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Símbolo da Medicina: conheça a origem e o significado

O ícone que hoje representa a Medicina é constituído por uma serpente enrolada em um bastão de madeira. Descubra mais sobre a origem e o significado!

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Você provavelmente já associou o símbolo de uma balança à área do Direito ou até mesmo o ícone de uma engrenagem ao ramo da Engenharia, certo? Esses são apenas alguns exemplos de associações comumente estabelecidas pela população. Isso acontece pois, ao longo da história, tornou-se comum a criação de símbolos para representar profissões.

Com a Medicina não aconteceu de forma diferente. O ícone que hoje representa a área é constituído por uma serpente enrolada em um bastão de madeira.

É comum que surjam dúvidas a respeito do significado dessa composição, afinal, inicialmente pode ser difícil encontrar alguma conexão entre os elementos do símbolo e a área médica, não é mesmo? Mas não se engane: cada item possui um significado que se relaciona estreitamente com ela.

Acompanhe a leitura e descubra mais sobre a origem e o significado do símbolo da Medicina!



A história por trás do símbolo

A história por trás do símbolo da Medicina tem suas raízes em um personagem da mitologia grega nomeado Asclépio (ou Esculápio, de acordo com a mitologia greco-romana). Segundo a lenda contada por Hesíodo (um poeta da antiguidade), o menino era filho do deus do sol e da cura, Apolo, e de uma ninfa, Coronis. Após ser arrancado do ventre de sua mãe - que havia sido morta, foi acolhido e criado por um centauro, Quíron.

Quíron, por sua vez, era conhecido por seu altruísmo, sua sabedoria e suas habilidades médicas. Seus conhecimentos na área foram transmitidos a Asclépio quando esse ainda era uma criança.

Com o tempo, o menino passou a atender os doentes que chegavam à procura de seu tutor, usando, para isso, plantas medicinais. Não demorou muito para que os seus saberes ultrapassassem os de seu mestre. O aprendiz conseguiu, inclusive, superar os limites da Medicina por meio de um feito inédito: ele ressuscitava os mortos.

A aptidão incomum do homem desagradou a alguns deuses. Insatisfeito, Zeus lançou um raio sobre ele, matando-o. Depois de sua morte, Asclépio foi intitulado como Deus da Medicina para a cultura greco-romana. Anteriormente, era conhecido por usar um cajado.

Em uma das suas visitas aos templos, uma serpente se enroscou no objeto e, mesmo após as tentativas de retirá-la, continuou presa a ele. O homem optou, então, por transportá-la consigo. O símbolo do réptil com o bastão ficou conhecido como o de Asclépio.

O que cada elemento simboliza?

Além da história por trás do símbolo de Asclépio como um todo, há também um significado específico para os elementos que compõem a marca da Medicina. Pensando na cobra, pode-se apontar uma dualidade em seu mecanismo de defesa, o veneno: ainda que ele simbolize males, também representa a cura, já que é usado para a produção de antígenos. Na Medicina, esse dualismo corresponde, então, à saúde e à doença.

 

 

O processo de troca de pele pelo qual o réptil passa também tem relação com a Medicina: simboliza a renovação e a atualização, aspectos fundamentais na área médica, uma vez que os profissionais que a escolhem precisam se manter informados sobre as inovações capazes de promover o bem da população.

Não para por aí: em várias culturas, o animal mencionado representa a sabedoria e os conhecimentos científicos, tópicos que se relacionam estreitamente com a área da saúde e as pesquisas relacionadas à ela.

No bastão de madeira, é possível identificar outra alegoria à Medicina. O objeto representa a árvore da vida, que simboliza o ciclo da vida e da morte, etapas da trajetória humana amplamente tratadas pela área da saúde. Além disso, para algumas culturas, andar com um bastão representa sabedoria, conceito que também tem a ver com o ramo médico.

Unindo os significados dos elementos mencionados - a cobra e o bastão - entende-se a Medicina como uma área marcada por ciclos e renascimentos, permeada também por dualidades.

Curiosidades sobre a representação da Medicina

Uma curiosidade interessante relacionada às simbologias da Medicina consiste no fato de que a cor usada para representá-la é o verde. Essa relação é estabelecida desde a Idade Média e está ligada ao fato de que a coloração simboliza a esperança, ideia diretamente ligada à área.

Hoje em dia, o tom é usado na maior parte das decorações de festas de formatura da área, por exemplo. Outro fato curioso diz respeito a um equívoco que ocorre com frequência em relação ao símbolo oficial do ramo médica.

O símbolo da Medicina - reproduzido, inclusive, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - é comumente confundido com o ícone que representa as Ciências Contábeis e o Comércio, o Caduceu de Hermes. Esse último se distingue do Bastão de Asclépio em alguns pontos: nele, há duas serpentes enroladas (e não uma) em um bastão de ouro. Há, ainda, asas na ponta da estrutura. Atente-se a esses detalhes, pois as áreas são opostas: os princípios da Medicina defendem que ela não deve ser exercida como comércio.

Em meados do século XX, o exército norte-americano solicitou a mudança do símbolo e da cor que representavam a Medicina. A alteração propunha que a área fosse simbolizada pelo Caduceu de Hermes e pela cor Marrom. Essas modificações, porém, ocorrem apenas nos departamentos médicos dos Estados Unidos.

Vá além!

Como você pôde aprender com essa leitura, por trás da simbologia oficial que hoje em dia representa a Medicina, há uma história curiosa relacionada à mitologia grega. Além disso, os elementos que compõem a marca da área estão carregados de conceitos que, juntos, trazem um significado único ao símbolo dessa profissão tão importante.

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