Doenças oftalmológicas que você nem imagina que existem
Quer saber quais são as causas e como fazer o diagnóstico de doenças oftalmológicas raras? Leia este post e entenda os cuidados necessários para manter a saúde ocular!
Os cuidados com a saúde ocular garantem uma boa visão, permitem que as pessoas vejam objetos e detalhes com precisão. Isso é essencial para a realização das tarefas diárias, direção de veículos, operação de máquinas, leitura e qualidade de vida em geral. Olhos saudáveis contribuem significativamente para o bem-estar e conforto.
A visão nítida permite que você desfrute de atividades, como assistir filmes, pratique esportes e aprecie a beleza do mundo ao seu redor. Por isso, a detecção precoce de doenças oftalmológicas é muito importante. Existem exames oftalmológicos regulares que podem ajudar a identificar precocemente enfermidades para identificar as opções de tratamento e obter melhores resultados.
Neste artigo, vamos falar sobre três doenças raras nos olhos, seus sintomas e como tratar cada uma delas. Confira!
Entenda os cuidados necessários para manter a saúde ocular
Para ter boa saúde ocular, as pessoas precisam realizar uma combinação de cuidados, fazer avaliações regulares, escolher de estilo de vida saudável e tomar medidas de proteção. Elas precisam da orientação de profissionais da saúde e você pode ajudá-los ao longo da vida. Veja a seguir algumas dicas úteis para que você, futuro médico, aconselhá-las nesse sentido:
- reduzir o cansaço visual olhando para algo a 6 metros de distância durante 20 segundos a cada 20 minutos enquanto utiliza telas digitais;
- cuidar do sono para que os olhos descansem e se recuperem;
- usar óculos de sol que bloqueiem os raios UV quando estiver ao ar livre para proteger os olhos contra danos oculares;
- utilizar óculos como equipamento de proteção individual para evitar lesões, caso trabalhe com materiais ou atividades perigosas;
- controlar condições crônicas como diabetes, hipertensão e colesterol alto;
- realizar consultas e exames oftalmológicos completos pelo menos uma vez a cada dois anos.
Descubra os sintomas e as formas de tratar doenças oftalmológicas
Diversas doenças oculares são consideradas raras devido à sua baixa prevalência na sociedade. Estas condições afetam a saúde de uma pequena percentagem da população e muitas vezes requerem cuidados especializados de médicos oftalmologistas que tenham experiência nessa área. A seguir, vamos apresentar mais detalhes sobre três enfermidades deste tipo!
1. Síndrome do olho de gato
A síndrome do olho de gato também é conhecida como Síndrome de Schmid-Fraccaro e se trata de uma doença genética rara caracterizada por uma anomalia cromossômica específica. Ela ocorre quando há uma duplicação ou rearranjo do material genético no cromossomo 22 e gera características físicas distintas. A gravidade e a combinação desses fatores podem variar em cada paciente.
Sintomas comuns
Os sintomas comuns dessa síndrome incluem olhos oblíquos ou coloboma ocular, que se refere a uma lacuna ou entalhe nas estruturas do olho, como a íris, a retina ou o nervo óptico. Ela pode causar deficiências visuais ou outros problemas relacionados. Além disso, esses pacientes podem sofrer com anormalidades cardíacas e renais.
Muitos pacientes com síndrome do olho de gato podem apresentar defeitos cardíacos congênitos, como defeitos do septo ventricular ou atrial, bem como anormalidades nos rins e no trato urinário. Eles podem ter atrasos de desenvolvimento ou deficiências intelectuais cuja gravidade pode variar, mas a intervenção precoce e os serviços de apoio podem ser benéficos.
Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome do olho de gato é normalmente baseado em características clínicas e testes genéticos que envolvem a análise de micro arranjos cromossômicos. Os oftalmologistas também podem se basear em imagens, por exemplo, solicitar e analisar um ecocardiograma para identificar a existência de defeitos cardíacos. O atendimento médico deve ser individualizado com o auxílio de uma equipe de apoio.
Tratamento
O tratamento dessa síndrome envolve a abordagem de problemas médicos específicos, como defeitos cardíacos ou anomalias renais, por meio de intervenções médicas apropriadas para cada sintoma. Existem programas e terapias de intervenção precoce da fala, apoio ocupacional, auxílio psicológico e terapêutico para pacientes que enfrentam desafios de desenvolvimento de modo que atinjam todo o seu potencial.
2. Policoria
A policoria é uma condição que leva uma pessoa a ter mais de uma pupila em um ou ambos os olhos. Trata-se de uma anomalia rara que também é chamada de poliopia ou pupilas múltiplas. A sua causa nem sempre é clara, visto que pode estar associada a certas mutações genéticas ou anomalias congênitas de desenvolvimento das estruturas oculares.
Sintomas comuns
A presença de policoria pode levar o paciente a ter distúrbios visuais, tais como visão turva ou sensibilidade ao brilho, especialmente se as aberturas secundárias da pupila fizerem com que a luz entre no olho em ângulos diferentes. Outros sintomas são o coloboma, a aniridia ou ausência parcial ou completa da íris.
Diagnóstico
A policoria normalmente é diagnosticada durante um exame oftalmológico abrangente que é feito por um oftalmologista. O exame minucioso da íris sob ampliação pode revelar a presença de múltiplas aberturas pupilares. Dada a sua raridade, essa condição é frequentemente um tema de interesse na literatura e em estudos de casos médicos.
Tratamento
As estratégias de tratamento são adaptadas para cada paciente levando em consideração a anatomia ocular, as necessidades visuais e as condições oculares associadas. Em alguns casos, lentes corretivas ou de contato podem ser prescritas para tratar os distúrbios da visão. A intervenção cirúrgica é considerada em casos raros, quando a anomalia ocular exige o procedimento.
3. Neuropatia Óptica Hereditária de Leber (LHON)
Trata-se de uma doença genética que geralmente começa na idade adulta ou jovem, atinge o nervo óptico, leva à perda rápida e grave da visão. Essa neuropatia é causada por mutações no DNA mitocondrial, as quais afetam os genes relacionados à função das mitocôndrias que são responsáveis pela produção de energia nas células.
Sintomas comuns
O principal sintoma dessa doença é a perda central da visão, ou seja, o paciente verifica que há um ponto cego no centro do seu campo visual. A percepção das cores também pode ser afetada, com a perda particular da discriminação dos tons vermelho e verde. Esse problema geralmente aparece entre os 15 até os 35 anos de idade.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito por meio dos sintomas clínicos, histórico familiar e testes genéticos que identificam mutações específicas do no DNA mitocondrial. Há testes adicionais de campo visual e tomografias ópticas que ajudam a avaliar a função e estrutura do nervo óptico. Os exames podem revelar o inchaço e a degeneração das células.
Tratamento
As opções de tratamento se concentram na aplicação de medidas de suporte e no controle dos sintomas associados, já que ainda não há cura para essa doença. Alguns pacientes podem se beneficiar de alguns recursos visuais, investimento em reabilitação da visão e ajustes no estilo de vida para diminuir a perda de visão.
Enfim, essas são algumas doenças oftalmológicas que você nem imaginava que existissem
E a maioria das pessoas também não deve conhecê-las. Por isso, futuro médico, aconselhe os seus pacientes a cuidar da alimentação para ter uma dieta rica em frutas, vegetais e ácidos graxos ômega-3, bem como a beber bastante água para manter a hidratação, prevenir o ressecamento dos olhos e melhorar a produção de lágrimas.
Além disso, lembre-os de manter uma rotina com exercícios físicos regulares e cuidar da saúde mental. Afinal, nossa saúde só consegue ser completa se tivermos um cuidado integral, de todo o nosso corpo e a nossa mente!
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