Como se proteger da intoxicação por monóxido de carbono

O monóxido de carbono, ou simplesmente CO, é um dos gases eliminados pelos escapamentos de carros movidos a gasolina, diesel ou álcool. Também há risco de eliminação por vazamentos de gás de cozinha em residências.

Portanto, este é um gás muito comum no nosso dia a dia, aumentando as chances de causar intoxicações, especialmente porque ele não tem cheiro – motivo pelo qual é considerado uma ameaça invisível. E infelizmente, a maioria dos acidentes com intoxicação por monóxido de carbono é potencialmente fatal.

Em vista disso, vamos falar sobre as situações mais comuns que envolvem intoxicação por monóxido de carbono. Se você pretende ingressar na faculdade de Medicina, saiba que esse assunto costuma cair nas provas.

Abordaremos, então, o que é o monóxido de carbono, onde ele é encontrado e o que acontece quando o gás é inalado. Ainda, descubra como se precaver para evitar a intoxicação por CO e quais são as medidas de prevenção mais eficazes. Boa leitura!

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O que é o monóxido de carbono (CO)?

Do ponto de vista estrutural, o monóxido de carbono (CO) é uma substância química composta por um átomo de carbono e outro de oxigênio. Ele é um gás incolor, inodoro e altamente tóxico.

Esse composto resulta da queima incompleta de combustíveis que contêm carbono. Os principais são gasolina, diesel, carvão, madeira e gás natural. A intoxicação por monóxido de carbono é perigosa e pode ser letal, pois a inalação impede a oxigenação dos tecidos.

Qual o panorama da intoxicação por monóxido de carbono no Brasil?

Uma das preocupações de quem atua na carreira médica são os casos de intoxicação por monóxido de carbono que chegam à emergência. Tanto em carros quanto em residências, isso acontece pelo uso inadequado de equipamentos, sobretudo em ambientes mal ventilados. Além disso, também há casos de vazamentos em sistemas de gás.

No Brasil e em outros países, há risco de intoxicação por esse gás tóxico devido ao uso de churrasqueiras com carvão. Além disso, nas cidades interioranas, algumas famílias ainda mantêm a cultura do uso de fogão à lenha dentro de casa. Quando não há ventilação suficiente, o risco de levar à acumulação de monóxido de carbono é grande.

Dados do portal Datasus, ligado ao Ministério da Saúde, registram mais de 500 mortes após intoxicação acidental por gases e vapores no Brasil entre 2000 e 2017. Nesse período, o ano mais letal foi 2013: foram 46 ocorrências. O menos letal foi em 2001, com 19 casos de intoxicação por monóxido de carbono.

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Casos midiáticos

No Brasil, alguns casos ganharam repercussão, como o que ocorreu na virada do ano de 2024, em Santa Catarina. Infelizmente, 4 jovens perderam a vida em uma BMW que, por um problema no motor, estava vazando monóxido de carbono. A intoxicação ocorreu porque as janelas estavam fechadas, impedindo a circulação de ar. No site do G1, é possível saber mais detalhes sobre o acidente.

Dormir no carro parecia inofensivo, mas acabou por tirar a vida destes jovens. Portanto, é importante dialogar sobre essa temática, que, inclusive, tem sido abordada no ENEM e nos vestibulares de Medicina. Diante disso, disseminar informações, orientar sobre a melhor conduta e tomar as providências corretas diante de intoxicação por monóxido de carbono é fundamental.

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Onde o monóxido de carbono (CO) é encontrado?

O monóxido de carbono pode ser encontrado em uma variedade de ambientes e situações. Na maior parte dos casos, o gás se forma na combustão de materiais com carbono em sua composição. Listamos algumas fontes comuns de CO. Veja quais são!

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Veículos a motor

São os maiores causadores de acidentes com eliminação de monóxido de carbono. Geralmente, os escapamentos desses veículos emitem monóxido de carbono, já que essa substância se forma como subproduto da queima de combustíveis.

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Residências

Além dos veículos a motor, a queima de combustíveis como gás natural, propano, carvão, lenha e óleo em aparelhos de aquecimento também ocorre nas residências. Nos ambientes domésticos, as principais fontes de intoxicação por monóxido de carbono são fogões, lareiras e churrasqueiras.

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Ambientes industriais

Também ocorre a liberação de CO durante a queima de combustíveis fósseis para geração de energia. Os locais mais comuns de processamento industrial são siderúrgicas, refinarias, fábricas e usinas de energia.

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O que acontece quando o CO é inalado?

O CO tem a capacidade de se combinar facilmente com a hemoglobina no sangue, substância é responsável pelo transporte de oxigênio do sangue para os tecidos. Logo, na presença do monóxido de carbono, esse processo é prejudicado. Ou seja, a capacidade do sangue de transportar oxigênio para órgãos e tecidos fica reduzida.

Quando o gás é inalado, muitas mudanças ocorrem no corpo, mas isso é imperceptível até que surjam algumas manifestações. Assim, os primeiros sinais causados pela intoxicação por CO são:

• Tontura;
• Dor de cabeça;
• Fraqueza;
• Náusea; e
• Confusão mental.

Se não houver uma rápida intervenção, em casos graves, a intoxicação por monóxido de carbono pode causar complicações irreversíveis.

Dependendo do tempo de exposição, o monóxido de carbono pode comprometer a oxigenação do cérebro e de outros órgãos vitais. Como esse gás não tem cheiro, a pessoa não percebe o risco a que está exposta. Por isso, é preciso ter muito cuidado com a exposição ao monóxido de carbono.

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Como evitar a toxicidade por monóxido de carbono?

Especialistas em prevenção de acidentes por inalação de gases tóxicos e outras substâncias orientam que uma importante medida de precaução é manter os ambientes ventilados. Logo, o ideal é ter mais cuidado ao manter carros ligados em locais mal ventilados.

Mesmo que o mais comum sejam escapamentos de monóxido de carbono do carro, existem outras condições que exigem atenção e a adoção de medidas preventivas. Em casa, por exemplo, também é preciso estar atento aos ambientes com churrasqueira, aquecedores, fogão a gás ou outras fontes de combustão que elevam os riscos de intoxicação, além de fazer o uso em locais apropriados.

Nesse sentido, destacamos alguns cuidados que ajudam a evitar incidentes com monóxido de carbono. Veja quais são:

• Evite permanecer no carro ligado em uma garagem fechada;
• Não fique dentro do carro parado por longos períodos, com o veículo ligado;
• Mantenha as janelas do carro e de locais fechados sempre abertas;
• Em locais de risco, instale detectores de monóxido de carbono.

Vale destacar, por fim, que casos de intoxicação por monóxido de carbono muitas vezes não são identificados de imediato. Além do gás não ter cheiro, seus sintomas podem ser confundidos com outras condições, inclusive com quadros de gripe ou envenenamento. Por isso, é preciso adotar medidas preventivas e garantir a ventilação adequada para evitar acidentes.

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