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Febre amarela: saiba os sintomas, tratamento e prevenção da doença

Saiba quais são os principais cuidados que devemos ter com a febre amarela e conheça as principais características dessa doença.

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minutos de leitura

Os surtos de febre amarela no Brasil surgem como resultado de uma interação complexa entre diferentes fatores. Os mais presentes não se limitam apenas às questões sanitárias, já que as influências ecológicas e sociais também são determinantes.

Pensando nisso, vamos explicar o que é a doença, suas características e fatores de risco. Ainda, você vai conhecer os principais sinais e sintomas da febre amarela, as formas de tratamento e as melhores medidas de prevenção.

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Como e onde surgiu a febre amarela?

A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos. Há dois ciclos de transmissão da doença, o silvestre e o urbano. Nesse último, o vetor é o Aedes aegypti.

Confira alguns pontos da história dessa virose, que remonta a séculos.

Origem

A febre amarela surgiu na África, mas não se sabe ao certo em qual século. Nessa região, o vírus e os mosquitos transmissores passaram por várias evoluções. Evidências científicas sugerem que, antes que outras regiões do planeta a conhecessem, a febre amarela já estava presente na África por milhares de anos.

Epidemias históricas

Desde que chegou às Américas, a doença causou epidemias devastadoras, o que desafiou bastante a Medicina. Entre as mais notáveis, destacam-se a de Havana, no Caribe, e em Nova Orleans e Filadélfia, no Sudeste dos Estados Unidos. Esses casos ocorreram entre o século XVIII e XIX.

Ciclo de transmissão

Doenças sazonais como essa e a febre maculosa exigem mais cuidados com a saúde. Isso é importante, principalmente, onde existe aglomeração.

No ciclo silvestre (ou zoonótico), o vírus circula entre primatas, que habitam florestas tropicais. Já no urbano, ele é transmitido entre humanos pelo mosquito Aedes aegypti.

No ciclo silvestre, o homem pode ser contaminado como um hospedeiro acidental. Isso acontece raramente, quando há exposição em áreas florestais.

Descoberta da vacina

A descoberta da vacina contra essa virose foi atribuída ao cientista Max Theiler, em 1937. Sem dúvida, esse foi um marco importantíssimo para o controle e a prevenção da doença.

Atualmente, o uso do imunizante tornou-se a principal medida preventiva, especialmente em regiões endêmicas.

Distribuição atual dos casos da doença

Apesar dos avanços no controle da virose, ela ainda é endêmica em algumas regiões tropicais, principalmente da África e da América do Sul. A saúde pública tem feito esforços contínuos para estimular a população a tomar a vacina, sobretudo em casos de viagens para zonas de risco.

Quando a febre amarela esteve em alta no Brasil?

Ao longo da história, a doença já teve vários períodos de alta incidência no nosso país. Ou seja, já passamos por surtos e epidemias significativas. Esse é um tema bastante cobrado no vestibular e que também pode ser contextualizado na redação do ENEM.

Os principais sintomas da febre amarela são febre maior que 39º C, dores no corpo, fraqueza muscular, perda do apetite e dor de cabeça.

Listamos os períodos notáveis em que o Brasil enfrentou a febre amarela. Confira!

Início do século XIX

Em Salvador, BA, no ano de 1808, tivemos um dos primeiros registros de epidemia de febre amarela no país. Nesse período, a família real portuguesa veio para o Brasil, e há evidências de que esse evento marcou o início da notificação da doença por aqui.

Meados do século XIX

Outro surto importante que provocou altas taxas de mortalidade — ocorreu no Rio de Janeiro, por volta de 1850. Acredita-se que a doença foi introduzida, provavelmente, por navios vindos de Havana, em Cuba, cidade que enfrentava epidemias de febre amarela.

Início do século XX

Esse foi um período marcado pelas reformas urbanas promovidas por Oswaldo Cruz. Entre 1901 e 1910, houve uma campanha intensiva para a erradicação da febre amarela no Rio de Janeiro.

Com as ações desse médico e pesquisador brasileiro, o estado conseguiu melhorias importantes no controle dos vetores. O investimento em prevenção reduziu drasticamente a incidência da doença e as mortes provocadas por ela na capital.

Século XXI

No século XXI — mais precisamente entre 2016 e 2017 —, o Brasil enfrentou um grande surto de febre amarela silvestre. A região mais afetada foi o Sudeste.

Principalmente no Rio de Janeiro e Minas Gerais, esse surto resultou em centenas de óbitos. Após essa ocorrência, o país realizou uma ampla campanha de vacinação, aliada a esforços que visavam controlar a população de mosquitos.

Como funciona a vacina contra a febre amarela?

Esse imunizante funciona por um esquema que utiliza vírus vivo atenuado. Ou seja, a vacina contém o vírus da febre amarela, mas em uma forma enfraquecida, sendo oferecida gratuitamente pelo SUS.

Assim, a pessoa saudável é vacinada e fica protegida. Ela não desenvolve a doença, mesmo que seja picada pelo mosquito transmissor infectado, o Aedes aegypti.

Mecanismo de ação da vacina

Quando a vacina é administrada no corpo, o sistema imunológico é ativado naturalmente. Logo, ele reconhece o vírus enfraquecido como um invasor e, para se defender, monta uma resposta imune.

Por esse mecanismo, ocorre a produção de anticorpos específicos contra o vírus da febre amarela. Desse modo, se a pessoa vacinada for picada, sua defesa imunológica já está preparada para reconhecer e destruir o vírus.

Para garantir a proteção, esses anticorpos permanecem no corpo e proporcionam imunidade por um longo período. Logo, o organismo de um indivíduo vacinado pode combater o vírus de forma eficiente e evitar o desenvolvimento da doença.

Dosagem

Em geral, a vacina é administrada em dose única. Ela está disponível por injeção subcutânea, que é aplicada debaixo da pele. Também existe a versão intramuscular do imunizante.

Idade mínima para vacinação

A vacina é recomendada a partir dos 9 meses de idade. Porém, em algumas situações surtos ou viagens para regiões endêmicas —, bebês após os 6 meses de idade devem ser vacinados.

Destaca-se que há comprovação de que o imunizante é altamente eficaz. Segundo pesquisas da Fiocruz, as taxas de eficácia da vacina da febre amarela são superiores a 98%.

Formas de prevenção e tratamento

Como podemos perceber, a melhor prevenção é a vacinação. No entanto, também é importante usar repelentes contra insetos e evitar áreas de exposição aos vetores.

O tratamento mais indicado objetiva o controle dos sintomas. Por isso, o uso de remédios para dor e febre são medidas eficazes.

Agora você já conhece os os sintomas, tratamento e prevenção da febre amarela!

Como vimos, reconhecer os sintomas e entender as medidas preventivas da febre amarela é essencial para controlar a doença e seus impactos. O Brasil ainda continua a enfrentar desafios nesse sentido. Contudo, já tivemos avanços significativos, e as expectativas são boas quanto à possibilidade de erradicação desse problema.

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