Enem: como reduzir a ansiedade durante a preparação

Ser uma pessoa ansiosa não é fácil, e disso o nosso redator pode falar com propriedade. As coisas melhoraram muito com os medicamentos e a terapia. Mas ele não tinha acesso a isso ou às dicas que você vai ler sobre como lidar com a ansiedade quando estava no pré-vestibular em 2015. 

Não à toa, esse foi um período em que ele sofreu com muita insônia, procrastinação e pensamentos ultra acelerados. A falta de atenção também era uma consequência que o atrapalhava na hora de acompanhar as aulas.

Depois de dar o caminho das pedras para sobreviver à época do cursinho em 2022, chegou o momento de ensinar também alguns mecanismos para reduzir a ansiedade na preparação para o Enem. Você sabe que pode confiar. Então, bora lá?

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Ansiedade: ela vem, mas ela passa 

Parece que o mundo virou uma caixa de sapato - e você está preso lá dentro. A sensação também pode ser descrita como estar perdido em uma praça de alimentação, onde há barulhos diversos e conversas paralelas, só que esse lugar é a sua cabeça. 

Bastante desagradável, nós sabemos. Mas, por mais que na hora pareça que é impossível escapar dessa situação, existe, sim, uma porta de saída. Ou, melhor, algumas. 

Anote as seguintes atitudes para se tomar quando você precisar enfrentar a ansiedade e deixe em um local visível. São elas:

1. Respirar com o diafragma;
2. Esperar de 10 a 15 minutos em um ambiente tranquilo e arejado;
3. Perceber e descrever o que está a sua volta;
4. Pedir ajuda;
5. Colocar a mão em um objeto frio ou quente para ter um choque de temperatura;
6. Contar de 0 a 100 de trás para frente;
7. Buscar uma lembrança boa na qual pensar por uns minutos;
8. Anotar seus pensamentos, buscando evidências que vão desmenti-los;
9. Praticar pelo menos 30 minutos de uma atividade que goste.

E por falar em fazer o que gosta, preste atenção ao próximo tópico, pois será fundamental para você não ficar com tanta ansiedade no segundo semestre.

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Sua rotina de estudos precisa ser saudável

Virar noites estudando, ler um incontável número de capítulos por dia e emendar uma lista de exercícios atrás da outra não é uma opção. Quer dizer, pode até ser, mas é uma péssima ideia. 

Seu corpo precisa de equilíbrio para absorver as informações que você está aprendendo, e o ócio tem um papel importante neste processo. Por exemplo, é enquanto você está descansando que o seu cérebro aciona o modo difuso e fica resolvendo em segundo plano aquele problema de matemática impossível.

É por isso que intercalar períodos de estudo focado com hobbies e lazer é indicado para aprender matérias de exatas. Se você está com mais dificuldade nesta área, saiba como dar um boost nos seus estudos aqui. 

Contudo, nem só de ócio criativo vive a mente humana. Você também precisa dormir bem para repor a energia que gasta desde o momento em que acorda. Até porque o cansaço é um prato cheio para os pensamentos intrusivos desencadeados pela ansiedade.

Em 24 horas ativo, o nosso cérebro consome o equivalente a meia hora correndo. Apesar de corresponder a meros 2% do nosso peso corporal, esse órgão requer 20% de todo o oxigênio e glicose que obtivemos durante o dia para funcionar .

A privação de sono pode causar perda de memória recente, elevação da pressão arterial e, consequentemente, o aumento dos riscos de infarto e de AVC. Portanto, deixar de dormir para estudar é dar um tiro no próprio pé. 

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Prepara-se: Veja como estudar Ciências Humanas para o Enem

De onde está vindo o gatilho para a ansiedade?

A ansiedade é uma emoção secundária que nasce da emoção primária do medo. As consequências são a culpa, a confusão e o estresse. Do que você tem medo em relação aos seus estudos?

Entender isso é o primeiro passo para poder identificar quais são os gatilhos para essa sua preocupação excessiva. Uma vez identificados, você vai poder evitá-los com mais facilidade e até encontrar formas de controlá-los.

Em geral, os estudantes costumam ter medo do fracasso, de ir mal na prova e não conseguirem uma vaga na graduação que tanto sonham cursar. Neste caso, um gatilho pode ser: mandar mal em um simulado. 

Antes que você já fique com ansiedade só de pensar: não, este não é mesmo um gatilho do qual dá para correr. Às vezes, acontece, e está tudo bem. 

Para lidar com esse tipo de pensamento, você vai voltar naquela primeira lista que colocamos aqui. No item oito, mais precisamente: buscar evidências. Não é porque você foi mal em um simulado que você não aprendeu nada. 

A evidência de que esse é um pensamento com correlação falsa é o fato de que você já acertou vários exercícios. Pronto. Agora, você já pode começar a pensar no que de fato pode ter atrapalhado seu desempenho durante o simulado.

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Saúde mental também tem a ver com alimentação e exercícios físicos 

Está tudo tão conectado quanto sua cabeça ao seu pescoço! Manter uma dieta restritiva não vai ser o ideal para esse momento, como não é em nenhum outro. O melhor mesmo é comer com consciência, entendendo as necessidades do seu corpo.

Existem alimentos que dão mais energia, sendo bons para antes dos estudos, e outros que demoram mais para serem digeridos. Ou seja, é melhor deixar as refeições pesadas para quando for descansar. Assim, seu corpo poderá focar somente na digestão. 

Ir a um nutricionista bem recomendado pode ser uma excelente escolha. Já adiantamos abaixo quais alimentos são ruins para quem tem ansiedade:

• Café e outras fontes de cafeína, como energéticos;
• Doces em geral;
• Bebidas alcóolicas;
• Cereais refinados, como arroz branco e macarrão branco;
• Carne vermelha e embutidos.

Um especialista saberá indicar se você pode ou o quanto pode consumir de cada um deles para ajustar sua rotina da melhor forma. Além disso, é bem capaz que ele indique a prática de exercícios físicos. 

Em suma, psicólogos e psiquiatras também receitam isso com frequência aos seus pacientes, pois sabem de seus benefícios à saúde mental. Ao equilibrar a produção de hormônios e aumentar a disposição física, reduz-se a ansiedade.

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