Câncer: saiba tudo sobre a doença

Não há dúvida de que o câncer seja o principal problema de saúde pública no mundo. Em conjunto com as demais doenças crônicas, vários tipos de câncer figuram entre as principais causas de morte. Além do mais, as neoplasias malignas geram como consequência inúmeras barreiras e desafios para o crescimento da expectativa de vida.

O impacto da incidência e da mortalidade por câncer no planeta é uma das temáticas mais discutidas na atualidade. Dada a importância coletiva dessas doenças, o assunto tem sido cobrado com mais frequência em provas da faculdade e de redação para o vestibular de Medicina.

Em vista disso, criamos este guia completo sobre o câncer tem a finalidade de esclarecer suas principais dúvidas. Se você está se preparando para ingressar na graduação médica ou já está quase se formando em Medicina é importante manter-se atualizado sobre essas doenças — que serão cobradas em provas e certamente vivenciadas durante a prática médica.

Saiba, então, quais são os diferentes tipos de câncer, suas principais causas, formas de prevenção e novidades no tratamento. Aproveite a leitura!

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Em termos globais, como é o panorama do câncer?

Confira os dados mais relevantes extraídos do Relatório Mundial do Câncer divulgado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC). Em 2023, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o foco das pesquisas do IARC é o controle do câncer infantil, cujas estatísticas são igualmente preocupantes.

Em termos mundiais, a IARC alerta para os seguintes dados:

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• apenas em 2020 ocorreram 19,3 milhões de casos novos de câncer no mundo;
• 1 em cada 5 indivíduos terão câncer durante sua vida (20% da população);
• os 10 principais tipos de câncer representam mais de 60% do total de casos novos.
• o câncer de mama feminino é o mais incidente no mundo, com 2,3 milhões de casos novos;
• em segundo lugar é o câncer de pulmão, com 2,2 milhões, seguidos pelas neoplasias de cólon e reto, com 1,9 milhão;
• os casos de câncer de próstata ultrapassam 1,4 milhão de casos novos e o de pele não melanoma chegou a 1,2 milhão;
• o câncer de pulmão é o mais frequente em homens. Junto com os cânceres de próstata perfazem um total de 2,8 milhões de novos casos.

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Projeções do INCA para o Brasil

Para o Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o triênio de 2023 a 2025 não é nada animadora. Veja os números divulgados pelo Ministério da Saúde (MS):

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• as estimativas apontam 704 mil casos novos de câncer;
• o câncer de pele não melanoma é o mais incidente, com projeção de 220 mil casos novos;
• em segundo no ranking, os cânceres de mama, que chegarão a 74 mil casos;
• os tumores malignos da próstata somam 72 mil, enquanto os de cólon e reto ultrapassam 46 mil;
• o câncer de pulmão também continuará entre os mais prevalentes: 32 mil casos novos;
• há um alerta para o aumento de câncer de pâncreas no Brasil: a estimativa é de 10.980 casos;
• conforme a distribuição geográfica, as Regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% da incidência;
• em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões brasileiras, enquanto nas mulheres, o de mama tem maior prevalência.

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Vale destacar ainda que há vários fatores determinantes que justificam essa mudança de cenário elevando, potencialmente, a incidência dessas doenças. Entre outras questões, o desenvolvimento do câncer pode estar atrelado ao envelhecimento da população brasileira, ao estilo de vida e também à manifestação de sintomas tardios.

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Como surge o câncer?

Em geral, o câncer se inicia a partir do momento em que as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a realizar mitoses sucessivas e descontroladas. Ou seja, essas células “problemáticas” apresentam um comportamento anormal e passam a crescer fora de controle.

Do ponto de vista fisiológico, a maioria dos tecidos do corpo passam pelo processo de renovação celular periódico. Porém, isso não acontece nos órgãos com células cancerosas pois, ao invés de morrer, elas continuam em crescimento.

Logo, esse padrão de crescimento fora de controle e a capacidade de invasão de outros tecidos é o que caracteriza as células com potencial canceroso.

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Tumor benigno não é câncer

Vale frisar, no entanto, que nem todos os tumores são potencialmente malignos. Os tumores com caráter não cancerígeno são classificados como benignos. Mesmo que esses tumores causem problemas, cresçam em demasia e pressionem outros órgãos e tecidos saudáveis, eles não são cânceres.

Além disso, eles não apresentam comportamento agressivo e nem invadem outros tecidos e órgãos, como fazem os tumores malignos de todos os tipos de câncer. Desse modo, eles não se disseminam para outros órgãos, pois não têm o potencial de formar metástases.

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Tumores malignos formam metástases

Como você pode imaginar, o câncer tem um comportamento bem distinto de uma doença sazonal, por exemplo. Ao contrário de uma virose, que apresenta sintomas e lesões limitados, um tumor maligno pode se espalhar para outras áreas do corpo.  Esse fenômeno de invasão e de disseminação do câncer é denominado metástase.

Portanto, as células cancerígenas, que expressam caráter maligno, podem começar a crescer desordenadamente e a formar novos tumores longe de seu local de origem. Com isso, elas são mais difíceis de serem controladas com medicação ou outras terapias usuais.

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Quando o câncer foi mencionado pela primeira vez?

Segundo as literaturas divulgadas sobre a história da Medicina, a primeira vez em que se mencionou o câncer foi em um papiro egípcio, datado de 2.600 antes de Cristo. Esse documento apresentava o relato de 48 doenças catalogadas por um médico egípcio, conhecido por Imhotep.

No histórico do médico, a doença classificada como de número 45 foi assim descrita: “lesão em massas salientes na região das mamas, com infiltrado nodular e que se espalharam por todo o peito”. Considerando a limitação do conhecimento de Medicina da época, o relato denota bastante fidelidade ao assunto.

Imhotep ainda foi mais além: descreveu a doença como lesões “frias, duras e densas como uma fruta”. Você há de concordar que não é preciso uma descrição mais vívida do câncer de mama, não é mesmo?

Depois desse relato do Egito antigo, não se teve mais notícias da doença por mais de 2 mil anos. Somente em 440 antes de Cristo, Heródoto retratou a história de Atossa, a rainha da Pérsia: ela sofria dores intensas em um caroço que sangrava em sua mama. Um escravo a convenceu de retirar o tumor, mas não se sabe o que houve depois.

Pelo visto, se hoje o câncer de mama apresenta grande incidência global, ele também pode ser uma das doenças mais antigas da história da humanidade. Contudo, há um ponto positivo que demonstra evolução quanto aos mecanismos do câncer: hoje, as informações disponíveis possibilitam o diagnóstico precoce e ações preventivas que podem salvar vidas.

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O que diz a ciência sobre a origem dos tumores?

Ainda que existam várias hipóteses sobre o assunto, o processo que origina o câncer ainda não está muito bem esclarecido. Em tese, é possível afirmar que, ao longo da evolução, o surgimento de organismos tão complexos forçou o desenvolvimento de alguns fenômenos celulares.

Ou seja, especula-se que existem altos níveis de cooperação entre a variedade de células que compõem os sistemas orgânicos, quer seja animal ou vegetal. No reino animal, essa cooperação é baseada em comportamentos complementares e, de certa forma, até altruístas.

Tais comportamentos evidenciam fenômenos de natureza muito particular em relação à sobrevivência das células em seu meio. Conhecido como apoptose ou suicídio celular, esse mecanismo é determinante para o controle da quantidade de unidades celulares consideradas viáveis. Toda célula ativa realiza autodestruição ao receber um sinal indicando sua inutilidade.

Nesse contexto, o câncer é um mecanismo que rompe com essa cooperação multicelular. As células tumorais "aprenderam" a fazer adaptações necessárias à desobediência ao sinal recebido para autodestruição. Ou seja, essas células "rebeldes" simplesmente ignoram a ordem do sistema e se aperfeiçoam em seu próprio modo de vida: mesmo defeituosas, elas continuam se multiplicando.

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Quais são as principais causas de câncer?

Primeiramente, vale destacar que o processo de formação do câncer é denominado carcinogênese. Além disso, os elementos ou substâncias com potencial para estimular o câncer são chamados oncogenes. Tais substâncias estão presentes nos alimentos processados industrialmente, no ar atmosférico e na fumaça de cigarro, por exemplo.

Mesmo que não exista uma causa estabelecida para justificar o surgimento dos tumores, é preciso considerar os fatores de risco em potencial. Em geral, o câncer se desenvolve em resultado da combinação de diversos fatores. Assim sendo, os efeitos acumulativos de diferentes agentes carcinógenos são essenciais para a promoção da doença.

Toda neoplasia passa pela fase de início, alterações celulares promotoras, progressão e, por fim, da inibição das células tumorais. Mesmo que seja relevante considerar as influências das características individuais, o desenvolvimento da doença costuma estar atrelado aos seguintes fatores:

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• história familiar;
• influência ambiental;
• herança genética;
• obesidade;
• outras doenças crônicas;
• estilo de vida e hábitos individuais;
• distúrbios do sono;
• consumo excessivo de alimentos processados industrialmente;
• questões ligadas ao estresse excessivo ou a outros mecanismos que afetam a defesa imune.

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Quais os tipos de câncer mais comuns?

Listamos algumas das neoplasias mais prevalentes em nossa população. Veja quais são!

Câncer de pele não melanoma

Entre homens e mulheres, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente na população brasileira. Dados do INCA apontam que ele é responsável por cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.

Porém, a boa notícia é que ele pode ser prevenido e atinge boa resposta e cura, quando diagnosticado no início. Entre as medidas de prevenção mais indicadas estão o uso de bloqueador solar, chapéus, bonés e roupas adequadas à proteção das partes mais expostas ao sol.

Esse tipo de câncer é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos e em geral é mais raro em afrodescendentes, com pele escura. Entretanto, a doença pode acometer pessoas já portadoras de doenças dermatológicas. Contudo, esse tumor é uma ameaça para qualquer pessoa com exposição excessiva ao sol sem a devida proteção.

Quanto aos indícios da doença, os seguintes sinais exigem a busca de avaliação profissional:

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• manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram;
• feridas cutâneas que não cicatrizam em até quatro semanas;
• surgimento de verrugas que sangram, em geral na área dos olhos ou no nariz.

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Câncer de mama

Como já dissemos, o câncer de mama feminino é o mais incidente no mundo e o segundo mais incidente no Brasil.

Apesar disso, ele não acontece somente em mulheres. Ainda que os homens cisgênero não tenham as mamas desenvolvidas, eles também possuem glândulas mamárias e hormônios “femininos” em seus corpos, de modo que há um potencial para o desenvolvimento do câncer de mama masculino, ainda que muito pequeno.

As campanhas de conscientização sobre o câncer de mama no Brasil, conhecidas principalmente pelo Outubro Rosa, são fundamentais para alertar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce.

O sinal mais comum é o aparecimento de nódulo na mama, geralmente indolor, duro e irregular. Outros sintomas que podem ser observados são:

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• Inversão do mamilo;
• Retração cutânea;
• Dor;
• Edema cutâneo, semelhante à casca de laranja;
• Hiperemia;
• Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea;
• Descamação ou ulceração do mamilo.

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Câncer de pulmão

O câncer de pulmão, segundo as estimativas do INCA em 2020, é o terceiro tipo de câncer mais comum em homens e o quarto entre a classe feminina no Brasil. No mundo, o câncer de pulmão já ocupa a liderança em incidência: é o primeiro entre o sexo masculino e o terceiro na classe feminina.

No Brasil, os dados já referidos apontam que a doença foi responsável por 28.620 mortes apenas em 2020. De grande relevância epidemiológica e devido à intrínseca relação com o tabagismo, no século XX, a neoplasia maligna de pulmão se tornou uma das principais causas de óbitos preveníveis.

Além da associação com outros agentes cancerígenos, a fumaça do cigarro contém inúmeros elementos que potencializam o risco de câncer de pulmão, de boca, laringe, faringe e esôfago. No país, mais de 85% dos casos já diagnosticados estão relacionados ao uso de derivados de tabaco.

Os sintomas mais comuns que podem evidenciar risco para esse tipo de câncer são:

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• tosse seca ou produtiva por mais de 30 dias;
• escarro com sangue;
• dores torácicas ou lombares que aumentam com o esforço;
• falta de ar.

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Câncer de próstata

A lesão na glândula costuma se desenvolver, preferencialmente em homens com idade acima dos 50 anos. Contudo, a maioria dos casos é diagnosticado em indivíduos na faixa etária de 65 anos ou mais. Quanto maior a idade, mais elevado é o risco de desenvolver esse tipo de câncer.

Quanto ao comportamento, esse tumor tem como característica a progressão mais lenta, que pode ou não apresentar sintomas. Dessa forma, muitas pessoas desenvolvem a doença ao longo dos anos sem, contudo, surgir suspeita alguma. Por isso é tão importante manter os exames de rotina em dia, especialmente porque apesar da progressão ser mais lenta na maioria dos casos, há vezes em que o câncer de próstata pode apresentar rápida progressão e colocar a vida em risco.

Nesse sentido, a realização do exame de dosagem de PSA e de toque retal é essencial para a avaliação diagnóstica. Assim como ocorrem em todas as doenças, quanto mais cedo o diagnóstico, maior será a chance de cura. Por isso, o ideal é se submeter aos testes a partir dos 45 anos de idade.

Em geral, os sintomas que mais sugerem a avaliação médica são:

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• mudança no padrão do jato de urina;
• dor ao urinar;
• dor ou desconforto durante a relação sexual;
• perda de sensibilidade nas pernas.

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Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é um dos mais comuns nas mulheres brasileiras. Ele surge em decorrência de muitos fatores. Porém, a infecção persistente por subtipos do Papilomavírus Humano (HPV), principalmente as cepas HPV-16 e o HPV-18, são responsáveis por mais de 70% dos tumores.

Segundo a projeção do INCA para os próximos anos, cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas serão contaminadas com o HPV ao longo de suas vidas. Relações sexuais desprotegidas e o compartilhamento de materiais como agulha e seringas influenciam esses números.

No mundo, cerca de 290 milhões de mulheres são portadoras do HPV, o que as expõem ao risco de desenvolver esse tipo de câncer, além de disseminá-lo. O exame preventivo, ou de Papanicolau, é o melhor método de rastreamento da doença.

Quanto aos sinais sugestivos da doença, os mais importantes são:

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• dor durante o ato sexual;
• corrimento vaginal fétido;
• dores no baixo ventre;
• menstruação irregular;
• presença de verrugas genitais.

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Câncer de pâncreas

Como já referido, o tumor maligno do pâncreas está se configurando como um dos tipos de câncer em expansão no país. Ele atinge pessoas com mais de 55 anos, predominantemente do sexo feminino, com ou sem histórico de outras neoplasias.

Segundo dados recentemente divulgados, o câncer pancreático já aparece entre os dez tumores que mais acometem as mulheres das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Mesmo que a média de idade seja acima de 50 anos, os riscos para o desenvolvimento em idades mais jovens são considerados elevados.

Em geral, os principais sinais e sintomas sugestivos da doença são:

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• dores abdominais, frequentemente acompanhadas de náuseas e vômitos;
• constipação e flatulência;
• sangramento nas fezes.

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Como prevenir o câncer?

Sem dúvida, a prevenção do câncer passa por medidas básicas de educação preventiva centradas principalmente no estilo de vida. Decerto, combater a obesidade, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool tem, sim, o seu valor. Mas não é apenas isso. Contextualmente, há várias ações necessárias ao alcance de uma longevidade livre de dessas doenças.

Um ponto crítico é que o estilo de vida contemporâneo é atrelado a condições ambientais sujeitas à exposição constante a substâncias cancerígenas. Muitas delas têm caráter mutagênico e potencializam o risco de câncer. Contudo, se houver colaboração e bom senso, ainda é possível frear os processos que antecipam o desenvolvimento de tumores.

Além disso, não se pode desconsiderar os fatores causais relacionados ao estilo de vida, herança genética e outros de importância epidemiológica. Porém, a prevenção do câncer vai além do que se mostra no modelo tipicamente biológico. A cada vez mais, as ações antrópicas representam risco elevado para doenças crônicas e geram consequências ruins ao funcionamento dos ecossistemas.

Em vista disso, talvez seja necessário melhorar a compreensão de que é preciso valorizar atitudes individuais em prol da coletividade. Considerando os efeitos em cascata em relação aos prejuízos causados ao planeta — como a poluição do ar e das fontes das águas, principalmente — as consequências das atividades humanas contribuem bastante para a exposição ao câncer.

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Quais as principais tendências para os avanços nos tratamentos?

Sob nova perspectiva, as teorias sobre o câncer têm sido focadas nos resultados associados ao desenvolvimento de soluções terapêuticas mais inovadoras. O objetivo é adotar medicamentos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes e que limitem os efeitos adversos associados ao tratamento hoje convencional.

Isso porque o uso de altas doses de quimioterapia, que buscam destruir o máximo de células malignas que não são vistas a olhos nus, em geral, acaba prejudicando o paciente e ainda estimulando a proliferação de células resistentes.

Por outro lado, o investimento em terapia adaptativa, mais enraizada nos mecanismos de biologia evolutiva, pode ser, de fato, uma abordagem alternativa e mais eficaz para o controle dos tipos de câncer. Por meio dessa medida, o foco é eliminar apenas uma parte das células cancerosas sensíveis ao tratamento e reduzir os danos aos tecidos saudáveis.

Este foi o nosso guia completo dobre o câncer!

Com a grande incidência da doença no Brasil e no mundo, conhecer mais sobre o câncer, os seus tipos e principais tratamentos é muito importante para o futuro médico. Além de ser um conteúdo muito cobrado em provas, você certamente passará por pacientes com câncer em sua trajetória na Medicina. E é por isso que a área de Oncologia está sempre em evidência.

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