Coqueluche: o que precisamos saber sobre o aumento de casos da doença

Nos últimos anos, algumas doenças consideradas controladas têm voltado a aparecer. Um exemplo é a coqueluche, também conhecida como tosse comprida. Mas o que é essa condição?

A coqueluche é uma doença infecciosa altamente contagiosa, o que tem gerado preocupação em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Recentemente, o aumento dos casos de coqueluche despertou o alerta das autoridades de saúde, destacando a importância da prevenção e do tratamento adequado.

Mas o que está causando esse aumento e como podemos nos proteger? Quais são os sintomas dessa doença? Continue a leitura para entender mais sobre o que é a coqueluche.

O que é a coqueluche?

O primeiro passo para nos protegermos contra qualquer doença é conhecê-la bem. E aí, pronto para aprender mais?

Como vimos, a coqueluche é uma doença de origem infectocontagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela afeta o sistema respiratório e provoca episódios de tosse severa, que podem durar semanas ou até meses. Muitas vezes, a tosse é acompanhada por um som agudo durante a inspiração, caracterizando a conhecida "tosse comprida".

A doença é especialmente perigosa para bebês, crianças pequenas e idosos, mas pode afetar pessoas de todas as idades.

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Quais são as causas e fatores de risco da coqueluche?

A principal causa da coqueluche é o contato com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, por meio de espirros ou da tosse. Ou seja: bem parecida com a gripe e outras doenças de origem infecciosa.

Como é uma doença altamente contagiosa, pode se espalhar rapidamente em locais com grande concentração de pessoas, como escolas e eventos.

Os fatores de risco incluem:

• idade, pois os bebês e as crianças pequenas são mais vulneráveis devido ao sistema imunológico em desenvolvimento;
• vacinação incompleta;
• locais com aglomeração;
• imunidade reduzida, seja por problemas crônicos ou questões pontuais de saúde.

Quais são os sintomas da coqueluche?

Os sintomas da coqueluche podem ser confundidos inicialmente com os de um resfriado comum. Entre os mais frequentes estão:

• tosse intensa e prolongada, que geralmente piora à noite;
• dificuldade para respirar, causada pelos espasmos de tosse;
• sons agudos durante a inspiração (chiados) após a tosse;
• vômito após crises de tosse;
• febre baixa ou moderada;
• exaustão após os episódios de tosse.

Nos casos mais graves, principalmente em crianças e bebês, a coqueluche pode levar a complicações, como pneumonia, convulsões e, em casos raros, óbito.

Por que os casos de coqueluche estão aumentando?

O aumento dos casos de coqueluche, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo, tem preocupado especialistas. Em nosso país, por exemplo, o número de casos em São Paulo subiu de 54, em 2023, para 139 no primeiro semestre de 2024. O Rio de Janeiro também registrou um crescimento expressivo de casos, especialmente em crianças e adolescentes.

Uma das principais razões para esse aumento é a queda nas taxas de vacinação. Nos últimos anos, a cobertura vacinal tem diminuído, o que deixa a população mais vulnerável à transmissão da bactéria. Além disso, a imunidade conferida pela vacina diminui com o tempo, o que destaca a importância das doses de reforço.

Outro fator importante é a circulação global de pessoas. Com eventos de grande porte, como as Olimpíadas de Paris em 2024, o fluxo de turistas aumenta o risco de disseminação de doenças contagiosas, como a coqueluche. Só nos três primeiros meses de 2024, a União Europeia registrou mais de 32 mil casos de coqueluche, chamando a atenção das autoridades de saúde.

Como prevenir a coqueluche?

A forma mais eficaz de prevenir a coqueluche é através da vacinação. A vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa) protege contra a difteria, tétano e coqueluche.

O esquema vacinal completo é essencial para garantir a proteção, especialmente nas crianças pequenas. Além disso, doses de reforço são recomendadas para adolescentes, adultos e idosos, especialmente aqueles que convivem com bebês.

Outras medidas de prevenção incluem:

• higiene respiratória, ou seja, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
• evitar aglomerações, principalmente em locais com alta circulação de pessoas;
• manter ambientes ventilados, o que ajuda a reduzir a transmissão de doenças respiratórias.

Como é o tratamento da coqueluche?

Agora, que tal descobrirmos como é feito o tratamento dessa doença? Vamos lá! O primeiro ponto é o uso de antibióticos, que ajuda muito a controlar a infecção bacteriana e reduzir a transmissão.

Não se esqueça: doenças virais não demandam o uso desses remédios, mas as bacterianas, sim.

Em casos mais graves, pode ser necessário hospitalização, especialmente para bebês e crianças pequenas que apresentam dificuldades respiratórias. Por isso, a administração precoce dos medicamentos é fundamental para reduzir as complicações da doença.

Além dos antibióticos, é importante adotar medidas de suporte, como:

• permitir que o paciente descanse adequadamente durante a recuperação.
• manter o paciente bem hidratado para ajudar a aliviar os sintomas e evitar complicações.

Se você suspeita que seu filho ou qualquer pessoa em sua casa está com coqueluche, procurar o médico imediatamente para realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado é a melhor pedida. Não perca tempo!

O que fazer em caso de suspeita?

Em caso de suspeita de coqueluche, conforme dito anteriormente, a recomendação é: procure atendimento médico rapidamente.

O diagnóstico precoce faz toda a diferença para prevenir a disseminação da doença e iniciar o tratamento correto. Além disso, é importante manter os pacientes infectados isolados, para evitar que a doença se espalhe para outras pessoas.

Se você tem crianças pequenas ou familiares que não estão com a vacinação em dia, converse com o pediatra ou o médico de sua confiança para garantir que todos estejam protegidos contra a coqueluche.

Como você viu, o aumento dos casos de coqueluche é um alerta para a importância da vacinação e dos cuidados preventivos. A doença, embora tratável, pode ter consequências graves, especialmente para crianças e bebês. Portanto, manter a vacinação em dia e estar atento aos sintomas são as melhores formas de proteger a saúde de todos!

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