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Surto de dengue: cuidado com os riscos da automedicação

Nosso país está vivendo um surto de dengue. Informe-se sobre o panorama da doença, as medidas para prevenir a contaminação e os principais riscos da automedicação em caso de dengue.

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Com a explosão de casos de dengue que vem acontecendo em nosso país, muitas pessoas estão recorrendo à internet em busca de orientações sobre medicamentos. Outros pacientes buscam por informações com outras pessoas para o tratamento da doença. No entanto, vale a pena lembrar que a dengue é uma doença sazonal – mais comum no verão – perigosa e pode causar óbito, devendo ser levada muito a sério.

O surto de dengue é algo alarmante e preocupante. Já existem maneiras de diminuir as dores causadas pela doença. Contudo, para que ela seja diagnosticada e tratada de maneira correta, é preciso procurar ajuda médica. Há profissionais altamente qualificados para lidar com esse assunto.

Deseja saber mais sobre a dengue? Continue a sua leitura!

Qual é o panorama da dengue no país?

O Brasil já registrou cerca de 300 mortes por dengue e mais de 1.250.000 casos prováveis da doença no ano de 2024. Esses são os dados que foram divulgados no Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde.

No país, também foram registrados 765 óbitos sob investigação, ou seja, está sendo apurado se estão relacionados ao vírus. É importante destacar que esses números podem flutuar ao longo dos dias, conforme as análises forem sendo conduzidas.

Segundo a pasta das pessoas possivelmente infectadas, a porcentagem é de cerca de 55,5% para as pacientes mulheres e 44,5% para os homens.

O estado de São Paulo decretou emergência na área de saúde pública devido à dengue, e cerca de outros 201 municípios espalhados pelo Brasil também foram categorizados na mesma situação.

Quais são os principais riscos da automedicação em caso de suspeita ou confirmação de dengue?

Em caso de suspeita ou de confirmação que o caso é de dengue, alguns medicamentos devem ser evitados. Isso porque eles podem piorar a atividade das plaquetas e desencadear possíveis hemorragias.

Muitos pacientes sentem bastante dor, mas algumas medicações não devem ser ingeridas para amenizá-la.

Quais medicamentos devem ser evitados nos casos de dengue?

Várias pessoas nem imaginam quais são os medicamentos que podem piorar esse problema de saúde. Inclusive, o uso de alguns é comum no dia a dia. Entre eles, podemos citar:

  • ácido acetilsalicílico;
  • ibuprofeno;
  • nimesulida;
  • diclofenaco;
  • corticoides.

Todos esses remédios não devem ser usados em hipótese alguma quando houver suspeita de dengue, pois aumentam o risco de sangramento e diminuem a nossa capacidade de coagular o sangue. Destaca-se que uma das principais causas do agravamento da condição de saúde é a dengue hemorrágica.

As plaquetas desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea. Nos casos de dengue, há uma diminuição no número de plaquetas nas pessoas afetadas. Os medicamentos contraindicados durante a dengue têm o efeito de reduzir a capacidade das plaquetas de se agregarem, aumentando, assim, o risco de hemorragia.

Como evitar complicações e agravamento dos sintomas?

Caso a pessoa imagine que possa estar com dengue, o ideal é que ela procure por ajuda em um posto de saúde, hospital ou vá a um médico particular que seja de sua confiança. Os profissionais da saúde são os mais indicados para que seja realizado o tratamento correto da doença.

Além disso, eles conseguem identificar casos em que podem surgir complicações. Também é importante que as pessoas fiquem atentas aos sinais de alerta, tais como:

  • dor atrás dos olhos;
  • manchas vermelhas na pele;
  • vômitos;
  • dor abdominal intensa;
  • hemorragias;
  • desmaios;
  • pressão baixa;
  • sonolência e irritabilidade.

Outros sintomas também podem chamar a atenção. Ao notar sinais extremos, a pessoa precisa procurar imediatamente ajuda médica. Em casos mais graves, pode ser feita a internação do paciente, e ele receberá todo o tratamento necessário.

Ainda não existe uma medicação específica para a dengue. Por essa razão, o tratamento é apenas sintomático. Uma das indicações mais comuns é que o indivíduo se mantenha hidratado, para evitar a piora da sua condição de saúde.

Em casos mais leves, a hidratação pode ser feita por via oral. Já nos casos mais severos, a pessoa pode ser internada para a hidratação endovenosa.

Quais são as medidas que podem ser adotadas para prevenir a contaminação e a proliferação da dengue?

A forma mais eficaz e simples de controlar o surto de dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue. Para isso é necessário eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir como potencial criadouro para as larvas, que se desenvolvem e se tornam mosquitos transmissores.

Verifique em seu terreno se existem itens como:

  • vasos de plantas com água parada nos reservatórios;
  • baldes que estejam cheios de água;
  • pneus com água;
  • garrafas plásticas que possuam entrada para a água;
  • piscinas sem uso e sem o cloro;
  • quaisquer recipientes ao ar livre, que possam acumular água da chuva.

Outra dica é usar roupas que deixem o corpo menos exposto no período do dia, em que os mosquitos são mais ativos.

Ainda, use repelentes e inseticidas que são próprios para mosquitos e insetos desse tipo. Porém, não deixe de seguir as instruções do rótulo.

Aqueles que gostam de dormir durante o dia podem usar mosquiteiros. Eles proporcionam boa proteção tanto para os bebês quanto para as pessoas que estão acamadas.

Existe uma vacina contra a dengue?

Atualmente, já existe uma vacina contra a dengue que está registrada na Anvisa. Ela está disponível pela rede pública de saúde, ou seja, pelo SUS. O fornecimento está sendo feito por prioridade, diante da limitação de doses oferecida pelo fabricante.

No DF, por exemplo, as crianças que estão na faixa etária entre 10 e 11 anos de idade, que não tenham imunodeficiência, já podem ser vacinadas. Inclusive, aqueles que tomaram a primeira dose na rede privada poderão receber a segunda dose pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Faça o seu papel como futuro médico!

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o surto de dengue que o nosso país está enfrentando, não deixe de adotar as medidas de segurança e de falar sobre elas. O importante é evitar a proliferação dos mosquitos, para que a situação possa ser sanada o mais rápido possível.

Se você é estudante, procure se aprofundar um pouco mais sobre essa doença, você pode buscar por um grupo de estudos ou liga acadêmica de Infectologia, por exemplo. Além disso, é fundamental conscientizar as pessoas sobre a importância de procurar assistência médica ao suspeitar de um caso de dengue.

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