Carreira e Mercado

O Peso da Desigualdade: campanha da Afya retrata como ser mulher afeta a carreira médica

Veja qual é a iniciativa da Afya em 2025 para reduzir a desigualdade de gênero, alavancando as carreiras de médicas e alunas de Medicina pelo Brasil.

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Como ser mulher afeta a carreira médica? Como ser mulher afeta a Medicina? É difícil aceitar que até hoje a resposta para a primeira pergunta vai na direção contrária à da segunda, revelando que o preconceito ainda se sobressai às evidências científicas. Quer uma prova?

Em 2023, foi publicado um estudo que analisou mais de 1 milhão de pacientes submetidos a cirurgias comuns num período de 12 anos. A investigação foi feita a partir da comparação de resultados pós-operatórios, como mortalidade, readmissão e complicações obtidos de cirurgiões homens e cirurgiãs mulheres.

De modo geral, os pacientes tratados por mulheres tiveram taxas menores de resultados adversos em 90 dias e 1 ano após a cirurgia do que os tratados por homens. Segundo os pesquisadores, as diferenças nos resultados poderiam estar relacionadas a fatores como estilo de comunicação, abordagem no atendimento ao paciente e seleção de casos.

Por que então “ser mulher” ainda é visto como um fator negativo no mercado? O cenário de desigualdade de gênero na Medicina, como em qualquer outra área, deve-se a estigmas sociais discriminatórios. Veja a seguir quais são os principais desafios que elas precisam superar diariamente no ambiente de trabalho.

A desigualdade de gênero na Medicina em números

Ser mulher na Medicina é carregar um peso que, para quem não faz parte dessa minoria, passa despercebido, sendo praticamente invisíveis. Seu impacto sobre quem sofre, no entanto, é pesado e compartilhado pela maioria delas.  

É possível dizer, inclusive, que a discriminação, quando reportada, nunca é pontual. Trata-se de um comportamento sistêmico, completamente enraizado em nossa estrutura social, como revelam os dados levantados abaixo.

  • 37% das médicas já enfrentaram preconceito de pacientes apenas por serem mulheres;
  • 36% percebem desconfiança em seus diagnósticos;
  • Mais de 40% já sofreram assédio moral de pacientes, colegas ou superiores;
  • 28% relataram assédio sexual no ambiente de trabalho;
  • 72% acreditam que a dificuldade em equilibrar vida pessoal e profissional prejudicou suas carreiras;
  • As médicas ganham, em média, 22% a menos que seus colegas homens.

Esses números evidenciam uma realidade dura: as mulheres na Medicina precisam superar barreiras adicionais para construir suas carreiras, muitas vezes sem o apoio necessário. Mas, aqui na Afya, estamos do outro lado dessa trincheira, prontos para ajudar.

Reduzindo a carga: cursos gratuitos para mulheres

A Afya acredita que oportunidades devem ser definidas pelo talento, nunca pelo gênero. Por isso, a campanha "O Peso da Desigualdade" convida toda a comunidade médica a refletir sobre essas questões e agir para transformar a realidade.

No Dia Internacional da Mulher de 2025, lançamos um vídeo-experimento que ilustra de forma impactante como a desigualdade pesa na carreira das médicas. A iniciativa é um chamado para que todos — homens e mulheres — se engajem na construção de uma Medicina mais equitativa.  

Além disso, como uma aliada pela justiça e pela inclusão, durante o Mês da Mulher, estamos oferecendo acesso gratuito e exclusivo a cursos de ponta para médicas e alunas de Medicina, com o objetivo de alavancar suas carreiras e gestão profissional.  

Entre as opções, destacam-se:

  • Finanças Equilibradas: um curso com 14 aulas que aborda desde a organização do orçamento até estratégias de investimento, ajudando as profissionais a planejar seu futuro financeiro de forma consciente.
  • Inteligência Artificial na Medicina: uma introdução acessível às possibilidades da IA no campo da saúde, preparando as médicas para as transformações tecnológicas da área.

Outras iniciativas da Afya pela equidade de gênero

Como já demonstramos, a desigualdade de gênero não é apenas um problema individual, assim como não se limita somente à Medicina. Reconhecemos esse peso para promover mudanças significativas em nossa instituição há muito tempo, e nossas iniciativas já estão gerando frutos.

Abaixo estão alguns resultados:

  • Reconhecimento no Índice de Igualdade de Gênero da Bloomberg;
  • 48% das posições de liderança ocupadas por mulheres – nossa meta é chegar em 50% até 2030;
  • Programa de Mentoria para Mulheres (MMA), que capacita gestoras para cargos estratégicos;
  • Prêmio “Mulheres na Liderança” e selo Women on Board da ONU.

Viu como é possível fazer diferente? Para nós, isso é apenas o começo e, para você, talvez seja o motivo que faltava para confiar que, na Afya, a sua formação em Medicina será realmente pensada para o futuro. Conheça nossas unidades!