Estágio e carreira

Por que não comemoramos o Valentine’s Day no Brasil?

Se você não sabe o que é o Valentine’s Day ou porque não comemoramos o Dia dos Namorados nesta data, descubra aqui!

5
minutos de leitura

Sorrir enquanto escuta uma música e se lembra de alguém. Contar as horas para se encontrarem mesmo sabendo que não têm nada especial para fazerem juntos. Ter a paciência de lidar com os hábitos mais estranhos sem perder o brilho no olhar. Nem Valentine’s Day, nem 12 de junho, o dia do amor é quando essas pequenas coisas acontecem.

Mas, porém, contudo, todavia, não obstante... comemorar é uma ação que nos permite expressar o que guardamos dentro de nós. Portanto, nada mais válido do que existir uma data especial dedicada tão somente à expressão de nossos sentimentos.

Talvez seja por isso que, de uns anos pra cá, os brasileiros passaram a comemorar o Dia dos Namorados duas vezes por ano. Embora não seja uma data oficial no nosso país, você verá muitas pessoas postando declarações de amor no próximo 14 de fevereiro.

Se você não sabe o que é o Valentine’s Day, eis aqui a sua chance de descobrir. Um spoiler? Quem é aspirante a publicitário vai se apaixonar ainda mais pela sua futura profissão.

Qual é a origem do Valentine’s Day?

Sociedades imperialistas e práticas se apropriam de culturas, reciclando seus costumes com novas estéticas e, por vezes, novos significados. É por isso que os deuses romanos são tão, digamos, parecidos com os deuses gregos criados séculos antes, e que o Valentine’s Day tem, na verdade, duas histórias de origem.

A primeira se dá em Roma com a festa da Lupercália, onde aconteciam sacrifícios para trazer abundância em vários aspectos da vida, inclusivo no amor. Também havia a crença de que os rituais praticados nesse dia tornariam as mulheres presentes mais férteis.

No século V, o Papa Gelásio I deu um fim a essa celebração, substituindo-a pelo Dia de São Valentim. Sua data também foi alterada, sendo antecipada em um dia: 14 de fevereiro ao invés do dia 15, como era antes.

O motivo? Você pode escolher, pois reza a lenda que houve dois Valentins diferentes na mesma época.

Um deles foi um bispo que, após se recusar a adorar os deuses romanos, acabou preso por ordem do imperador Claudius II Gothicus. Na cadeia, ele escreveu uma carta à mulher que supostamente o curou de sua cegueira e pela qual estava apaixonado. Sua assinatura dizia “de seu eterno Valentim”.

O outro também não era fã de acatar ordens imperiais. Para Gothicus, os homens jovens eram soldados melhores quando não estavam envolvidos em relacionamentos amorosos. Mesmo assim, o padre Valentim abençoou vários casamentos, sendo executado por isso em 14 de fevereiro de 269 d.C.

E a origem do Dia dos Namorados?

Uma campanha com o slogan “Não é só com beijos que se prova o amor”. Esta é a origem do Dia dos Namorados no Brasil, criada com o objetivo de alavancar as vendas em um período de baixa em 1948.

Seu criador foi João Doria, o pai do ex-governador de São Paulo. Ele era dono da agência de publicidade Standart Propaganda e escolheu o dia 12 de junho por ser a véspera do dia de Santo Antônio – famoso por ser o “santo casamenteiro”.

Já existia à época o Dia das Mães, que funcionava bem para aquecer o comércio. Assim, Doria explorou o mesmo conceito por um prisma que já existia em outros países com o Valentine’s Day para incentivar a troca de presentes entre os casais.

Estratégia e conceituação: quem faz o quê em uma agência?

Em geral, os estudantes de publicidade ficam alvoroçados quando se fala sobre isso. Afinal, a quem são destinados os louros de uma campanha que pode ser até indicada ao Festival de Cannes?

No contexto ideal, cada cliente de uma agência possui seu próprio squad com vários profissionais especializados. São eles: product owner ou atendimento, redator, diretor de arte, videomaker, dados e insights, mídia e planejamento.

A demanda por uma nova campanha pode vir tanto desse time, como uma proposta, ou do cliente, como aconteceu com João Doria. Essa demanda deve ter um objetivo específico – conversão, brand awareness, entre outros, a ser resolvido com uma comunicação assertiva.

A partir daí, acontece uma reunião de brainstorm com o time inteiro até decidir o que será feito. Em seguida, “o como será feito” é desenvolvido pela dupla de criação, composta por um redator e um diretor de arte.

Mas é arte no contexto da publicidade, ok? E perceber esse pulo do gato já responde à questão envolvendo a conceituação mencionada no título.

Afinal, por mais bonita que uma campanha seja, ela deve ser útil ao cliente. É por isso que o Valentine’s Day abrasileirado pegou: ele resolveu um problema de vendas.

Ou seja, existe uma estratégia de dados antes e uma estratégia artística depois. Ambas são processos criativos que se desdobram em resultados funcionais e essenciais para o desempenho de uma campanha. Portanto, todos devem ser parabenizados pelo seu sucesso.

Sem falar que, sem uma análise correta de mídia, tanto o planejamento quanto a criação podem ir pelo ralo abaixo. Ou seja, há mais estratégia após a entrega do slogan e dos criativos também.

Possíveis carreiras para publicitários

Há quem se encante com a anatomia de trabalho que descrevemos acima. Mas também existem aqueles que veem isso como um gatilho para crises de pânico. Muitas mãos e muita cobrança em uma situação eterna de trabalho em equipe.  

Porém, startups e empresas grandes, por vezes, não gostam de terceirizar seu marketing e têm seu time in house, inclusive para fazer ações de Valentine’s Day. Além disso, algumas carreiras também possibilitam a atuação como freelancer.  

Abaixo listamos outras carreiras em que você poderá se dedicar mesmo antes de colocar as mãos em seu diploma:

  • Growth Hacker
  • Copywriter
  • UX Writer
  • Content Designer  
  • Designer UX/UI
  • Designer de Produto
  • Social Media  
  • Videomaker  

E aí, gostou deste conteúdo? Conheça 5 campanhas publicitárias que fizeram história aqui!