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Hanseníase: conheça a doença e os maiores desafios dos pacientes

O que é a hanseníase? Conheça alguns detalhes extras sobre essa doença e saiba como ela acontece!

4
minutos de leitura

É bem provável que você já tenha ouvido alguém falar sobre “lepra” ou “leprosos”, certo? Essas palavras eram bem comuns há algumas décadas e é possível encontrá-las em obras antigas, como livros. Mas você sabia que elas se referem ao mesmo significado de “hanseníase” e que são, na verdade, termos ofensivos?

Essa doença é muito comum mas, infelizmente, pouco conhecida e envolta em muitos preconceitos. Por isso, precisamos trabalhar essa informação sobre o assunto.

E isso não é tudo: esse tema também é muito cobrado em vestibulares! Então, continue a leitura para entender mais sobre a hanseníase, suas características e como ela pode ser tratada. Vamos lá!

O que é a hanseníase?

A hanseníase é uma doença crônica infecciosa que é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Ela pode afetar especialmente a pele e os nervos periféricos – e em alguns casos, até mesmo órgãos internos.

Existem diferentes formas clínicas de hanseníase, variando desde formas paucibacilares, com poucos bacilos, até formas multibacilares, com uma carga bacteriana mais alta. A resposta imunológica de cada indivíduo influencia o curso da doença, determinando se ela será mais branda ou mais grave.

Infelizmente, a hanseníase historicamente carrega consigo estigmas e preconceitos que afetam as pessoas que têm a doença. Eles são muitas vezes baseados em equívocos e falta de informação sobre a natureza da hanseníase, sua transmissão e o tratamento eficaz.

É importante destacar que as pessoas com hanseníase têm o direito à dignidade, ao respeito e à igualdade. A superação do preconceito requer esforços coletivos para promover a conscientização, a compaixão e a aceitação.

Quais são as suas causas?

A hanseníase é uma doença de pele causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A transmissão da doença ocorre principalmente de uma pessoa infectada para outra por meio de vias respiratórias, durante contatos próximos e prolongados.

No entanto, nem todas as pessoas expostas à bactéria desenvolvem a doença. A suscetibilidade individual parece depender de fatores genéticos e imunológicos.

É importante destacar que a hanseníase não é transmitida pelo toque casual, apertos de mão ou pela simples convivência em espaços públicos. O risco de transmissão é considerado baixo, especialmente em áreas onde há tratamento adequado da doença.

Além disso, a hanseníase tem um longo período de incubação, o que significa que os sintomas podem demorar anos para se manifestar após a exposição à bactéria. É como se ela ficasse “dormente” em nosso organismo.

E os sintomas?

Os sintomas da hanseníase podem variar de acordo com a forma da doença e o sistema imunológico da pessoa.

Geralmente, os sinais iniciais incluem manchas na pele com alterações de sensibilidade, como dormência ou diminuição da sensação de calor, frio e dor. Essas manchas podem ser pálidas, avermelhadas ou pigmentadas, e muitas vezes têm uma borda clara.

Outros sintomas comuns podem incluir:

  • fraqueza muscular nas mãos, pés e face;
  • nódulos e inchaços, especialmente ao redor dos cotovelos e joelhos;
  • dor, formigamento e fraqueza nas extremidades por conta das alterações nos nervos periféricos.

Como ela é diagnosticada?

O diagnóstico da hanseníase é baseado na avaliação clínica dos sintomas e em exames específicos. Os principais métodos utilizados para diagnosticar a doença incluem:

  • exame clínico, no qual a pele é examinada em busca de sinais característicos da doença, como manchas, alterações de sensibilidade e nódulos;
  • avaliação neurológica para verificar se há perda de sensibilidade, fraqueza muscular ou outros sinais;
  • em alguns casos, uma pequena amostra de tecido (biópsia) da área afetada pode ser retirada e examinada ao microscópio para identificar a presença da bactéria;
  • em alguns casos, exames laboratoriais podem ser realizados.

O diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento o mais rápido possível e prevenir complicações. Por isso, é fundamental buscar o suporte de um clínico geral ou um dermatologista o quanto antes!

Qual é o tratamento feito?

O tratamento da hanseníase é altamente eficaz e geralmente consiste no uso de antibióticos específicos, que podem ser combinados entre si. A junção desses medicamentos é determinada pelo tipo e gravidade da doença. O tratamento é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

É importante destacar que, com o início adequado do tratamento, a maioria dos pacientes se recupera completamente, e a transmissão da doença é interrompida. O tratamento geralmente dura vários meses a alguns anos, dependendo da forma da hanseníase.

Além da terapia medicamentosa, a reabilitação pode ser necessária em casos mais avançados para ajudar na recuperação de eventuais danos neurológicos ou deformidades físicas. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e garantir a completa cura.

Mas isso não é tudo! A educação sobre a hanseníase, seu tratamento e prevenção também desempenha um papel importante na redução do estigma associado à doença.

Há alguma forma de prevenir a hanseníase?

Sim, embora não exista uma vacina específica para a prevenção da hanseníase, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de contrair a doença e facilitar a detecção precoce. Confira:

  • evite contato prolongado e próximo com pessoas que tenham hanseníase não tratada;
  • manter uma boa higiene pessoal, incluindo lavar as mãos regularmente, pode ajudar a reduzir o risco de infecção;
  • conhecer o próprio corpo e estar atento a qualquer alteração na pele, especialmente manchas e dormência, pode levar à detecção precoce da hanseníase.

Além disso, ainda que não seja específica para a hanseníase, a vacina BCG — aplicada ao nascimento para prevenir a tuberculose — tem se mostrado eficaz contra o problema. Por isso, essa é outra maneira de prevenir a doença.

E importante: evitar o contato não é o mesmo que ter preconceito! A doença não é contagiosa por contato direto com a pele. Espalhe essa informação para diminuir o estigma e aumentar a adesão das pessoas ao tratamento!

Gostou do nosso conteúdo sobre a hanseníase?

Como podemos ver, a hanseníase é um problema sério, que pode deixar sequelas e ir além da pele, afetando nervos e prejudicando a qualidade de vida das pessoas afetadas. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para que possamos combater esse problema!

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