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AVC: sinais de alerta que podem prevenir um acidente vascular cerebral

AVC: sinais de alerta que podem prevenir um acidente vascular cerebral em pessoas com fator de risco.

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Popularmente conhecido como derrame, o acidente vascular cerebral — ou AVC — é um quadro que resulta da alteração do fluxo sanguíneo que irriga o cérebro. Essa condição leva à morte de células nervosas da região cerebral atingida, o que pode gerar diversas complicações à saúde.

Neste material, você vai saber o que é um AVC e como a doença está subdividida. Ainda, conheça as suas causas, os sintomas, as medidas de prevenção e os tratamentos disponíveis para reverter os impactos desse quadro. Boa leitura!

Tipos de AVC

Em linhas gerais, o AVC é um dos tipos de doenças crônicas que mais preocupam a saúde pública. Dados do Ministério da Saúde (MS) destacam que somente em julho de 2022, o AVC matou 8.758 brasileiros. Tais números equivalem a 11 óbitos por hora, o que sugere mais atenção e cuidado com esse tipo de doença.

Saber a diferenciação entre os dois tipos de acidente vascular cerebral é essencial para propiciar o atendimento adequado e minimizar os impactos do quadro. Essa avaliação depende de diferentes fatores, entre os quais, os mais relevantes são a história clínica e exames de neuroimagem.

Por ser uma condição clínica que requer assistência emergencial, a triagem precisa ser feita de forma prioritária, assim como a identificação do tipo de AVC. Com esses dados em mãos, é possível definir a conduta a fim de que o paciente comece a receber o tratamento imediato.

Acidente vascular isquêmico

Apesar de mais comum, esse tipo de AVC é um dos que menos resultam em óbito imediato. Ou seja, a maioria dos casos de derrame cerebral é isquêmico. No entanto, desde que seja adequadamente tratado, essa modalidade da doença apresenta um bom prognóstico.

O quadro decorre do entupimento dos vasos cerebrais, que pode surgir por diferentes razões. Geralmente, o acidente vascular cerebral isquêmico ocorre devido a uma trombose, que surge devido à formação de placas em artérias cerebrais.

Muitas vezes, o AVC também pode surgir devido a embolias. Esse processo se caracteriza por uma condição específica: trombos ou placas de gordura originárias de outra parte do corpo se desprendem, alcançam a corrente sanguínea e chegam aos vasos cerebrais.

Acidente vascular hemorrágico

Com maior risco de óbito, o acidente vascular hemorrágico ocorre em consequência do rompimento dos vasos sanguíneos no interior do cérebro. Essa condição é denominada hemorragia cerebral.

Em geral, o AVC hemorrágico torna-se fatal porque provoca o aumento da pressão intracraniana, que pode resultar no agravamento da lesão. Tais características fazem com que esse subtipo de AVC seja mais grave e tenha altos índices de mortalidade.

Principais fatores de risco para AVC

Existem mecanismos que podem facilitar o desenvolvimento de um AVC, principalmente em pessoas de idade avançada e com lapsos de memória mais frequentes. Devido às alterações típicas que ocorrem gradativamente no envelhecimento, algumas pessoas se tornam mais propensas a certas enfermidades.

Listamos as condições que exigem mais atenção e aumentam a necessidade de fazer avaliações médicas mais frequentes. Confira:

  • pessoas de etnias afrodescendentes;
  • idade maior de 55 anos;
  • histórico de problemas cardíacos;
  • hipertensão;
  • diabete;
  • tabagismo;
  • consumo excessivo de álcool e drogas;
  • estresse crônico;
  • sedentarismo;
  • colesterol elevado;
  • antecedentes familiares de doenças cardiovasculares;
  • doenças neurológicas;
  • doenças do sistema circulatório.

Sinais de alerta de AVC

Igualmente relevante é ficar atento a algumas manifestações que sugerem a busca de avaliação profissional. Às vezes, os sinais de AVC começam a aparecer dias antes da ocorrência, de fato.

Um dos alertas, por exemplo, é quando a pessoa se enquadra nos fatores de risco e, de repente, começa a perceber sintomas como tremores dos braços e pernas, tontura e visão turva. Tais evidências sugerem a necessidade de mais atenção à saúde integral, principalmente quando surgem.

Mesmo que esses sinais não sejam exclusivos de acidente vascular cerebral, o ideal é redobrar a atenção e buscar avaliação médica. No entanto, quando as manifestações acima se tornam muito frequentes — em indivíduos que são fatores de risco — a chance de desenvolvimento de AVC é mais elevada.

Destacamos os sinais de alerta característicos de um quadro de AVC que exigem o encaminhamento imediato do paciente ao pronto atendimento. Veja quais são:

  • cefaleia de início súbito;
  • mal-estar e vômitos;
  • dormência em um dos lados do corpo;
  • perda de força nos membros inferiores;
  • perda súbita da fala ou comunicação lenta e difícil;
  • perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Tempo é cérebro

Mesmo que os sintomas sugestivos de acidente vascular cerebral pareçam leves, o ideal é buscar atendimento médico imediato. Quando se trata de AVC, os neurologistas costumam afirmar que “tempo é cérebro”. Ou seja, quanto antes prestar socorro, maiores serão as chances de minimizar as sequelas da doença.

Em geral, os tratamentos são altamente eficazes. Porém, os resultados são melhores quando há socorro em até uma hora após o surgimento dos primeiros sintomas. Ou seja, quanto mais rapidamente o paciente for levado ao hospital, menores serão as complicações.

Medidas de prevenção de AVC

Pessoas que compõem os fatores de risco devem manter constante vigilância e fazer exames periódicos. Quando há história familiar, idade avançada e presença de comorbidades, o risco de AVC é maior.

Logo, é necessário tratar doenças crônicas como diabete e hipertensão arterial, já que elas têm relação direta com a maioria das ocorrências de AVC na população.

Vale destacar, entretanto, que esses quadros podem se desenvolver de forma insidiosa, sem manifestação de sintomas aparentes. Por isso, mesmo quem tem um estilo de vida saudável pode sofrer um derrame cerebral, inclusive em idade precoce.

Contudo, a adoção de algumas medidas pode reduzir esse risco. Observe quais são as mais relevantes:

  • praticar atividade física;
  • controlar o peso e a gordura abdominal;
  • manter pressão arterial, níveis de glicemia e de colesterol sob controle;
  • manter um bom gerenciamento do estresse;
  • dormir bem;
  • não abusar de cigarros, álcool ou outras substâncias;
  • manter um acompanhamento médico regular.

Por fim, tão relevante quanto conhecer os sinais de alerta para o AVC é adotar medidas de prevenção que reduzam os riscos desse quadro. Essa doença é uma das que exigem mais atenção de profissionais de saúde, já que representa grande importância clínica e epidemiológica no Brasil e no mundo.

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