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Leishmaniose: tire todas as suas dúvidas sobre a doença

Quer saber o que é a leishmaniose, suas possíveis causas e como ela se manifesta? Confira o nosso artigo agora mesmo e descubra!

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minutos de leitura

Doenças como a hanseníase, Chagas, febre amarela e malária são patologias comuns no Brasil há muitos anos. No entanto, todas elas foram reduzidas e hoje podem ser controladas por profissionais capacitados. Em contrapartida, existe uma enfermidade que tem preocupado o pessoal da área da saúde: a leishmaniose.

A doença, que inicialmente era uma zoonose rural, está se expandindo para os locais urbanos e de grande porte. Trata-se de uma enfermidade crônica que, quando não tratada de maneira correta, pode evoluir para a morte de um paciente. Neste artigo, abordaremos uma série de questões relacionadas a ela.

Quer saber mais sobre a leishmaniose? Siga em sua leitura e compreenda mais sobre esse assunto!

O que é leishmaniose?

Trata-se de uma doença infecciosa, mas que não é contagiosa. Ela é causada por parasitas do gênero Leishmania, que se multiplicam no interior das células de defesa de uma pessoa.

Existem dois tipos de leishmaniose, sendo uma delas a leishmaniose tegumentar ou cutânea, que tem como principal característica feridas na pele, as quais ficam, na maioria dos casos, nas partes descobertas do corpo.

Tais lesões, se evoluírem e não houver o tratamento adequado, podem aparecer nas mucosas do nariz, na garganta e dentro da boca do paciente. Essa forma de manifestação da enfermidade é chamada de “ferida brava”.

Já a outra forma conhecida da doença é a leishmaniose visceral ou calazar. Ela é uma doença sistêmica, que acomete os órgãos internos. Entre eles estão:

  • fígado;
  • baço;
  • medula óssea.

É uma forma menos frequente em adultos e que atinge em sua maioria crianças de até dez anos de idade. Após essa fase, torna-se menos frequente. Ela tem uma evolução longa, podendo causar sintomas durante vários meses e levar 1 ano para ser combatida.

Quais são seus principais sintomas?

A leishmaniose é uma doença infecciosa considerada sistêmica. Entre os principais sintomas, podemos citar:

  • leishmaniose visceral: anemia, febre, cansaço, palidez da pele e mucosas, falta de apetite, inchaço da barriga, perda de peso e aumento do fígado e baço;
  • leishmaniose cutânea: de duas a três semanas após a picada do inseto, começa a aparecer uma elevação na pele, que fica avermelhada. Depois vai aumentando, até se formar uma ferida aberta e coberta de secreção. Também pode manifestar-se no formato de lesões inflamatórias na mucosa do nariz ou da boca.

Essas são as principais ocorrências quando uma pessoa está infectada. Por se tratar de uma doença mortal, tanto o paciente quanto o médico devem ficar atentos aos sinais.

Como pode ser diagnosticada?

O diagnóstico da enfermidade é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais. Logo que for descoberta a doença, a pessoa deve iniciar o tratamento, já que estamos falando de um problema de saúde considerado grave.

Os cachorros também podem pegar essa doença, mas já existe tratamento até mesmo para eles. As medicações podem ser prescritas e acompanhadas por um médico veterinário, conforme a Nota Técnica nº 11/2016.

Quais são as possíveis causas?

A doença é transmitida para os animais e para as pessoas quando os insetos hematófagos realizam a picada na pele. Eles se alimentam de sangue e são denominados como flebotomíneos ou flebótomos.

Eles medem de 2 a 3 milímetros, ou seja, são considerados pequenos. Por terem esse tamanho, conseguem atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas presentes nas casas.

Os insetos têm cor amarela ou cinza e as suas asas permanecem abertas, ainda que estejam em repouso. De acordo com a localidade onde há a incidência da doença, os nomes podem variar. Entre eles, podemos citar:

  • tatuquira;
  • birigui;
  • cangalinha;
  • asa branca;
  • asa dura;
  • mosquito palha;
  • palhinha.

Animais silvestres, como o tamanduá, a preguiça e a raposa, também podem ser picados e contaminados pelos insetos.

Quais são as formas de prevenção?

Os cuidados para que não haja a proliferação desse tipo de inseto envolvem uma série de ações. Se a população agir em conjunto no que diz respeito à higiene ambiental, a maioria dos focos serão eliminados.

A limpeza nos ambientes deve ser feita por meio de:

  • limpeza nos quintais: retirada de frutos podres, fezes de animais e entulhos;
  • jogar o lixo orgânico no local adequado;
  • manter limpos os abrigos de animais domésticos.

Naqueles locais onde for divulgado algum caso, é possível passar inseticidas nas paredes das casas, na tentativa de manter os insetos longe.

Quais são os tipos de tratamentos existentes?

Ainda não existe vacina contra as leishmanioses encontradas nos humanos. Já para a leishmaniose visceral canina, existem vacinas licenciadas no Brasil e na Europa.

O Ministério da Saúde do Brasil ainda não adotou a vacinação canina como uma medida de controle da leishmaniose visceral humana.

Mas como os resultados dos estudos da vacina atenderam às exigências da Instrução Normativa Interministerial nº 31/2007, ela foi registrada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Para todas as formas de leishmaniose que podem ser encontradas no país, o tratamento de primeira linha é realizado por meio da administração de medicamento antimoniato de meglumina (Glucantime).

Outras drogas já testadas e que se demonstraram eficazes são usadas como uma segunda escolha. Estas são a anfotericina B e a pentamidina. Vale salientar que essas drogas têm uma toxicidade considerável.

Quais são as diferenças entre a leishmaniose humana e a canina?

Apesar de serem transmitidas pelo mesmo tipo de inseto, as leishmanioses caninas e humanas se diferenciam umas das outras. Veja abaixo!

Leishmaniose visceral canina

A maioria dos cachorros não desenvolve sintomas clínicos. Quando se manifestam, é possível notar desânimo, sonolência e perda de apetite. Em poucos casos, os animais ficam com paresia nos membros posteriores.

Leishmaniose em humanos

Nas pessoas, pode ser percebido o aumento do baço e do fígado e febre com longa duração. Também podem aparecer outras manifestações, como feridas e perda de peso. Tudo isso vai depender do tipo de infecção.

Agora que você já sabe o que é e quais são os tratamentos eficazes para a leishmaniose, fique atento aos sintomas para evitar problemas mais graves. Saiba também que o SUS oferece tratamento específico e gratuito para essa doença.

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