Estágio e carreira

Qual o papel do enfermeiro na gestão de crises em UTIs?

Quer saber quais são as habilidades requeridas de enfermeiros que atuam na gestão de crise de uma UTI? Confira o nosso post!

6
minutos de leitura

Os enfermeiros desempenham uma função vital nos hospitais. Eles são responsáveis pelos cuidados com os pacientes e pelos setores nos quais trabalham. São fundamentais para a gestão de crises em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), onde a natureza crítica e complexa dos casos exige intervenções rápidas e eficazes.

O papel do enfermeiro abrange a coordenação de equipes, a implementação de protocolos clínicos, os cuidados com as pessoas internadas e a manutenção da eficiência operacional da UTI. Se você ainda tem dúvidas sobre o assunto, saiba que neste post abordaremos vários tópicos relacionados ao tema.

Continue a sua leitura!

Qual a importância do enfermeiro na gestão de crises em UTIS?

Ao longo dos anos, a função da enfermagem foi sendo aprimorada. Os enfermeiros se destacam na gestão de crises pelo seu envolvimento contínuo com o monitoramento dos pacientes, a identificação precoce de deteriorações clínicas e a implementação de intervenções imediatas.

A sua formação técnica e experiência prática são essenciais para manter a estabilidade dos pacientes, bem como a eficiência operacional da UTI. Esses profissionais conseguem perceber se algum equipamento precisa de reparos ou quais são os itens que estão em falta no departamento.

Quais são os protocolos necessários e habilidades requeridas para exercer o papel de enfermeiro?

Um bom enfermeiro usa os seus talentos para completar os times e segue as regras do local. Dentro dos hospitais, existem vários protocolos a serem seguidos pelos profissionais de saúde.

Os procedimentos são documentados, e é de suma importância que o enfermeiro tenha esse conhecimento para saber como agir em todas as situações. Na UTI, por exemplo, alguns dos principais documentos são:

  • protocolos de reanimação cardiopulmonar (RCP): são aplicadas técnicas avançadas de RCP e é feito o uso de desfibriladores automáticos externos (DAES);
  • protocolos de manejo de sepse: é realizada a identificação precoce de sinais de sepse e são administrados rapidamente os antibióticos e fluidos intravenosos;
  • protocolos de ventilação mecânica: são executados ajustes na ventilação mecânica conforme a necessidade do paciente e é efetuado o monitoramento contínuo dos parâmetros respiratórios;
  • protocolos de controle de infecções: são adotadas medidas rigorosas de higiene, esterilização e isolamento de pacientes infectados para evitar a disseminação de patógenos.

Porém, além desses protocolos, há diversas habilidades, competências e comportamentos indispensáveis para os profissionais da saúde se tornarem bons colaboradores. Entre os principais, podemos citar:

  • competência para executar os procedimentos invasivos, como a inserção de cateteres centrais e a intubação endotraqueal;
  • facilidade para a administração de medicamentos complexos e manejo de bombas de infusão;
  • capacidade de comunicação clara e eficaz com a equipe multidisciplinar e com os familiares dos pacientes;
  • posição de liderança em reuniões de equipe e em momentos de crise;
  • eficiência na organização de recursos e reunião de enfermeiros durante as crises ou emergências;
  • implementação e monitoramento de protocolos clínicos e operacionais com agilidade;
  • avaliação rápida e precisa da condição dos pacientes;
  • acerto na tomada de decisões críticas em situações de alta pressão.

Todas essas qualidades são essenciais para o sucesso do trabalho da enfermagem nos setores de UTI.

Quais as características indispensáveis para a atuação e a permanência de um enfermeiro na UTI?

Os estudos e a atualização de conhecimento técnico são pontos-chave fundamentais para que o enfermeiro tenha sucesso em todas as suas abordagens. Por isso, algumas características são fundamentais para um enfermeiro que deseja trabalhar em uma UTI. Por exemplo:

  • facilidade de trabalhar em equipe;
  • conhecimento técnico e prático em questões da área;
  • desejo de desenvolvimento e aprimoramento contínuo de novas habilidades;
  • interesse de estar sempre estudando e se atualizando.

Existem graduações específicas para essa área, e as aulas são ministradas de maneira online ou presencial. Basta você escolher como deseja estudar para se formar ou se inscrever em um curso de aprimoramento profissional.

Quais são os casos de sucesso envolvendo enfermeiros atuando na gestão de crise de uma UTI?

A UTI de um hospital é um local destinado a pacientes em estado grave e que precisam de atendimentos intensivos. Gerir esse setor em dias considerados normais já é uma tarefa árdua, imagine em tempos de crise.

Separamos abaixo alguns casos de sucesso em épocas que exigiram atitudes extremas. Confira!

Gestão de uma pandemia

Durante a pandemia de covid-19, muitos profissionais se destacaram na gestão de UTIs que ficaram sobrecarregadas. Na maioria dos hospitais ao redor do mundo, enfermeiros lideraram a implementação de protocolos de controle de infecções, otimização de ventilação mecânica e manejo de pacientes críticos.

Em alguns casos, a adaptação rápida de unidades para atender a um grande fluxo de pacientes foi coordenada por enfermeiros, resultando em um aumento significativo na capacidade de atendimento e melhoria dos desfechos clínicos.

Sem manter contato com a família, os enfermos acabaram se tornando cada vez mais próximos dos profissionais que trabalhavam nesses setores. Dessa forma, o trabalho dos enfermeiros na UTI ficou ainda mais delicado e desafiador, pois se tornou necessário humanizar cada vez mais o atendimento nesses locais, onde a tecnologia é imprescindível para aumentar as chances de sobrevivência e cura.

Resposta a desastres naturais

Em regiões afetadas por desastres naturais, como terremotos, inundações e furacões, os enfermeiros de UTIs têm sido fundamentais na reorganização das unidades para responder ao aumento de emergências médicas.

Nos Estados Unidos, enfermeiros coordenaram a evacuação de pacientes, a montagem de UTIs improvisadas e a triagem de pessoas em estado crítico, garantindo que todos recebessem os cuidados necessários em um hospital que prestou atendimentos após o furacão Katrina.

Os enfermeiros foram responsáveis por treinar as suas equipes, monitorar a adesão aos protocolos e ajustar as intervenções conforme necessário. Isso demonstrou a importância da sua liderança na melhoria da qualidade e na humanização dos atendimentos.

Atuação em hospitais na Europa

Estudos de casos em hospitais europeus revelam que a implementação de um protocolo de gerenciamento de sepse liderado por enfermeiros resultou em uma redução significativa na mortalidade dos pacientes.

Por meio de sua expertise técnica, habilidades de comunicação e liderança e implementação rigorosa de protocolos, eles garantiram que os pacientes recebessem o melhor atendimento possível em uma situação crítica.

Agora você já sabe qual é o papel do enfermeiro e que eles são fundamentais na gestão de crises em UTIs. Esses profissionais desempenham uma função de extrema importância na manutenção da qualidade dos serviços de saúde e na eficiência dos cuidados médicos.

Gostou do nosso post? Assine a nossa newsletter e receba novas informações diárias relacionadas à saúde em sua caixa de entrada!