Diversidade no mercado de trabalho: principais desafios
As empresas que prezam pela diversidade nos seus colaboradores apresentam mais chance de soluções inovadoras. Leia nosso texto e entenda melhor sobre a diversidade no mercado de trabalho!
A diversidade social é uma realidade no mundo. Embora seja algo muito característico, existe uma série de preconceitos e discriminações que refletem a intolerância que ainda vivemos. E como é vista a diversidade no mercado de trabalho?
Cada dia mais as empresas adotam políticas internas a fim de garantir um ambiente mais diverso. Porém, a dificuldade não é apenas na composição da equipe, mas, principalmente, em garantir um ambiente que abrace as diferenças.
Nessa perspectiva, estamos lidando com aspectos que incluem infraestrutura, liderança, condições de trabalho, dentre outros. Continue a leitura e entenda melhor sobre essa tendência no mercado de trabalho!
Saiba como é a diversidade no mercado de trabalho
A palavra diversidade traduz o mundo em que vivemos: diferentes sexos, gêneros, idades, raças, orientações e condições. Porém, associada à diferença, vemos ainda bastante intolerância, que deve ser combatida diariamente nos diferentes contextos.
Um deles é justamente no mercado de trabalho e, embora seja uma maneira de praticar a ética, também representa um importante papel social das empresas. Por esse motivo, as instituições não devem fechar os olhos para as diferenças e abraçá-las de braços abertos.
Vale ressaltar que essas medidas precisam garantir, de fato, a inclusão dos colaboradores. Para isso, o olhar deve ser desviado do marketing em cima das contratações e focar num ambiente de trabalho acolhedor e que todos atuem em prol de bons resultados.
Veja quais os principais desafios no dia a dia
Vimos, acima, alguns aspectos que as diferenças entre as pessoas podem influenciar de maneira positiva ou negativa no seu tratamento diário. Veja, abaixo, alguns grupos que encontram dificuldades diárias no mercado e na vida.
Mulheres
Diariamente, as mulheres enfrentam uma série de manifestações machistas e misóginas na sociedade. No mercado de trabalho, podemos destacar 3 fatores que prejudicam a inclusão:
- desigualdade salarial;
- jornada tripla de trabalho;
- assédios morais e físicos.
Em muitas instituições, colaboradoras e lideranças femininas recebem salário inferior quando comparado ao dos homens que ocupam o mesmo cargo. Além disso, a tripla jornada retrata que as mulheres dedicam o dobro do tempo que os homens para cuidado com filhos e afazeres domésticos.
Pessoas com deficiência
Já as pessoas com deficiência (PCD) encontram dificuldades diárias, sobretudo relacionadas à infraestrutura e comunicação. Desde 1991, as leis trabalhistas buscam maior inclusão no mercado, com cotas que destinam de 2 a 5% das vagas para PCD.
Porém, além da dificuldade para fiscalizar o cumprimento dessa quantidade, existe um problema com a qualidade das vagas. Nem sempre são funções ou papéis relevantes como as demais. Complementando, é preciso fazer adaptações, físicas ou não, para que a inclusão seja completa.
População LGBTQIA+
Agora, vamos falar de uma população cujo preconceito não só guia atos de intolerância, mas também violência: os LGBQIA+. Restringindo o olhar ao mercado de trabalho, cerca de 67,3% das pessoas informaram que sofreram preconceito ainda no processo seletivo.
Esse número permanece elevado quando 95% queixam-se de preconceito velado nas instituições. Apesar de existir uma série de campanhas que combatem esse tipo de intolerância, existe um grande debate acerca da real finalidade: afinal, seria apenas marketing?
Idosos
O aumento da expectativa gera a um consequente aumento da população idosa no país. Embora seja um excelente indicador em saúde, é preciso que a sociedade se prepare para essa mudança demográfica, o que inclui maior adesão por parte do mercado de trabalho.
Em 2012, apenas 5,9% da população idosa era ativa. Já em 2018, esse valor subiu para 7,2%. Vale ressaltar que quase metade dessa população ativa atua de maneira autônoma, o que sugere a necessidade de maior inclusão por parte de instituições.
Negros
Por fim, não podemos deixar de ressaltar sobre a discriminação racial, principalmente com negros. Sabemos que essa realidade é totalmente atrelada à história do país e que requer políticas de inclusão em diferentes cenários.
Em relação ao mercado de trabalho, é fundamental uma maior oferta de vagas e a realização de projetos específicos, seja para entrada, seja para plano de carreira. E o números não mentem: cerca de 20% de estudantes negros não se sentem prontos para conseguir uma vaga. Por isso, é muito importante o papel dos líderes no combate ao racismo no mercado de trabalho.
Conheça algumas empresas que prezam pela diversidade
Vimos que mais importante do que oferecer vagas, é organizar políticas que realmente garantam a inclusão e combatam a discriminação naquele grupo. Veja, abaixo, quais empresas prezam por ambos os aspectos, contribuindo para a diversidade no mercado de trabalho!
Natura
A Natura é uma empresa que se destaca nas políticas de inclusão para mulheres e pessoas com deficiência. Os números retratam isso: cerca de 62% dos funcionários são mulheres, sendo que 56% da liderança é composta por figuras femininas.
Além disso, a empresa conta com berçário para abrigar as crianças de até 3 anos. Outro ponto relevante é que 1 a cada 5 colaboradores são PCD e que a empresa oferece um treinamento em libras para reforçar a inclusão e a comunicação.
Mastercard
Já Mastercard é uma empresa que preza pela diversidade no seu grupo de colaboradores. O diretor geral de recursos humanos defende que uma mesma cultura acaba gerando os mesmos resultados, sem grandes destaques.
A partir do momento que investe na diferença, surgem novas ideias e pensamentos que podem levar à tona soluções inovadoras. Vale ressaltar que os investimentos da empresa não se restringem apenas aos contratados, mas também aos familiares, como ocorre com PCD.
PepsiCo
A PepsiCo também investe em políticas internas para potencializar a inclusão das pessoas contratadas. Na empresa, existe uma meta que até 2025, 30% dos líderes sejam negros. Para alcançar esse objetivo, a empresa fornece mentorias semestrais para desenvolvimento de habilidades.
Além deste com a população negra, existe um programa chamado Seja Você. Nele, existe um espaço aberto para diálogo, de modo que os colaboradores podem se expressar sem medo de sofrer discriminação.
A grande lição que levamos é que a diversidade no mercado de trabalho deve envolver oportunidades e políticas específicas nas empresas. Isso requer uma mobilização para combater o preconceito, principalmente no ambiente interno. Porém, ao envolver o público externo no debate, é possível difundir esse conceito e, cada vez mais, ver um maior número de empresas envolvidas nessa e em outras tendências no mercado de trabalho, como o trabalho remoto.
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