Estágio e carreira

Harmonização facial ou ortodôntica? Conheça as diferenças entre as duas áreas

Conheça suas diferenças, os procedimentos realizados em cada uma e qual especialização você deve fazer para trabalhar com harmonização facial.

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A harmonização facial causou uma quebra de paradigmas. Até o seu crescimento significativo no mercado e sua viralização pelas redes sociais, muitas pessoas acreditavam que procedimentos estéticos eram uma exclusividade da Medicina, por meio da especialização em Cirurgia Plástica, ou dos profissionais formados em Estética e Cosmética.

Mas os grandes nomes à frente dessa técnica que busca aumentar a autoestima, promovendo saúde mental, são, na verdade, cirurgiões-dentistas. Uma pesquisa recente revelou que aproximadamente 80% dos entrevistados já haviam se submetido a algum procedimento não-invasivo e 15% manifestaram interesse em realizar algum no futuro.

A busca por uma aparência facial mais simétrica e rejuvenescida, porém, nem sempre requer harmonização facial, sabia? Embora seja menos conhecida, a harmonização ortodôntica já faz parte do dia a dia dos dentistas há muito tempo, trazendo inúmeros benefícios para pacientes e todos que se preocupam com seu bem-estar.

E, não, elas não são a mesma coisa. A seguir, vamos explicar as diferenças entre as duas áreas, citando os principais procedimentos realizados em cada uma, e apresentar a você a especialização que te aguarda após a sua graduação em Odontologia.

Diferenças entre harmonização facial e harmonização ortodôntica

Comecemos pelo denominador comum entre as duas áreas: ambas têm métodos próprios para alcançar a harmonia estética facial aos seus pacientes. No entanto, uma delas vai além da saúde mental, oferecendo também melhorias significativas no que tange à saúde física.

Em resumo, a harmonização facial pode ser descrita como um conjunto de técnicas que buscam equilibrar o rosto humano por meio da simetria, do aumento ou da redução de certas características e do rejuvenescimento. Isso se dá pelo uso de substâncias e recursos como ácido hialurônico, toxina botulínica e fios de sustentação, entre outros.

Por outro lado, a harmonização ortodôntica abrange uma série de tratamentos odontológicos que têm por objetivo restabelecer a funcionalidade mastigatória e respiratória ideal dos indivíduos. Assim, suas correções envolvem, por exemplo, os dentes, as gengivas e os ossos maxilares de cada um.

Principais tratamentos da harmonização facial

São várias as possibilidades dentro dessa área, embora as mais conhecidas envolvam sempre mudanças no maxilar ou nos lábios. Há, por exemplo, preenchimento facial com ácido hialurônico, utilizado para corrigir sulcos, rugas e linhas de expressão.

Esse é o mesmo produto que serve para dar mais volume a lábios, bochechas, queixo e para dar mais projeção ao mento, transformando o perfil da pessoa. Essa mudança é capaz inclusive de alterar a percepção da famosa “papada” ao delinear melhor os contornos da face.

A toxina botulínica, mais conhecida como botox, é outra substância muito utilizada em consultórios e clínicas. Ela serve para suavizar rugas dinâmicas, com as que são encontradas na testa, os pés de galinha ao redor dos olhos e as linhas ao redor da boca.

Já ouviu falar sobre lifting facial não cirúrgico? Este é outro procedimento que está dentro do escopo da harmonização facial e ele é feito com fios de sustentação para quem busca melhorar o aspecto de flacidez do rosto, promovendo maior produção de colágeno também.

Os peelings químicos também estão entre os campeões. Por meio deles, o cirurgião-dentista remove camadas superficiais de pele para promover a renovação celular, suavizar manchas e melhorar a textura do órgão num geral.

Principais tratamentos da harmonização ortodôntica

Agora, as diferenças entre harmonização facial e harmonização ortodôntica ficarão ainda mais nítidas. O primeiro tratamento sobre o qual vamos falar é o uso de aparelhos ortodônticos fixos e removíveis, utilizados para corrigir a posição dos dentes e a mordida.

Em alguns casos, esse alinhamento adequado também pode ser alcançado por meio de extrações dentárias. Isso é feito quando não há espaço suficiente para permitir o nascimento correto dos dentes na boca da pessoa.

Outros dispositivos ortodônticos comumente utilizados para ajudar os pacientes são: expansores palatinos, disjuntores e as “contenções”, aplicadas após a remoção do aparelho fixo. Eles melhoram não apenas a estética do sorriso, causando reflexos na face também, como promovem uma oclusão adequada e a conquista de uma função mastigatória correta.

Por fim, falemos sobre a principal causa de dúvida entre harmonização facial e ortodôntica: a cirurgia ortognática. Nesse caso, o cirurgião-dentista intervém diretamente no desalinhamento ósseo da mandíbula e da maxila da pessoa, melhorando sua aparência, sua mordida e até a sua respiração.

HOF como especialização e os limites éticos e legais  

Como você pôde perceber, os procedimentos que estão englobados dentro da harmonização ortodôntica são aprendidos durante a graduação em Odontologia. Ou seja, todos os profissionais formados no curso de Odontologia podem executá-los em consultórios e clínicas.

Porém, os dentistas que desejam ampliar seu escopo de trabalho, incluindo também a harmonização facial, precisam passar por uma especialização que foi regulamentada em 2019. A partir desse reconhecimento da HOF ou harmonização orofacial como especialidade odontológica, aconteceram mudanças importantes.

Nessa mesma resolução, foram liberados aos cirurgiões-dentistas manipularem o botox, preenchedores faciais e várias outras substâncias em consultório e clínicas. Também ficou autorizada a realização de laserterapia, bichectomia e liplifting, além da lipoplastia facial.

A especialização serve para oferecer um conhecimento mais aprofundado da anatomia e da fisiologia da região orofacial aos dentistas recém-formados ou que já atuam há muito tempo no mercado. Assim, eles são capacitados a realizar qualquer procedimento com segurança e precisão.

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