Estágio e carreira

Profissionais que atuam na performance de atletas de alto nível

Selecionamos quatro profissões especializadas em diferentes campos da saúde que atuam na preparação de atletas para grandes competições. Confira!

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Fazer de um esporte o objeto de seu trabalho diário é o sonho de muita gente. Mas, não se engane, nós não estamos falando de quem se dedica a treinos exaustivos em busca de medalhas e pódios. Há muitos outros profissionais por trás da performance dos atletas de alto nível, aos quais nós assistimos nas grandes competições nacionais e internacionais. No artigo de hoje, falaremos sobre quatro destes, especializados em diferentes campos da saúde. Confira!

Fisioterapeuta

Este profissional executa um papel imperioso no treinamento de atletas, independentemente do esporte que praticam. A partir de uma formação clínica generalista, os fisioterapeutas têm capacidade de atuar nos três níveis da assistência à saúde.

Nesse sentido, o acompanhamento fisioterápico cumpre o objetivo de prevenir contusões, por meio de avaliações físicas; de impulsionar a performance por meio da prescrição de exercícios para fortalecimento; e de reabilitar músculos, tendões, ligamentos, entre outras partes diretamente relacionadas à habilidade motora do corpo humano.

O fisioterapeuta é capaz de realizar tudo isso, pois é um especialista em movimento, o que, não por acaso, está na essência das práticas esportivas. Cada braçada na natação, cada chute a gol e cada saque em uma partida de vôlei é realizado graças a um conjunto sincronizado de movimentos, que podem ser bem ou mal executados.

Por esse motivo, a atuação destes profissionais se faz tão importante antes, durante e após os eventos esportivos. Além disso, toda atividade física gera um impacto que, por menor que seja, precisa ser monitorado de perto para que não dificulte ou até inviabilize a atuação do atleta a curto, médio e longo prazo.

Em resumo, cabe também aos fisioterapeutas corrigir e educar seus pacientes quanto às atividades realizadas no dia a dia. Muitas vezes, são tarefas que já se tornaram automáticas, às quais não damos a devida atenção.

Um exemplo clássico é o curvar-se em direção ao chão em vez de se agachar para pegar objetos antes de tentar carregá-los. Apesar de parecer um movimento inofensivo, várias partes do corpo são forçadas quando o fazemos de forma incorreta, podendo causar lesões, inflamações e até fraturas.

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Educador Físico

Ginástica, jogos, esportes, luta e dança. Estas são algumas das áreas sobre as quais todo educador físico aprende durante a graduação. Depois, esse profissional ainda pode se especializar em um campo específico, no intuito de construir uma carreira mais sólida. Mas, com o diploma em mãos, ele já é um especialista em atividade física.

Dessa forma, o trabalho do educador físico junto aos atletas é o de orientá-los em relação à preparação física ou no que tange às técnicas do esporte em questão. Sua rotina, porém, vai depender do tamanho do clube em que se está trabalhando, podendo haver assistentes e parceiros à disposição ou não.

Muitos profissionais formados em educação física ocupam o cargo de treinador dentro das equipes multidisciplinares envolvidas na evolução de cada pessoa ao nível profissional. Nestes casos, o planejamento das estratégias, manobras ou movimentos a serem desenvolvidos e aperfeiçoados pelos atletas está nas mãos do educador físico.

É importante ressaltar que, o comprometimento dos educadores físicos, acima de qualquer pódio, é com a promoção da saúde por meio do esporte e demais atividades físicas. Portanto, o respeito às limitações e à vontade de cada atleta sob sua responsabilidade é fundamental para uma atuação profissional ética.

Todo grande time seja de basquete, futebol, ou qualquer outro esporte de alto nível, emprega um ou mais educadores físicos para que possa atingir sua máxima performance e almejar resultados competitivos. Além disso, todas as seleções que participam das Olimpíadas também contam com a expertise desses profissionais em suas comissões técnicas, como analistas de desempenho, preparadores físicos, entre outras posições.

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Nutricionista Esportivo

Muita gente leva a famosa frase “Você é o que você come” com muita seriedade. Mas, para os atletas de alto nível, isso é quase uma lei. Brincadeira à parte, o corpo humano é mesmo composto por vários sistemas, cujas peças precisam de energia para funcionar adequadamente. E os combustíveis para essas máquinas que existem dentro de nós chamam-se: proteínas, vitaminas, carboidratos, lipídeos e sais minerais.

Saber para quê cada um destes elementos serve e como eles são metabolizados em cada biótipo corporal é a parte principal do trabalho de um nutricionista esportivo. A quantidade de alimento que precisa ser ingerida por cada pessoa também varia de acordo com o gasto calórico que ela tem durante o seu dia. Logo, este profissional precisa estar a par de todas as atividades realizadas pelos atletas do time ao qual ele presta seus serviços, para recomendar a dieta ideal para cada um deles.

Nesse sentido, o trabalho do nutricionista esportivo complementa o de todos os outros profissionais citados anteriormente. Por exemplo, não adianta o atleta fazer o treinamento completo indicado pelo educador físico para ganho de massa muscular sem ingerir o percentual de proteína recomendado. Afinal, estes são os elementos responsáveis pela construção dos músculos no nosso organismo.

Portanto, quando falamos em performance e conquista de resultados no esporte, não podemos excluir o nutricionista da equação. Além disso, este é um dos dois profissionais desta lista que pode trabalhar de casa, sem que isso prejudique a qualidade do serviço oferecido. O outro você conhecerá no próximo tópico.

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Psicólogo

Em 2021, a importância do acompanhamento psicológico de atletas ganhou os holofotes da mídia. Ainda no mês de maio, a tenista japonesa Naomi Osaka, que já venceu quatro títulos em sua carreira, desistiu do torneio Roland Garros na França. Para justificar sua decisão, Naomi relatou que sofre de depressão há três anos e que a forma como os jornalistas conduzem as coletivas de imprensa afetam negativamente sua saúde mental.

Meses depois, durante as Olimpíadas de Tóquio, outra grande estrela do esporte mundial abriu mão de competir por motivos semelhantes. A ginasta norte-americana Simone Biles afirmou que após realizar uma prova abaixo de seu nível habitual sentiu-se menos confiante. Assim, ela preferiu proteger-se a arriscar a própria saúde em benefício do espetáculo.

Hoje, os cuidados com a saúde mental têm sido tão valorizados quanto à manutenção de um corpo saudável. E, como todo ser humano, os atletas também sofrem com estresse, ansiedade, depressão, entre outros desequilíbrios psíquicos que afetam suas e vidas e, portanto, sua qualidade nos esportes que praticam.

No entanto, além da terapia convencional, a atuação deste profissional como parte de uma equipe técnica também pode ter outros objetivos. Na prática, o psicólogo esportivo precisa estudar a fundo a categoria na qual deseja atuar para poder indicar exatamente quais fatores psicológicos podem afetar o desempenho físico de uma equipe ou de um indivíduo. A consequência desta abordagem é a elevação do nível competitivo dos atletas.

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A importância de uma equipe multidisciplinar

A intervenção de uma equipe multidisciplinar é a chave para o treinamento esportivo atualmente. Isso porque com o avanço tecnológico na Educação, fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas e psicólogos de todo o mundo sabem cada vez mais sobre o corpo humano e a como elevar seu nível de desempenho. Dessa forma, os esportes tornam-se mais dinâmicos e bem mais competitivos.

No entanto, esse alto nível e quantidade de conhecimentos novos levaram a uma superespecialização profissional. Então, a comunhão entre diferentes profissões tem sido empregada para que cada especialista encontre com mais facilidade o detalhe da sua área que pode ser melhorado em favor do todo.

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