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Aquecimento global e o surgimento de novas doenças

Veja as últimas notícias sobre como o aquecimento global pode ser a causa de futuras endemias e até pandemias pelo mundo.

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Em 2023, as ondas de calor intensificaram-se em todos os continentes, com sensações térmicas beirando os 45º em algumas capitais do Brasil. Também foi nesse ano que recebemos um alerta preocupante da Organização Meteorológica Mundial, afirmando que o aquecimento global atingirá níveis recordes nos próximos cinco anos.

A partir daí, muitas questões sobre como manter a saúde, em especial, durante a primavera e o verão, e quais são os grupos de risco nessa situação passaram a ser discutidas. No artigo de hoje, você vai saber as últimas notícias sobre como a crise climática e a elevação das temperaturas pode ser a causa de futuras endemias e até pandemias pelo mundo.

Menos frio = mais vírus e micróbios milenares descongelados

Enquanto estudavam o permafrost siberiano – que é uma das maiores reservas de carbono do planeta – cientistas descobriram que diversos vírus congelados há quase 50 mil anos permaneceram infecciosos. Ou seja, com a revelação da camada pelo processo de degelo, eles são uma ameaça em potencial à humanidade.

Um prenúncio do que podemos esperar para o futuro ocorreu em 2016. Após uma onda de calor passar pela Sibéria durante o verão, esporos de antraz foram ativados, causando dezenas de infecções. Uma criança e milhares de renas vieram a óbito devido à doença.

Três anos depois, uma equipe científica isolou 13 novos vírus, para os quais dificilmente nós teríamos imunidade ou mesmo resistência. Há 50 mil anos, os Neandertais foram extintos e, se existe a possibilidade de isso ter acontecido devido a um vírus desconhecido, este também poderia ser um fatal para os homo sapiens.

O risco é, inclusive, bastante real. Pois o degelo causado pelo aquecimento global nessa região tem levado à revelação de jazidas de diamante, ouro, entre outros metais e recursos minerais preciosos. A exploração do permafrost siberiano, inevitavelmente, faz as pessoas entrarem em contato com suas partículas.

Calor e umidade leva a transmissão de patógenos a novas regiões 

Existe uma correlação entre o aquecimento global e as arboviroses tanto por causa do aumento das temperaturas quanto da mudança do padrão das chuvas. Isso se deve à qualidade dos ambientes para os vetores.

Climas mais quentes e úmidos são propícios aos mosquitos que transmitem os vírus que causam doenças como dengue, zika, chikungunya e malária. Outras enfermidades tropicais menos discutidas também são “beneficiadas” nesse contexto. São elas a doença de Chagas, a esquistossomose e a leishmaniose.

De acordo com o Ministério da Saúde, houve um aumento de 189% no número de casos de dengue no Brasil entre 2021 e 2022. Não houve, porém, apenas um crescimento, mas uma manutenção da incidência, o que é um problema ainda maior, pois o natural é que houvesse uma redução na época de frio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vê com preocupação a presença de Aedes aegypti e Aedes albopictus na Europa, registrando uma tendência de proliferação da doença. Nos estados brasileiros do Sul, onde também era incomum a infecção graças ao clima mais ameno, também tem tido mais casos.

Como cada pessoa pode combater o aquecimento global 

Infelizmente, a principal atitude que todos nós podemos tomar é fazer pressão política para que os maiores emissores de carbono sejam levados a transformar suas atividades. Assim como, para que projetos a fim de beneficiar empresas que oferecem alternativas de consumo mais ecológicas com incentivos fiscais, e por aí vai. 

No entanto, não quer dizer que cada pessoa não tenha seu quinhão de responsabilidade em relação ao aquecimento global. Entre as escolhas que você pode tomar para reduzir seu impacto na Terra estão:

  1. Mudar seu meio de transporte, optando por bicicletas, transporte público e/ou carros compartilhados;
  2. Controlar seu consumo de energia, escolhendo lâmpadas mais econômicas e mantendo acesas somente enquanto estiver no ambiente;
  3. Adaptar sua dieta a um consumo menor de carne e derivados ou, quem sabe, aderir ao vegetarianismo/veganismo;
  4. Consumir produtos sustentáveis e de origem local, pesquisando sobre a origem de seus fornecedores, suas cadeias produtivas e certificações;
  5. Não desperdiçar comida, pois o processo de decomposição da matéria orgânica nos aterros emite gases que aumentam o efeito estufa;
  6. Ter plantas e plantar árvores, pois elas são nossas melhores aliadas na captura do CO2 presente na atmosfera.

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