O que são doenças ocupacionais?
Leia agora este post para entender melhor como as doenças ocupacionais transformam o ambiente profissional e como evitá-las com exercícios e mudanças na cultura organizacional.
Seja em função de jornadas de trabalho muito extensas ou falta de planejamento no ambiente e divisão das tarefas no ambiente profissional, é grande o número de profissionais que acabam adoecendo. Para prevenir e tratar esses tipos de condições é que surgiu a Medicina do Trabalho.
As chamadas doenças ocupacionais estão no centro dos debates no RH já que, segundo a OMS, o número de pessoas que morreram em decorrência de quadros como doenças ocupacionais e acidentes no trabalho chega à 1,9 milhão em todo o mundo.
Neste post, você vai compreender melhor o que são as doenças ocupacionais e quais são os principais quadros encontrados em ambientes profissionais. Por fim, entenda também o que pode ser feito para reverter este cenário.
O que são doenças ocupacionais?
Ainda que não seja uma situação recente, afinal adoecimentos no trabalho ocorrem desde muito tempo, a preocupação geral com este cenário tem crescido apenas atualmente, com o esforço de setores de RH, além de profissionais da Medicina do Trabalho e da saúde mental.
De forma mais ampla, podemos definir as doenças ocupacionais como adoecimentos físicos ou psicológicos que ocorrem em função do trabalho. Assim, mesmo que um quadro de ansiedade seja mais bem percebido na vida pessoal, ela pode ser uma doença ocupacional caso o gatilho inicial tenha se manifestado por conta de uma rotina corporativa estressante, por exemplo.
Além do surgimento destas condições representar dificuldades para o colaborador, é comum que faltas e problemas para obedecer prazos também afetem os resultados e a cultura organizacional da empresa, demonstrando o quanto é urgente debater e acolher casos de doenças ocupacionais.
Quais são as principais doenças ocupacionais?
Como você viu, o leque de doenças ocupacionais é vasto, já que estamos falando tanto de doenças físicas quanto de transtornos mentais, que podem acometer desde quem trabalha com movimentos repetitivos até quem está em um cargo de liderança e lida com fatores estressantes.
Assim, longe de constar na lista de doenças mais raras do mundo, as doenças ocupacionais têm sido cada vez mais comuns no ambiente de trabalho, o que acende um sinal de alerta para líderes do todas as áreas.
A seguir, continue a leitura e conheça quais são as principais doenças laborais e quais podem ser suas principais causas!
LER/DORT
Uma das doenças ocupacionais mais lembradas, LER/DORT é causada pelo excesso de movimentos repetitivos, ocasionando dores e limitações de movimento permanentes.
Ainda que muitas literaturas médicas tratem como a mesma condição, LER e DORT são siglas diferentes. Enquanto LER significa "lesão por esforço repetitivo" e seja mais geral, o termo DORT é mais específico e aponta para "doença osteomuscular relacionada ao trabalho".
Este quadro é muito comum em profissionais que precisam passar muitas horas digitando, que também sofrem com outras questões, como a síndrome do pescoço de texto. Além desta categoria, também é comum em fábricas e organizações que manufaturam produtos, já que muitos profissionais acabam sendo responsáveis por uma única função ou movimento na esteira de produção.
Embora cada caso deva ser avaliado de maneira particular, a maioria dos casos de LER/DORT denunciam a pouca preocupação de empresas com questões ergonômicas, assim como intervalos de descanso e programas periódicos de exercícios físicos.
Perda auditiva
Também muito comum, a perda auditiva está fortemente relacionada ao ambiente fabril, em que o excesso de ruídos é muito presente no funcionamento das máquinas.
Contudo, engana-se quem acha que ambientes com ruídos excessivos são a única causa da perda auditiva. Além deste cenário, a exposição prolongada ao calor, à vibração, e também solventes como o tolueno, presente em tintas, podem ser responsáveis por graus de perda auditiva e até mesmo surdez.
Uma forma de diminuir os casos de perda auditiva é por meio da utilização e conscientização a respeito da importância dos EPIs, isto é, equipamentos de proteção individual.
Problemas na coluna
Como muitos sabem, os problemas na coluna, como dores e desvios, são comuns em toda a população. No caso do ambiente laboral, este problema fica ainda mais evidente.
No caso de colaboradores que trabalham sentados na maior parte de suas jornadas, dores e outras complicações podem surgir quando as cadeiras não obedecem às boas práticas da ergonomia.
Para muitas pessoas que trabalham de pé, o problema são os pesos que precisam ser carregados, caso de trabalhadores de galpões de logística ou montares de móveis, por exemplo.
Nos dois casos, pausas no trabalho, alongamentos e aprendizado da forma correta de levantar pesos sem forçar a coluna são formas de mitigar as dores, embora a consulta com um profissional da saúde seja sempre indicada.
Burnout
Até aqui, vimos exemplos de doenças ocupacionais físicas, isto é, que se manifestam no corpo causando dores, perdas e outras complicações. Entretanto, os transtornos mentais também devem entrar nestas preocupações.
Transtornos como a ansiedade e o estresse são muito comuns, mas outra condição tem tomado a cena em função do número de casos que vem surgindo: o burnout. Segundo o Núcleo de Stress, 1 em cada 3 trabalhadores sofre com burnout no Brasil.
Os principais sintomas da síndrome de burnout incluem cansaço físico e mental exacerbado, dores de cabeça e no corpo, dificuldades de concentração e pouco ânimo relacionado às metas profissionais.
No caso do burnout, em casos mais graves a associação entre medicação receitada por um psiquiatra com o auxílio de um psicólogo e psicoterapeuta pode ajudar na remissão dos sintomas.
Como prevenir estas doenças?
Por se tratarem de doenças que podem se desenvolver e se tornar grandes problemas de saúde, a prevenção da doença laboral no ambiente de trabalho é essencial para construir ambientes de trabalho mais saudáveis.
Quando falamos de ações de prevenção das empresas e líderes, falamos de ações como:
- criar políticas claras contra assédio e bullying:
- investir em um planejamento ergonômico;
- organizar palestras e workshops sobre saúde mental e física;
- fomentar uma cultura organizacional de qualidade.
Com estes simples passos, como instalar mesas e cadeiras em uma altura correta ou promover palestras mensais sobre os impactos e uma cultura organizacional negativa dos colaboradores, é possível prevenir um grande número de doenças ocupacionais.
Além das ações dos líderes, os colaboradores podem evitar doenças com exercícios físicos e atenção às práticas que são desempenhadas no ambiente profissional no dia a dia.
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Neste post, você entendeu mais sobre o conceito de doenças ocupacionais, que tem origem no trabalho e podem se manifestar tanto física quanto psicologicamente.
Além disso, você também descobriu quais são as principais doenças laborais e quais são as melhores maneiras de prevenir estes quadros.
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