Estágio e carreira

Como a comunicação consciente e intencional pode transformar sua carreira

Ao desenvolver os pilares da comunicação consciente, você vai se tornar um profissional muito mais influente e respeitado. Comece hoje mesmo!

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"A comunicação não é o que você diz, mas o que o outro entende”. Essa afirmação do filósofo e psicólogo austríaco Paul Watzlawick pode parecer injusta à primeira vista, pois, em muitos ambientes de trabalho, as pessoas são ignoradas mesmo quando têm articulação para se expressar. Mas, se você sente que realmente precisa melhorar suas soft skills na hora de conversar, vai adorar conhecer os pilares da comunicação consciente e intencional.  

Ela é a base das relações profissionais, sendo um diferencial estratégico para além das técnicas de oratória ou do domínio de outros idiomas. Saber se comunicar é uma habilidade chave para construir relações sólidas, evitando conflitos e criando um networking baseado em empatia, que favorece muito o crescimento da carreira.

Ao desenvolver os pilares da comunicação consciente – autoconhecimento, escuta ativa e linguagem não verbal alinhada, você vai se tornar um profissional muito mais influente e respeitado. Que tal começar hoje? Veja a seguir como alcançar o seu potencial máximo.  

O que é comunicação consciente e intencional?

A comunicação consciente é o processo de estar plenamente presente e atento ao ato de se comunicar. Ou seja, estar presente e no domínio da fala e, principalmente, da sua escuta. Só responde com segurança quem processa a pergunta recebida e não apenas expele palavras por impulso.  

Essa habilidade exige alinhamento entre pensamentos, emoções e expressões, por meio do qual é possível criar interações mais autênticas e eficazes. Tais interações sobressaem à fala, incluindo gestos, postura e expressões faciais coerentes com a mensagem verbal, o que reforça a veracidade do que está sendo dito.

Por fim, a comunicação consciente também prioriza a compreensão do outro, validando suas necessidades e perspectivas. Dessa forma, diálogos são transformados em espaços de conexão genuína e respeito mútuo.

Melhor do que isso? Basta apenas adicionar intenção ao que está sendo comunicado.  Enquanto a consciência foca no processo interno e na presença (como), a comunicação intencional trata do objetivo de cada conversa (porquê).

Assim, a intencionalidade busca resultados específicos, como convencer ou resolver conflitos, adaptando linguagem e tom ao contexto. Ao dominar essa habilidade, você será capaz de planejar o impacto de suas mensagens, usando perguntas estratégicas e evitando ruídos na transmissão.  

Comece pelo autoconhecimento

Trata-se de um processo que envolve reconhecer emoções, vieses e reações internas antes de se expressar, evitando respostas reativas. Mas, para se autoconhecer, é preciso necessariamente refletir sobre seus pensamentos e sentimentos, usando a introspecção em momentos de solitude.  

O autoconhecimento é a base da comunicação consciente, pois a falta de entendimento sobre as próprias necessidades e limitações pode distorcer o que você deseja expressar. Talvez você até saiba o que quer dizer, mas se errar a forma, sua mensagem pode ser transmitida da maneira errada, causando até mesmo a interpretação contrária ao esperado.

Quando há clareza interna, a comunicação se torna mais assertiva, aumentando sua credibilidade profissional e fortalecendo relações. Várias técnicas ensinadas por psicólogos durante sessões de terapia ajudam a desenvolver autoconsciência, identificando possíveis bloqueios que dificultam a fala e a escuta.

No momento em que você aprender a gerenciar suas emoções, suas palavras ganharão coerência e força, tornando seus diálogos mais eficazes. No ambiente profissional, essa maturidade emocional se traduz em discursos convincentes e tomadas de decisão mais seguras.

Além de buscar ajuda profissional, práticas como meditação e journaling, escrevendo todas as noites sobre o que passou no dia, também aprimoram a autopercepção quanto aos nossos padrões de comunicação. Experimente uma dessas abordagens e você logo verá os muros em suas interações se transformando em pontes.

Pratique a escuta ativa

A regra é clara: quem não escuta o outro, não sabe o que diz. Em reuniões, negociações e feedbacks, ouvir com atenção é mais poderoso do que falar, pois permite entender as necessidades reais do seu interlocutor e responder com precisão.

Em contrapartida, quando você pratica a escuta genuína, além de conseguir elaborar uma resposta mais alinhada ao diálogo proposto, você também demonstra respeito e interesse. No fim do dia, isso acaba fortalecendo a confiança e estimulando a colaboração em qualquer equipe.  

Algumas estratégias que auxiliam a prática da escuta ativa são: manter contato visual, resumir o que escutou mentalmente e evitar interrupções, transformam diálogos em conexões significativas. Essa abordagem não apenas resolve discórdias com mais eficiência, como também amplia seu campo de negociação ao mostrar que você valoriza as opiniões alheias.

Quem escuta bem colhe insights valiosos para construir networking. Afinal, escutar ativamente também é captar emoções e intenções, criando um ambiente onde todos se sentem compreendidos e antevendo situações que possam ser prejudiciais para você no futuro.

Outras técnicas, como fazer perguntas abertas e validar sentimentos alheios reforçam sua capacidade de ser um líder verdadeiramente empático. Ao priorizar a escuta, você não apenas melhora processos, mas também inspira uma cultura de respeito e alto desempenho, sendo capaz de mudar paradigmas institucionais retrógrados.

Controle sua linguagem não-verbal

Você provavelmente já viu um meme com a frase “Não vou dizer nada” e a foto de uma pessoa com uma expressão “julgadora”. A linguagem não verbal é exatamente sobre isso, e ela fala mais alto do que as palavras, podendo definir os rumos de uma carreira. Por esse motivo, é essencial saber controlar suas expressões e gestos no ambiente de trabalho.

Postura ereta, braços descruzados e expressões alinhadas à fala transmitem segurança, enquanto ombros curvados ou falta de contato visual podem minar sua credibilidade. Para aprofundar esse tema, o clássico livro "O Corpo Fala" revela como dominar essa comunicação silenciosa.

Sua presença de espírito durante uma entrevista pode pesar tanto quanto o seu currículo, sendo o diferencial entre a conquista de uma vaga ou a rejeição pela empresa. Não é à toa que grandes líderes usam a linguagem corporal a seu favor – e você também pode.

De acordo com especialistas, a primeira impressão é formada por: 55% aparência, postura e comportamento; 38% modo de falar; e 7% conteúdo. Dá para acreditar? Isso é uma prova de que treinar a comunicação consciente e intencional para alcançar suas metas é realmente sua ferramenta profissional mais poderosa – embora seja muitas vezes subestimada.

Gostou deste conteúdo? Encontre outras dicas essenciais para construir uma jornada profissional de sucesso em nosso blog. A seção Estágio e carreira é dedicada especialmente para esse propósito.

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