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Analista de diversidade: conheça a profissão

Entenda mais sobre a profissão de analista de diversidade e inclusão, seus principais desafios e áreas de atuação dentro da cultura organizacional de uma empresa.

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Por contarem com menos oportunidades de estudo ou precisarem lidar com uma grande gama de preconceitos, é grande a lista de minorias que enfrenta dificuldades na hora de se colocar no mercado de trabalho.

Por esta razão, nos últimos anos e graças às transformações sociais, inúmeros dispositivos e cargos têm sido criados para melhorar a paridade entre homens e mulheres, pessoas de todas as etnias e orientações sexuais e de gênero. Um destes cargos é o de analista de diversidade e de inclusão.

Neste post, você vai entender como as transformações na sociedade fizeram possível o cargo de analista de diversidade, além de entender o que este profissional faz na prática, quais são seus desafios e formações. Vamos lá?

Como as mudanças da sociedade afetam o mercado de trabalho?

Para muitas pessoas, o estereótipo de uma sala de reuniões traz à mente a imagem de homens brancos, denunciando um forte machismo e racismo estrutural na sociedade. Embora isso não seja verdade o tempo inteiro, até pouco tempo, este cenário era a realidade na maior parte dos escritórios.

Atualmente, diversas mudanças sociais possibilitaram uma revolução neste quesito, embora ainda exista um longo caminho a ser percorrido. Você sabe quais mudanças foram essas?

Como elementos essenciais, é possível citar o fortalecimento de movimentos sociais, como o feminismo e a luta antirracista, mas também a presença de temáticas sociais no debate público e penalização por delitos de ódio e crimes virtuais previstos pela lei.

Com movimentos liderados por minorias ganhando mais voz, foi possível que mais casos de violência e discriminação viessem à tona, obrigando uma grande parcela da sociedade a refletir sobre suas ações. É o caso da violência sexual contra mulheres, LGBTfobia contra pessoas da comunidade LGBTQIAP+ e racismo contra a população negra.

Embora houve avanços, como casos de líderes no combate ao racismo, LGBTfobia e machismo, ainda há esferas conservadoras quando o assunto é minorias, como é o caso do mercado de trabalho. É aí que entra a figura do analista de diversidade. Ficou curioso sobre o que este profissional faz? Siga a leitura e entenda mais sobre o cotidiano deste tipo de analista.

O que faz um analista de diversidade?

Assim como uma quantidade crescente de pessoas, você compreendeu como a diversidade no mercado de trabalho é um dos grandes desafios do cenário atual e que existe um profissional dedicado a esta área.

O analista de diversidade e inclusão é um profissional que trabalha nos setores de recursos humanos de marcas e empresas, com a responsabilidade de tratar dados dos colaboradores e compreender hegemonias e ausências no quadro de funcionários.

O analista pode perceber, por exemplo, que em uma grande contratação feita pela empresa, 75% dos contratados eram homens. E que destes 75%, apenas 5% eram homens negros.

Embora tais dados possam passar desapercebidos para funcionários do RH, o analista de diversidade tem um olhar atento aos dados, e pode apontar estas disparidades, auxiliando profissionais a serem aliados da causa LGBTQIAP+, antirracista etc.

Contudo, o apontamento destes dados não é a única atribuição deste profissional! O analista também é responsável por levar esses dados para CEOs, diretores e outros membros, além de propor ações de conscientização e políticas para alterar a situação.

Principais desafios desta carreira

Como você viu, o trabalho do analista de diversidade é fundamental na sociedade atual. Embora muitos cidadãos entendam a importância da diversidade e combatam preconceitos na esfera pessoal, esforços de profissionais que tenham impacto direto no mercado são ações fundamentais para a equidade.

Mas são inúmeros os desafios pelos quais este profissional passa. A seguir, continue a leitura deste post e confira quais são as maiores adversidades do analista!

Conquistar mais oportunidades profissionais

Mesmo sabendo da importância da diversidade, muitas empresas veem a contratação de um profissional específico para esta função como um gasto, e não como investimento.

Assim, abrir as portas do mercado de trabalho para a própria profissão é um dos primeiros desafios pelos quais os analistas precisam passar. Para fazer isto, é preciso ressignificar o sentido de diversidade.

É preciso fazer com que as empresas compreendam que, para além dos benefícios sociais e geracionais de promover mais equidade nos cargos de gestão de empresas, a diversidade é valiosa para promover pontos de vista distintos, transformando a empresa em um negócio mais criativo e arrojado.

Desenvolver formas de conscientização

Por se tratar de uma área em construção e que se relaciona fortemente com as ambições da geração Z, que entra agora no mercado, muitas métricas e ferramentas utilizadas pelos analistas de diversidade e inclusão ainda precisam ser pensadas.

Embora a principal ferramenta de trabalho deste profissional sejam os dados e as técnicas de análise e tratamento de dados, o contato com a subjetividade e individualidade dos colaboradores, gestores e clientes não pode ser subestimada.

Por isso, desenvolver abordagens e técnicas para conduzir reuniões em processos seletivos ou dinâmicas de grupo que incluam gestores e saber traduzir os dados brutos em comunicações didáticas são fundamentais para o crescimento da profissão.

Transformar a cultura organizacional

Por mais que criar, propor e colocar em prática novas ações que promovam a diversidade não seja uma tarefa simples, há um desafio ainda maior para este profissional: mudar estruturas já consolidadas.

Quando a cultura organizacional de uma empresa já está fixada, seja por estruturas muito rígidas ou por ser uma cultura já antiga, o analista pode enfrentar muita resistência.

Isso pode refletir desde estruturas maiores, como encontrar resistências na demonstração de que o mercado de trabalho para mulheres é desafiador por conta do preconceito, até culturas mais sutis, como "piadas" e discursos machistas que, muitas vezes, são feitos de forma velada.

Qual a formação e as habilidades necessárias para este profissional?

E aí, você se interessou por esta profissão? Embora o mercado de trabalho da área seja recente e repleto de desafios, a tendência é que este profissional se torne cada vez mais um ativo valioso em todas as organizações.

Como não existe uma graduação específica e obrigatória para se tornar um analista de diversidade, graduações e formações que envolvam gestão de pessoas e ciências sociais e psicológicas são as mais indicadas. Elas incluem:

  • Psicologia;
  • Ciências Sociais;
  • Administração;
  • Recursos Humanos;
  • Serviço Social.

Além da graduação e de cursos extracurriculares, algumas soft skills são essenciais, como a inteligência emocional, empatia, pensamento lógico e analítico, além de flexibilidade para lidar com imprevistos e novos desafios que surgem no cotidiano.

Gostou de conhecer sobre essa nova profissão?

Neste post, você ficou por dentro da profissão do analista de diversidade, que é responsável pela análise da diversidade em grupos profissionais, além da elaboração de campanhas, políticas e outras maneiras de combater preconceitos e discriminações.

Você também descobriu quais são os principais desafios enfrentados por este profissional e quais são as habilidades e formações necessárias para se tornar um profissional competente.

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