabalho do coração, o que pode piorar ainda mais a saúde.
Quais as formas de prevenção?
Por razões fisiológicas, a tendência é que a pressão arterial varie naturalmente com o passar da idade. Isso acontece devido às mudanças naturais e gradativas que o corpo sofre durante o envelhecimento.
Mesmo assim, existem algumas práticas que são de extrema relevância para diminuir os riscos de desenvolver pressão alta. Listamos algumas delas. Confira:
- indivíduos obesos e que têm hipertensão arterial são aconselhados a perderem peso;
- é importante combater o sedentarismo;
- parar de fumar e reduzir o consumo de álcool também melhora o funcionamento dos vasos do coração;
- cuidar da alimentação e priorizar produtos com teor reduzido de gordura saturada;
- reduzir o índice de sal e de açúcar ingeridos;
- melhorar a adesão aos tratamentos propostos pelo médico.
Como tratar a pressão alta?
Atualmente, a divulgação de informações básicas sobre a hipertensão e o incentivo à adesão às medidas preventivas são estratégias importantíssimas para um controle mais efetivo desse mal. No Brasil e no mundo, os problemas relacionados à doença são bem semelhantes, já que a pressão alta abre a porta para uma multiplicidade de complicações.
Em geral, os remédios utilizados no tratamento de pessoas hipertensas são os anti-hipertensivos. Como a doença acontece em diferentes graus, o ideal é que a terapia medicamentosa para a HAS seja adaptada às necessidades do paciente.
Por fim, vale ressaltar que tão relevante quanto à adoção de medidas de educação preventiva sobre a hipertensão é o cuidado e a atenção com a saúde em geral. Mudanças no estilo de vida, sobretudo nos hábitos alimentares, são essenciais para o bom funcionamento do coração e melhoria da qualidade de vida.
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