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Doença de Parkinson: como ela se manifesta?

Você conhece as causas da doença de Parkinson? E as principais manifestações clínicas? Não? Então, não deixe de ler sobre o tema!

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A doença de Parkinson é uma condição clínica neurodegenerativa caracterizada por alterações no movimento de marcha e na coordenação motora, impactando a qualidade de vida e a rotina diária pessoal e profissional dos pacientes acometidos.

Antigamente considerada uma doença relacionada ao envelhecimento, hoje em dia a idade não é um fator determinante, visto que pessoas acima dos 40 anos já podem desenvolver esse problema.

O tratamento é paliativo, sendo indicado para evitar as complicações da doença, pois até o momento não existe uma cura definitiva. Todavia, quando detectada em estágios iniciais, o desenvolvimento tende a ser mais lento.

Quer saber mais sobre a doença de Parkinson? Então, fique por aqui e aprenda!

Como a doença de Parkinson foi descoberta?

A doença de Parkinson foi chamada inicialmente de “paralisia agitante”, em um ensaio publicado em 11 de abril de 1817 por James Parkinson, que descreveu 6 pacientes com tremedeira constante. Anos mais tarde, foi renomeada como Mal de Parkinson.

James Parkinson foi médico, farmacêutico, paleontólogo e grande ativista político. No entanto, ao longo do tempo, o termo mal, que era historicamente atribuído a situações pejorativas e de rótulos negativos, foi substituído pelo termo doença.

Portanto, a expressão Mal de Parkinson não é mais utilizada nem consta nos compêndios de Medicina, assim como na modificação para Doença de Alzheimer, fazendo também as devidas homenagens a quem descobriu a enfermidade.

Quais são as manifestações clínicas da doença de Parkinson?

Os principais sintomas da doença de Parkinson se referem à lentificação dos movimentos e aos tremores nas extremidades dos membros superiores. Também é possível observar rigidez muscular e falta de coordenação motora.

Normalmente, com os primeiros sintomas, o paciente apresenta dificuldade para manusear talheres, não consegue levar os alimentos à boca e fica impaciente com a situação.

Esses sintomas geralmente acometem pacientes acima de 55 anos, podendo trazer problemas de fala e de articulação das palavras, dificuldade para engolir, problemas no sono, complicações respiratórias etc.

O paciente pode desenvolver também depressão e ansiedade diante das limitações físicas evidenciadas.

Quais são as causas da doença de Parkinson?

Essa condição clínica está diretamente ligada à destruição das células que compõem a substância negra localizada no cérebro, causando também a perda da produção do neurotransmissor dopamina nessa região.

Alguns fatores predisponentes podem contribuir para o desenvolvimento do Parkinson, mas ainda é incerta essa relação causal. Nesse sentido, temos como características que aumentam a probabilidade de ocorrência dessa doença:

  • idade a partir dos 55 anos;
  • sexo masculino; e
  • histórico familiar.

Os fatores hereditários e ambientais também podem aumentar as chances de desenvolvimento do Parkinson. Nesse sentido, o uso frequente de herbicidas e pesticidas pode estar relacionado ao aparecimento dessa condição clínica.

Contudo, a causa subjacente dessa doença, em que ocorre a destruição de uma área específica do cérebro, ainda não foi elucidada. Todavia, com a experimentação animal e a evolução tecnológica, há constantes pesquisas sobre o assunto.

Quais são as complicações da doença de Parkinson?

A progressão da doença ainda é uma incógnita, pois para alguns pacientes ela é bem rápida, enquanto para outros é mais demorada. No entanto, a evolução dos sintomas ocasiona alterações significativas na locomoção do indivíduo, trazendo dependência para a realização das atividades diárias.

Ao longo do tempo, é provável o aparecimento de déficit de memória, alterações da personalidade, alucinações e incapacidade para administrar as estratégias terapêuticas sem apoio profissional e/ou familiar.

Como vimos, também é possível o desenvolvimento concomitante de transtornos de ansiedade e depressão, aumentando o número de medicamentos utilizados e, consequentemente, as interações medicamentosas e a falha terapêutica.

Nesse sentido, é crucial que o prognóstico seja bem eficiente para evitar novas complicações. Além disso, é essencial o apoio da família e dos amigos do paciente.

Quais são as estratégias terapêuticas para a doença de Parkinson?

As principais terapias englobam o uso de medicamentos, a fisioterapia e a cirurgia. Essas medidas serão avaliadas conforme o diagnóstico do médico neurologista e as condições físicas e clínicas do paciente em questão.

Os medicamentos para o tratamento da doença de Parkinson são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, por meio do Componente Especializado de Assistência Farmacêutica (CEAF), desde que atendidos os critérios estabelecidos nos protocolos clínicos.

Os remédios dispensados pelo CEAF são os agonistas dopaminérgicos, os anticolinérgicos, os inibidores da monoaminoxidase (IMAO), entre outros. Para tanto, o médico deve fazer um laudo e anexar os exames comprobatórios da doença, a fim de que o paciente seja encaminhado a uma farmácia do CEAF, também conhecida como de "alto custo".

Destaca-se que a fisioterapia tem como propósito fortalecer a musculatura para evitar quedas, principalmente em idosos, além de melhorar a postura, a coordenação motora e outras funções articulares e de contração.

Já a cirurgia para tratar a doença trata-se de uma neuroestimulação profunda com eletrodos que são direcionados à região acometida. Nesse procedimento, o paciente sob efeito da anestesia fica acordado para que responda aos efeitos da estimulação.

Qual é a abordagem adotada em casos de doença de Parkinson?

Tendo em vista a complexidade de tratamento da doença, é imprescindível que a abordagem ao paciente seja efetiva, humanizada e bastante acolhedora para a comunicação do diagnóstico.

Ao longo do acompanhamento clínico e medicamentoso, todas as dúvidas precisam ser sanadas, prevenindo as intercorrências e sugerindo fortemente o apoio profissional (cuidadores, enfermeiros etc., quando necessário) e familiar.

Quando a internação hospitalar for indicada, é importante comunicar a equipe assistencial sobre as preferências do paciente, a fim de evitar estresse emocional e intervenções desnecessárias durante esse período.

Como se trata de uma doença crônica e incapacitante, mais frequente em homens, a família deve providenciar um cuidador quando possível, fazer revezamento das responsabilidades e manter um registro de todos os problemas, para que eles sejam repassados ao médico responsável e seja possível instituir as possíveis intervenções.


Gostou de aprender mais sobre a doença de Parkinson?

Como vimos, esta é uma condição clínica complexa de origem neurofisiológica que afeta os movimentos de marcha e a coordenação motora, evoluindo para perda de memória, ansiedade e depressão. Quando diagnosticada, é importante compreender e seguir todas as intervenções clínicas, medicamentosas e não farmacológicas (fisioterapia), a fim de garantir qualidade de vida e menos estresse.

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