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Esclerose múltipla: causas, fatores de risco e tratamentos

Esclerose múltipla: conheça causas, fatores de risco e tratamentos neste artigo que preparamos para você!

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A esclerose múltipla (EM) é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central, que afetam o cérebro e a medula espinhal, que devem ser acompanhadas por um médico neurologista. Atualmente, 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo apresentam o diagnóstico, sendo aproximadamente 40 mil pessoas no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Geralmente, a doença afeta pessoas jovens, com idade entre 20 e 30 anos, e ocasiona dificuldades motoras e sensitivas. Apesar de ainda apresentar causas desconhecidas, a esclerose múltipla tem sido objeto de muitas pesquisas, o que tem possibilitado um frequente e significativo avanço na qualidade de vida dos pacientes.

Para que você tire suas dúvidas a respeito da doença, preparamos este guia básico sobre a esclerose múltipla. Acompanhe a leitura e saiba mais!

O que é a esclerose múltipla?

Trata-se de uma condição crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal. É considerada uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico do corpo ataca e destrói a mielina, que é a substância que protege as fibras nervosas, resultando em inflamação e danos aos nervos.

Essa destruição da substância citada é chamada de desmielinização e prejudica a condução dos sinais no cérebro e em todo o corpo. Com os axônios e a mielina lesionados pelas inflamações, algumas funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal podem ficar comprometidas. Desse modo, surgem os sintomas característicos da doença.

Quais são as possíveis causas e como ela se manifesta?

As causas da esclerose múltipla ainda não são totalmente conhecidas. No entanto, acredita-se que esteja relacionado a uma associação de fatores genéticos e ambientais que desempenham um papel no desenvolvimento da doença.

Alguns aspectos relacionados à EM incluem predisposição genética, infecções virais durante a infância (como o vírus Epistein Baar) ou exposição a alguma substância desconhecida que, de alguma forma, aciona o sistema imunológico para atacar os tecidos, assim como deficiência de vitamina D, tabagismo e outros fatores ambientais.

É importante destacar que apresentar um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que o paciente desenvolverá a doença. A esclerose múltipla é complexa e ainda não há uma compreensão completa de todas as suas causas.

E os principais sintomas?

Os sintomas que indicam a doença podem variar de caso para caso, dependendo, basicamente, de quais e quantos nervos foram afetados. Os mais comuns são:

  • fadiga intensa;
  • dores articulares;
  • fraqueza dos membros;
  • transtornos visuais;
  • confusão e transtornos mentais;
  • dormência ou formigamento no corpo;
  • dificuldade para falar ou engolir;
  • incontinência urinária;
  • disfunção intestinal e da bexiga;
  • alteração do equilíbrio da coordenação motora;
  • perda da função cognitiva, entre outros.

É importante destacar que a fase inicial da doença é bastante sutil, pois os sintomas costumam ser transitórios, podem acontecer a qualquer momento e duram apenas alguns dias. Essas características fazem com que o paciente não dê relevância às primeiras manifestações da doença, já que os sintomas vão e voltam independentemente do tratamento — fase conhecida como remitente-recorrente.

Em geral, os pacientes podem passar três ou cinco anos apresentando sintomas leves, pequenas alterações da visão ou problemas de mobilidade, mas sem o diagnóstico definitivo. Porém, com a evolução do quadro, é possível que a doença se torne progressiva, fazendo com que os pacientes não se recuperem totalmente dos surtos e acumulem sequelas.

Como a doença pode ser diagnosticada?

Devido à natureza variável dos sintomas da esclerose múltipla, o diagnóstico, muitas vezes, envolve a exclusão de outras condições semelhantes. Ele depende do histórico médico completo e de um conjunto de exames que incluem e exames neurológicos, como ressonância magnética de crânio e coluna.

O diagnóstico precoce é extremamente importante, pois já existem tratamentos eficazes que podem reduzir a evolução da doença, possibilitando que o paciente mantenha não só sua qualidade de vida, como também sua capacidade de desenvolver atividades do dia a dia.

É possível prevenir a esclerose múltipla?

Ainda não existe uma maneira definitiva de prevenir a esclerose múltipla, já que se trata de uma condição crônica e a causa não é totalmente compreendida. No entanto, com diagnóstico e tratamento precoce da doença, é possível evitar seu progresso.

Além disso, algumas medidas que podem ser tomadas para reduzir o risco ou retardar a progressão da doença, como dieta equilibrada, uso de suplementos de vitamina D, prática de exercícios físicos, evitar o tabagismo e reduzir o estresse.

Vale lembrar que essas medidas não garantem a prevenção da doença, mas podem ajudar a promover um estilo de vida saudável e, possivelmente, a diminuir o risco de desenvolver a esclerose múltipla.

Quais são os tipos de tratamentos existentes?

Embora ainda não haja cura, existem tratamentos disponíveis que reduzem a ocorrência dos surtos, ajudam a controlar os sintomas e melhoram a qualidade de vida dos pacientes. Isso porque as técnicas para cuidados sofreram grande evolução nas últimas décadas, permitindo aos especialistas maior eficácia no tratamento.

Além de abordagem ampla envolvendo estilo de vida, nutrição e atividade física, o tratamento pode incluir medicamentos (denominados de imunomoduladores) para reduzir a atividade inflamatória do sistema imunológico, terapia de reabilitação para ajudar na função física e ocupacional e apoio psicológico para lidar com os aspectos emocionais da doença.

Os imunossupressores e imunomoduladores também ajudam a protelar os episódios de recorrência e os impactos negativos causados na vida dos pacientes, já que é quase impossível eliminá-los.

Outro avanço que merece destaque no tratamento consiste na descoberta da necessidade de correção adequada dos hormônios e vitaminas. Quando o nível está baixo, pode contribuir para o processo inflamatório da esclerose múltipla.

Cada caso de esclerose múltipla é único!

O rumo da doença pode variar de forma significativa entre os indivíduos, portanto, é indispensável buscar orientação de um médico especializado para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado assim que a suspeita da esclerose múltipla seja identificada.

Com o tratamento correto, o paciente pode passar um longo período sem episódios e manter uma rotina ativa com qualidade de vida. Para isso, o diagnóstico deve ser rápido, pois quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maior a chance de modificar o processo natural da doença. ​

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