Doenças inflamatórias intestinais (DII): o que são e como tratá-las
Descubra TUDO: causas, sintomas, formas de tratamento e consequências das doenças inflamatórias intestinais (DII).
Anualmente, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) divulga a campanha Maio Roxo, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o mal das doenças inflamatórias intestinais (DII). Esse grupo de enfermidades, que inclui a Doença de Crohn, a retocolite ulcerativa e as colites indeterminadas, tem atingido quase 15% mais pessoas todo ano.
No total, estima-se que sejam mais de cinco milhões de pacientes com uma dessas condições no mundo inteiro. Em nosso país, são cerca de 100 casos para cada 100 mil habitantes, com uma maior concentração nas regiões Sudeste e Sul.
Embora afete mais adolescentes e jovens adultos, em 2022, a European Federation of Crohn’s & Ulcerative Colitis Associations (EFCCA) mudou o tom de sua campanha. Com o slogan “DII não têm idade”, a entidade buscou alertar a sociedade sobre o impacto das doenças inflamatórias intestinais em idosos.
A seguir, você verá TUDO: quais são as causas, os sintomas, as formas de tratamento e as consequências de negligenciar o cuidado com as DII. Confira!
Causas das DII
São muitos os possíveis fatores capazes de desencadear doenças inflamatórias intestinais, sendo um deles a genética. Existem mais de 200 genes relacionados diretamente ao potencial de alguém desenvolver DII. No entanto, nenhum deles é um gatilho enquanto isolado de fatores ambientais.
Quais são eles? Bom, alguns são:
- Dieta com excesso de lipídeos e proteína animal e/ou poucas fibras provenientes de frutas e vegetais;
- Falta de exercícios físicos;
- Distúrbios do sono, como insônia e apneia;
- Poluição atmosférica;
- Baixa vitamina D;
- Stress e humor deprimido.
Além disso, problemas que provocam alterações da flora intestinal também são desencadeadores das DII. Por exemplo, o uso irrestrito de antibióticos e o tabagismo, sendo este último um fator de risco para o agravamento da Doença de Crohn.
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Sintomas das doenças inflamatórias intestinais
As doenças inflamatórias intestinais são um pé atolado na rotina de qualquer pessoa. Afinal, seus sintomas dificilmente passam despercebidos. Como trabalhar e/ou estudar e ser funcional com fortes dores abdominais?
Ou com a sensação de barriga estufada, cólicas, momentos de diarreia seguidos de prisão de ventre e flatulência exagerada? Totalmente insalubre. Também pode ocorrer a sensação de não esvaziamento completo do intestino após ir ao banheiro.
Se você sentir algum destes sintomas ou ouvir alguém com as mesmas reclamações, vá ao médico. De preferência, a um coloproctologista, que é o especialista nessa parte do corpo humano.
Como é feito o diagnóstico
Após ouvir as queixas dos pacientes quanto aos sintomas que estão experimentando durante a anamnese, o médico especializado pode fazer um pedido de exame chamado colonoscopia. Sua função é confirmar suspeitas e investigar se o órgão do paciente está com alguma lesão mais grave.
Isto é, nem sempre o diagnóstico é feito pelo exame ou mesmo pela avaliação física do paciente. Muitas vezes o coloproctologista chega à conclusão de que a pessoa sofre de DII por meio de resultados de exames laboratoriais de rotina junto à análise de seu histórico.
Por que ir a um especialista é tão importante? Porque as doenças inflamatórias intestinais podem ser confundidas com outras enfermidades menos perigosas, como a síndrome do cólon irritável e até intolerância à lactose.
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Tratamentos e cuidados
Infelizmente, até hoje as DII não têm cura. Assim, o tratamento conduzido pelo médico e pelo paciente tem por objetivo melhorar os sintomas a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Mencionamos a pessoa doente em par de igualdade com o especialista aqui, pois os principais cuidados vão depender dela. Você se lembra da lista de causas que colocamos lá em cima? Então!
Na maioria das vezes, as doenças inflamatórias intestinais exigem mudanças de hábitos, como alteração nas refeições e mudança de residência para locais menos poluídos, entre outras. Os principais alimentos a serem evitados são:
- Álcool;
- Cafeína;
- Açúcar;
- Produtos com sorbitol;
- Vegetais que dão gases, como feijão e repolho;
- Leites e derivados;
- Alimentos picantes ou com muitos conservantes.
Porém, nem todos os casos são tão simples de resolver. Também pode haver a prescrição de medicamentos específicos e até a necessidade de intervenção cirúrgica para garantir a saúde do paciente.
Consequências de negligenciar um diagnóstico de DII
Ignorar os sintomas ou não seguir o tratamento indicado pelo médico à risca pode ter consequências gravíssimas. Por exemplo, a pessoa pode sofrer inflamações na pele, nos olhos e nas articulações.
Outras potenciais complicações são: colangite esclerosante primária, que consiste na inflamação progressiva e no estreitamento dos ductos biliares dentro e fora do fígado; e coágulos no sangue.
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