Doenças articulares: o que são e como se manifestam

Diversas doenças e problemas de saúde podem afetar as articulações, que representam as principais causas de dores crônicas, podendo ser tratadas com um médico reumatologista. Em geral, as áreas mais atingidas costumam ser as articulações dos joelhos, tornozelos, quadril e pulsos.

O problema causa inflamações e dores incapacitantes que limitam os movimentos e influenciam a qualidade de vida de forma significativa, sendo fundamental conhecê-las melhor para saber como tratá-las. Esses incômodos afetam pelo menos 37% dos brasileiros, resultando em sofrimento e grande impacto na produtividade das pessoas.

O tratamento adequado acompanhado por um estilo de vida equilibrado pode não só reduzir as complicações da doença, como também melhorar a qualidade de vida do paciente.

Neste artigo, explicaremos o que são e como se manifestam as doenças articulares, além de destacar as principais delas. Acompanhe a leitura!

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O que são as doenças articulares?

As articulações são estruturas que impossibilitam o atrito dos ossos na região em que a parte distal de um osso está ligada à parte proximal de outro. Elas são responsáveis por conceder mobilidade e estabilidade ao corpo, assim como sustentar o seu peso.

Dessa maneira, as doenças articulares atingem as estruturas destacadas, provocando um desgaste da cartilagem. Esse impacto, na maioria das vezes, resulta em sintomas, como dores, inchaço, rigidez e grande desconforto, podendo afetar a rotina do paciente.

Além disso, podem causar mudanças nas extremidades ósseas, bursas, tendões, ligamentos e na membrana sinovial — responsável por lubrificar as articulações.

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Quais são suas principais características?

Na maioria dos casos, as doenças articulares se manifestam por meio de dores intensas. Geralmente, são consideradas crônicas, ou seja, tem uma duração superior a 6 semanas, e decorrentes de diversos tipos de lesões ou doenças.

Independentemente dos motivos, essas dores causam bastante incômodo e desconforto no paciente. Como resultado, a inflamação ocasiona rigidez na articulação atingida, o que torna os movimentos do indivíduo limitados, passando a ter dificuldades de realizar tarefas simples.

Com o tempo, a dor pode interferir nas atividades do cotidiano relacionadas ao trabalho e ao lazer, como também na qualidade do sono e na vida pessoal de maneira geral.

As disfunções estão divididas em grupos diferentes. Um dos parâmetros mais utilizados é o que as divide de acordo com sua evolução, sendo elas: em inflamatórias (com nomes que terminam em "ite", como a artrite) e de desgaste (terminadas em "ose", como a osteoartrose).

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Como elas se manifestam?

De modo geral, as pessoas costumam sentir dores nas articulações e é comum desenvolver, com a idade, alguns desgastes e/ou modificações nas estruturas ósseas. Determinados fatores externos, como resfriados, esforços não equilibrados ou má postura no trabalho podem ser condições desencadeantes das enfermidades, porém não são causas exclusivas.

Normalmente, o que ocorre é a acumulação, ao longo da vida, de muitos aspectos que colaboram para o surgimento e o desenvolvimento da doença articular. Por isso, não é possível condicionar a presença das dores à idade.

As inflamações crônicas podem demorar para ocasionar lesões nos órgãos e, consequentemente, para manifestar os sintomas da enfermidade. Então, temos a ideia de que o problema só ocorre com as pessoas idosas.

A verdade é que essas doenças articulares começam a se desenvolver muito tempo depois da manifestação dos primeiros sinais, especialmente por causa dos nossos hábitos. Dessa forma, o ideal é não aceitar os incômodos nas articulações como consequências naturais do envelhecimento, e sim como resultados das próprias ações do indivíduo, que permite que a doença se manifeste.

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Quais são as principais doenças articulares?

Agora que você já sabe o que são e como se manifestam as doenças articulares, é hora de conhecer os principais problemas que prejudicam o funcionamento das articulações. Confira!

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Gota

A gota é uma doença inflamatória que acomete, principalmente, as articulações e acontece quando o nível de ácido úrico no sangue está acima do normal, ficando acumulado nas articulações.

Com o aumento da substância no sangue, ocorre a deposição de cristais nos tecidos, causando dor, inchaço e vermelhidão nos locais, sobretudo nos dedos do pé, nos tornozelos e no joelho. Por esse motivo, caso sinta muita dor ao colocar os pés no chão ou caminhar, é recomendado que o paciente busque um reumatologista ou ortopedista para saber se é algum problema de articulação.

Apenas um profissional pode indicar um tratamento específico e apropriado para o caso, como a melhor maneira de eliminar o ácido úrico por meio da urina e curar as dores frequentes.

Bursite

Consiste na inflamação de um tecido localizado no ombro, que é a bursa sinovial. No entanto, a bursite não dá somente dores articulares, o braço é totalmente afetado e fica fraco. Além disso, surgem sintomas como formigamento dos braços e dificuldade em mexê-los até a altura da cabeça.

A doença é bastante comum entre pessoas que exercem atividades que exigem as mãos acima da cabeça, como pintor, repositor de estoque, nadador, entre outros. Como a bursite limita o movimento do braço, o melhor tratamento é a fisioterapia. No entanto, o médico também pode sugerir um tratamento temporário com medicação para as dores.

Artrite e artrose

Essas doenças são as mais populares e, inclusive, muita gente acaba confundindo as duas. Porém, você verá que se trata de doenças bem diferentes.

A artrite se caracteriza por um processo inflamatório que pode afetar uma ou mais articulações do corpo. As principais causas do problema são obesidade, uso em excesso das articulações, traumas diretos ou indiretos e, até mesmo, microrganismos.

Já a artrose, também chamada de osteoartrite, é um desgaste do amortecimento entre um osso e outro, ou seja, afeta as cartilagens. Trata-se de um processo natural do corpo, mas o seu desgaste aumenta a chance de atrito entre os ossos, provocando desconfortos, inflamações e deformações.

Os tipos de tratamento e de prevenção para ambas são variados e têm como objetivo aliviar a dor, diminuir o inchaço e impedir o avanço da doença. Em alguns casos, é necessário o uso de medicamentos ou uma intervenção cirúrgica. Para recuperação, podem ser feitas sessões de fisioterapia e hidroterapia.

Tendinite

Como o nome sugere, a tendinite é uma inflamação no tendão — uma estrutura fibrosa que liga os músculos aos ossos, possibilitando a movimentação do corpo. Dores nas articulações, inchaço, sensação de calor ou vermelhidão e edema no local são os principais sintomas. Entre as regiões afetadas, podemos destacar: cotovelo, joelho, punho, ombro e tornozelo.

Em geral, os cuidados voltados à doença são fáceis. Quando o paciente sente muitas dores, os analgésicos simples podem funcionar, assim como repouso da região afetada.

É importante ressaltar que, na maioria dos casos apresentados, o tratamento é feito com o uso de medicamentos para amenizar a dor e preservar a função da articulação acometida. Existem também alternativas que estimulam a regeneração da cartilagem. Só em casos mais graves o tratamento cirúrgico é uma opção.

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