Vestibular

Síndrome do impostor e a importância do autoconhecimento

Muitos pré-vestibulandos e estudantes de Medicina sofrem com a síndrome do impostor. Veja como encontrar ajuda para você e para os outros em nosso artigo.

7
minutos de leitura

Em 1978, os pesquisadores Pauline Rose Clance e Suzanne Imes criaram o termo síndrome do impostor ou “síndrome do impostorismo”. O termo aplica-se a pessoas que, mesmo apresentando sinais de capacidade, de intelectualidade e de efetividade, sentem inadequação e medo de serem expostas a avaliações ou de serem julgadas como fraudes.

De maneira sucinta, essas pessoas acreditam que o seu sucesso não é fruto de suas habilidades, mas de sorte ou de outras questões ocasionais. Atualmente, este fenômeno tem sido muito discutido porque tal comportamento acarreta diversos sinais e sintomas negativos.

Muitos pré-vestibulandos e estudantes de Medicina sentem-se assim em suas trajetórias. Caso você tenha se identificado ou desconfie de que algum amigo esteja sofrendo por causa disso, continue a leitura para saber como encontrar ajuda!

Identificando a Síndrome do Impostor

Em geral, pessoas que sofrem da síndrome do impostor buscam feedbacks negativos, internalizando os positivos. Este é um dos processos que faz com que elas caminhem em direção à compreensão de que seus desempenhos não são bons por mérito.

Outro efeito é o ágil gatilho para recordações de insucesso quando algo dá errado. A partir daí, a pessoa passa a ter maiores dificuldades para aceitar as quedas inevitáveis a todo crescimento e desenvolvimento profissional. Um das consequências é obcessão pelo perfeccionismo que, por sua vez, provoca diversos problemas de saúde, tais como: ansiedade, depressão, afastamento social e resistência para lidar com perdas.

Certamente, a vulnerabilidade psicológica causada pela síndrome do impostor também leva as pessoas ao desencontro com a felicidade. Isso porque indivíduos que acreditam em si mesmos e no que fazem têm maior possibilidade de obter bem-estar e satisfação.

Portanto, este fenômeno é responsável por vários impactos significativos na qualidade de vida de suas vítimas. Inclusive, o medo do fracasso acaba limitando o potencial de crescimento e alegria e, assim, prejudicando o desempenho como um todo.

Autoconhecimento

Em todas as situações da vida, se faz necessário caminhar em direção ao autoconhecimento. Nesse sentido, os profissionais de saúde, psiquiatras e psicólogos, devem ajudar seus pacientes, provocando questões reflexivas sobre seus íntimos.

Na prática, o autoconhecimento sempre será o melhor remédio para sanar as dores existenciais, entre outros problemas que inevitavelmente surgirão dia após dia. A saúde mental é continuum, podendo estar em estádios de vulnerabilidade ou potencialidade ao longo da vida.

Entre saúde e doença, o que é capaz de mudar as nossas escolhas é a descoberta constante de quem somos, do que queremos e do que precisamos. “Conhece-te a ti mesmo”, frase atribuída ao filósofo Sócrates, até hoje é o grande desafio da humanidade.

Em quem sofre com a síndrome do impostor, o autoconhecimento tem tamanho microscópico ou inexiste. Afinal, enquanto enfrenta um conflito interno, a pessoa não consegue perceber que sua baixa autoestima consolida um comportamento de negação frente a quaisquer conquistas.

Alguns dos benefícios do autoconhecimento no combate à síndrome do impostor são:

  • Perceber como os fatos impactam sentimentos e emoções;
  • Perceber como as tarefas devem ser valorizadas;
  • Descobrir a própria vocação profissional ou pessoal;
  • Afastar sentimentos negativos de autojulgamento;
  • Diminuir o medo frente a acontecimentos, coisas e pessoas;
  • Sentir mais confiança em si;
  • Compreender os problemas sob uma nova ótica;
  • Conhecer e entender melhor os outros;
  • Respeitar os diferentes e evitar comparações;
  • Valorizar as próprias competências e habilidades;
  • Desenvolver o amor próprio;
  • Fortalecer a autoestima.

Da lista à prática!

O ano de 2022 já começou há alguns meses, mas você ainda pode colocar a busca pelo autoconhecimento na sua lista de realizações a serem cumpridas. Hoje, a medicalização é um ato que, às vezes, nos afasta desse processo, pois alivia certos sintomas, mantendo-nos congelados no que tange à nossa evolução.

Este, porém, não é um argumento de quem demoniza o uso de medicação. Na verdade, é mais uma análise lógica feita por quem acredita no reconhecimento de quão belo e potente nós somos. Então, sugiro que busque valorizar mais a sua existência e ajude outras pessoas a conseguirem esse encontro.

Gostou desse conteúdo? O PEBMED é o maior portal de atualização em Medicina no Brasil. Inscreva-se no site sem pagar nada e receba tudo em primeira mão, na sua caixa de e-mail.