Por que um câncer pode voltar mesmo após a remissão?
Quer descobrir por que um câncer pode voltar mesmo após a remissão? Confira o artigo que elaboramos para você!
O diagnóstico de uma neoplasia é, sem dúvida, um dos momentos mais desafiadores na vida de um paciente, e a remissão é frequentemente vista como um símbolo de esperança e recuperação. No entanto, mesmo após tratamentos intensivos, o câncer pode voltar, causando um misto de dúvidas, frustrações e preocupações.
Neste artigo, abordaremos as principais razões pelas quais o câncer pode recidivar, explorando o que é a doença, como os tratamentos funcionam e a atuação da quimioterapia no organismo. Além disso, discutiremos as possíveis causas da recidiva do câncer. Para ilustrar o tema, traremos à tona um caso recente e de grande repercussão na mídia: o da cantora Preta Gil.
Continue a leitura para entender mais sobre esse assunto!
O que é o câncer?
O câncer é um grupo de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento descontrolado de células anormais no organismo. Enquanto as células normais seguem um ciclo de crescimento, divisão e morte bem regulado, as células cancerosas perdem esse controle. Elas continuam se multiplicando de maneira desordenada, resultando em formações chamadas tumores.
Os tumores podem ser benignos (não cancerosos), ou seja, crescem localmente e geralmente não oferecem risco de vida, ou malignos (cancerosos), que podem invadir tecidos próximos e se espalhar para outras partes do corpo por meio do sangue ou do sistema linfático — um processo conhecido como metástase.
Principais causas do câncer
Diversos fatores podem levar ao desenvolvimento de um câncer:
- genética: certas mutações genéticas herdadas podem aumentar o risco de câncer;
- estilo de vida: hábitos como fumar, beber álcool em excesso, má alimentação e falta de atividade física são associados a um maior risco;
- exposição a agentes cancerígenos: substâncias como o tabaco, radiação UV e certos produtos químicos podem causar danos ao DNA, aumentando as chances de surgimento da doença;
- infecções: alguns vírus, como o HPV, Hepatite B e C, estão ligados ao desenvolvimento de certos tipos de câncer;
- fatores ambientais: poluição e exposição a substâncias tóxicas também desempenham um papel no aumento dos riscos.
Como funciona a quimioterapia?
A quimioterapia é uma das principais formas de tratamento do câncer, com o objetivo de destruir as células cancerosas, inibindo seu crescimento e divisão. Ela pode ser administrada por via oral, intravenosa ou tópica, dependendo do tipo e localização do tumor.
Tipos de quimioterapia
Existem diferentes tipos de quimioterapia, cada um com um mecanismo de ação específico:
- citotóxica: atua diretamente nas células, causando a morte das células cancerígenas;
- alquilantes: interferem no DNA, impedindo que as células se dividam;
- antimetabólitos: impedem a síntese do DNA, o que inibe a multiplicação celular;
- inibidores da mitose: bloqueiam a divisão celular, dificultando a multiplicação das células cancerosas.
O processo de tratamento
O tratamento com quimioterapia é dividido em ciclos, permitindo que o corpo se recupere dos efeitos colaterais entre as sessões. A duração varia conforme o tipo de câncer, a resposta ao tratamento e o estado geral de saúde do paciente.
Embora a quimioterapia seja eficaz, ela também atinge células saudáveis, como as do sangue, do sistema digestivo e dos folículos capilares, o que pode resultar em efeitos colaterais como queda de cabelo, náuseas, fadiga e supressão do sistema imunológico.
Por que o câncer pode voltar após a remissão?
Embora a quimioterapia e outros tratamentos possam eliminar as células cancerosas visíveis, em alguns casos, o câncer pode voltar após a remissão. Isso pode ocorrer por diversos motivos. Veja a seguir.
Células cancerosas remanescentes
Mesmo após um tratamento aparentemente bem-sucedido, pequenas quantidades de células cancerosas podem permanecer no corpo, sem serem detectadas pelos exames. Com o tempo, essas células podem se multiplicar e dar origem a novos tumores.
Resistência ao tratamento
Algumas células cancerosas podem desenvolver resistência à quimioterapia e outros tratamentos. Isso acontece porque essas células possuem uma alta capacidade de mutação, o que lhes permite se adaptar e sobreviver em ambientes adversos, como os criados pelos medicamentos quimioterápicos.
Micrometástases
Em alguns casos, a neoplasia pode se disseminar para outras partes do corpo através do sistema linfático ou da corrente sanguínea, formando micrometástases — pequenos focos de câncer que são difíceis de detectar nos estágios iniciais.
Essas micrometástases podem permanecer inativas por longos períodos, até que condições favoráveis desencadeiem seu crescimento.
Fatores genéticos
A genética desempenha um papel importante na recorrência do tumor. Pacientes que apresentam mutações em certos genes (como o BRCA1 e BRCA2) podem ter maior propensão ao reaparecimento da doença, especialmente em casos de câncer de mama, ovário e próstata.
O papel do sistema imunológico
Outro fator que pode influenciar a recidiva do câncer é o sistema imunológico. Mesmo após o tratamento eliminar a maior parte das células cancerosas, se o sistema imunológico não estiver funcionando adequadamente, ele pode não ser capaz de destruir as células remanescentes, permitindo que a neoplasia volte a se manifestar.
O que fazer quando o câncer volta?
O retorno do câncer, denominado recidiva, pode ser localizado (no mesmo local do tumor original) ou metastático (espalhado para outras partes do corpo). Nesses casos, o tratamento será ajustado de acordo com a nova situação da doença. Confira algumas opções a seguir!
Quimioterapia de segunda linha
Caso o câncer se torne resistente ao tratamento inicial, novos medicamentos ou combinações podem ser utilizados. Esses tratamentos são denominados quimioterapia de segunda linha.
Terapias-alvo
As terapias-alvo são medicamentos que visam especificamente as células cancerosas, interferindo em seu crescimento e proliferação. Geralmente, elas são menos tóxicas do que a quimioterapia tradicional, pois afetam menos as células normais.
Imunoterapia
A imunoterapia é uma abordagem que estimula o sistema imunológico a combater as células cancerosas. Essa estimulação é geralmente realizada por meio de vacinas, anticorpos monoclonais ou outros agentes que fortalecem a resposta imunológica contra o câncer.
Cuidados paliativos
Em situações em que a cura não é mais viável, os cuidados paliativos podem ser recomendados. O foco desse tratamento é aprimorar a qualidade de vida do paciente, aliviando sintomas e proporcionando conforto.
O caso de Preta Gil: uma luta contra o câncer
Recentemente, a cantora Preta Gil compartilhou sua luta contra o câncer. Ela foi diagnosticada com um adenocarcinoma no intestino em estágio inicial e passou por tratamentos como a quimioterapia. Apesar de ter alcançado a remissão, Preta enfrentou a recidiva da doença, o que a levou a continuar o tratamento. Seu caso destaca a imprevisibilidade do tumor e a importância de manter um acompanhamento constante, mesmo após um aparente sucesso no tratamento.
A história de Preta Gil serve como um lembrete de que o câncer é uma doença complexa, que requer não apenas um tratamento médico eficaz, mas também apoio emocional e psicológico contínuos. Ela tem utilizado sua plataforma para sensibilizar o público sobre a importância da detecção precoce e da perseverança no tratamento, mesmo em momentos difíceis.
A volta do câncer requer acompanhamento regular
A realidade, que muitos pacientes enfrentam, é que o câncer pode voltar mesmo após a remissão. A compreensão dos fatores que podem contribuir para a recidiva, como a resistência ao tratamento, micrometástases e células remanescentes, ajuda a esclarecer por que isso acontece.
Além disso, é essencial que os pacientes continuem seus cuidados médicos com o oncologista, sigam os acompanhamentos regulares e, em casos de recidiva, explorem as novas opções de tratamento disponíveis.
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