Estágio e carreira

Acessibilidade: aprenda a ser um profissional inclusivo

Se você quer ser um profissional inclusivo e, assim, melhorar a vida de várias pessoas ao oferecer acessibilidade, leia o nosso artigo!

9
minutos de leitura

Segundo dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, existem mais de 17 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência em nosso país. A pesquisa também serviu para expor que há grande desigualdade no nível de escolaridade e de empregabilidade nesta parcela da população. Se você quer fazer a sua parte em tornar a vida dessas pessoas melhor, sendo um profissional inclusivo ao oferecer acessibilidade, continue lendo este artigo até o fim.

Entenda os diferentes tipos de necessidades especiais

Em primeiro lugar, para ser possível prestar um atendimento inclusivo, é essencial conhecer todos os diferentes tipos de deficiência e suas respectivas necessidades particulares. Já vale adiantar também que, apesar de precisarem de um atendimento diferenciado, estas pessoas têm vontades próprias que devem ser levadas em consideração como as de qualquer outro paciente ou cliente.

Abaixo, explicamos algumas formas de prestar assistência em seu ambiente de trabalho de acordo com alguns casos específicos. Veja só:

Pessoas com deficiência visual e cegas

  • Faça com que ela perceba a sua presença e identifique-se.
  • Ofereça o braço ou o ombro para que se apoie;
  • Alerte sobre possíveis obstáculos;
  • Comunique-se com o tom de voz normal;
  • Nunca brinque com o cão-guia.

Pessoas com deficiência auditiva e surdas

  • Chame a atenção dela, por meio de sinalização com as mãos;
  • Não toque na pessoa sem consentimento.

Pessoas com paralisia cerebral

  • Deixe que ela determine o ritmo da caminhada e/ou conversa;
  • Não suponha que a compreendeu e pergunte caso tenha dúvidas.
  • Trate-a de acordo com sua idade.

Pessoas com deficiência física

  • Ofereça ajuda e pergunte como deve prosseguir;
  • Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa;
  • Abaixe-se para falar, caso seja um cadeirante, para que seus olhos fiquem no mesmo nível.
  • Peça permissão para movimentar a cadeira de rodas.

Trabalhe junto com os familiares

Muitas condições especiais farão com que o seu paciente ou cliente esteja sempre acompanhado por algum familiar. Nesses casos, a construção de um bom relacionamento com o ente mais próximo será muito importante para que dúvidas sejam sanadas e a pessoa receba a devida atenção individualizada.

Nesse sentido, preocupe-se em ser um profissional que dá voz a pacientes e seus acompanhantes e pratica uma escuta ativa. Somente assim você conseguirá orientá-los dentro das necessidades e possibilidades que têm em mãos. Afinal, você não tem bola de cristal, não é mesmo?

Além disso, haverá situações em que este laço precisará existir por forças ainda maiores. Por exemplo, caso a qualidade ou resultado do serviço prestado dependa de cuidados caseiros, como na Odontologia e na Nutrição, você deverá educar o familiar do seu paciente quanto às exigências do tratamento dele.

Invista em pesquisas de satisfação

Como empreendedor é do seu interesse preocupar-se em receber feedbacks sobre a acessibilidade da sua empresa ou do seu site on-line. Já caso você opte por ser funcionário, seja por CLT ou por PJ, será sua obrigação como cidadão inclusivo propor o uso de pesquisa de satisfação com este enfoque aos seus líderes.

Por meio dessas pesquisas é possível conhecer os pontos de melhoria do produto oferecido, a usabilidade das plataformas para adquiri-lo, assim como o conjunto da obra que envolve todas as interações entre uma empresa ou clínica e o seu público. E, na prática, existem várias opções gratuitas de formulários digitais para colher esses dados.

Capacite a sua equipe e contrate PCDs

Não adianta oferecer uma superestrutura adaptada para a locomoção e acesso de pessoas com deficiência sem que esta venha acompanhada de um tratamento respeitoso e de equidade. Portanto, realizar processos seletivos voltados a pessoas com deficiência a fim de trazer a inclusão para dentro do seu negócio e capacitar os demais colaboradores é essencial.

Um exemplo é oferecer um curso básico de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para os funcionários. Outro é ter um intérprete para os dias em que um paciente ou cliente físico do estabelecimento tiver um horário marcado.

Entretanto, capacitar em soft skills é tão importante quanto em hard skills. Isto é, ensinar empatia dos funcionários a fim de erradicar atitudes que subestimem tais pessoas não pode ser uma preocupação secundária em relação ao ensino técnico de conhecimentos especializados. Ambos precisam estar em dia para um atendimento inclusivo de verdade.

Para tanto, colha também feedback dos seus colaboradores. Assim, você saberá o que eles ainda precisam aprender para prestar o melhor atendimento. Isso, claro, protegendo o anonimato de quem respondeu à pesquisa com mais ou menos dúvidas.

Adapte a sua linguagem

Ser um profissional inclusive que preza pela acessibilidade é ser uma pessoa consciente das palavras que utiliza. Isso porque muitas expressões que ainda existem hoje reforçam estereótipos e preconceitos arraigados em nossa sociedade. Portanto, manter-se atualizado e escolher a gentileza no momento de atender a pacientes e clientes, pedindo sempre desculpas quando falhar, fará parte da sua rotina para cumprir esta importante missão.

Atente-se às normas de segurança

Uma ambiente devidamente acessível deve contar com barras antipânico e sistemas de segurança que levem em consideração pessoas com deficiência, entre outras recomendações da NBR 9050. Por exemplo, você sabia que os alarmes para pessoas surdas é luminoso, visto que o barulho não será percebido por elas? Há muitas questões semelhantes a esta a serem consideradas, pois emergências acontecem e ninguém pode ser deixado para trás.

Criando experiências positivas

Hoje, o ramo da experiência do usuário, também conhecido pelo termo UX, está em alta, pois diferenciar-se nunca foi tão precioso para ser relevante no mercado. A facilidade de acesso a produtos e serviços do mundo globalizado a partir de 2010 já não era a mesma dos anos 2000 e a tendência é de que continue assim.

Porém, mais oportunidades também significa mais concorrência. Portanto, uma única experiência ruim talvez corresponda à perda irreversível de um paciente/cliente. Além disso, experiências positivas ultrapassam a facilidade, entrando também no campo do vínculo emocional que pode surgir com uma determinada marca, instituição ou profissional a partir do momento que a pessoa se sente ouvida e representada.

Então, faça a coisa certa e diversifique o seu público por meio da acessibilidade. Seja um aluno da Afya para encontrar o seu lugar no mercado ainda na graduação.

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