Como o Metaverso pode afetar o ensino superior
De repente, ninguém toca mais no assunto. Se você está com a impressão de que o Metaverso foi só uma modinha, está na hora de ler nosso artigo!
O Metaverso é um termo que veio à tona com força em meados de 2022, como uma inovação que viria – e realmente veio – para ficar e transformar o nosso modelo de vida atual. No entanto, na Era Digital 4.0, os debates on-line costumam ser muito etéreos, oscilando de acordo com o mercado.
Assim, em janeiro de 2023, o surgimento do ChatGPT praticamente soterrou o assunto Metaverso, roubando para si os holofotes de diversas áreas. Além das empresas de tecnologia, empresas do setor de comunicação e de produção intelectual também precisaram atentar-se para esta tendência.
Afinal, quanto mais sofisticada uma inteligência artificial se torna, mais postos de trabalho ela consegue substituir, por meio da automatização. E, em um cenário de recessão econômica, com várias ondas de layoff e demissão em massa acontecendo, qualquer novo potencial abalo ganha proporções preocupantes.
Mas, por que estamos falando sobre isso, se este artigo deveria ser sobre Metaverso? É por isso que não tenho ouvido mais ninguém falar sobre? Posso parar por aqui, por que o ChatGPT é mais relevante?
Não! Até agora, nós só trouxemos uma contextualização, para mostrar que as trocas de assunto e o frisson sobre os setores de inovação podem ser, sim, muito voláteis. Isso não muda o fato de que a tecnologia que deixou de correr à boca miúda continua existindo, causando mudanças, muitas vezes, irreversíveis.
Sistemas de Informação já têm sido utilizados, por exemplo, para analisar o impacto dos ambientes imersivos de realidade virtual na educação. Felizmente, as projeções são de que há muitos benefícios no que tange ao aperfeiçoamento e à personalização do ensino, de acordo com as necessidades de cada aluno.
A seguir, você vai conhecer algumas funcionalidades do Metaverso no ensino superior. Pronto?
1. Campus virtuais no Metaverso
É mais ou menos como um videogame de RPG, no qual o seu avatar pode explorar um mundo fictício inteiro. Só que, neste caso, o ambiente virtual será uma réplica do que existe de verdade, onde estudantes de qualquer país podem coexistir.
Tá duvidando que isso é possível? Pois uma universidade do México já fez acontecer. Apesar de ter um gráfico ainda bastante rudimentar, em comparação aos que têm sido desenvolvidos para jogos de PS4, por exemplo, o campus da Tec de Monterrey no Metaverso existe e está disponível desde 2022.
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2. Simuladores de alta fidelidade
Muito comuns em cursos como Medicina, Engenharia Aeronáutica e Engenharia Civil, os simuladores de alta fidelidade elevaram a preparação profissional a um novo nível. Nada mais seguro do que testar suas habilidades sem colocar a vida de ninguém em risco, concorda?
No ambiente virtual, o estudante pode praticar à exaustão as melhores formas de intervir cirurgicamente em um paciente, por exemplo. Durante o procedimento ele recebe atualizações instantâneas sobre o quadro do modelo e o resultado da cirurgia.
Nas outras duas graduação que mencionamos, um erro pode ter uma consequência ainda mais desastrosa. Assim, a possibilidade de testar seus cálculos de projeto, construindo aeronaves e/ou prédios no Metaverso é simplesmente incrível. Sem falar dos cursos para piloto também, que contam com a imersão em várias situações de desastre, entre outros contextos.
3. Passeios virtuais ao redor da Terra (ou pelo espaço afora)
Imagine, como estudante de Biologia, poder ir de graça às profundezas do oceano ou a um ecossistema longínquo, que, no mundo real, demandaria muito dinheiro para uma simples viagem de exploração. Ou, então, como futuro historiador, ter a chance de visitar os principais monumentos da humanidade, sem gastar nada além da própria mensalidade da sua faculdade.
Tudo isso é possível no Metaverso. Inclusive, não apenas se deslocar virtualmente para lugares distantes somente na Terra, mas em outros planetas e galáxias também, caso já tenham sido descobertos, mapeados e transformados em gráficos digitais. Estamos falando de uma educação muito mais aprofundada e sensorial.
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4.Aprendizagem em movimento ou “on the go”
Além da utilidade que citamos no item 3, de permitir o deslocamento dos estudantes a qualquer lugar, o Metaverso também pode promover uma nova forma de mensurar a aprendizagem. Por exemplo, em uma visita às Pirâmides do Egito, o professor pode fazer a inserção de atividades em tempo real, com perguntas e respostas, ou de conteúdos complementares, encerrando com um valioso quiz para a memorização da matéria.
Isso é o que está sendo chamado de “aprendizagem em movimento”. O aluno não precisa mais estar em casa, com a cara enfiada nas apostilas, para compreender um conteúdo e, depois, testá-lo com uma lista de exercícios como base da avaliação semestral.
Com o Metaverso, há a possibilidade de manter tudo conectado a partir de uma demonstração concreta de como determinado conhecimento está inserido na vida real. Ou seja, a tecnologia tem potencial para sanar a grande dificuldade que muitas pessoas têm de enxergar a utilidade do que estão estudando, o que acaba por “matar” seu interesse pela disciplina.
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