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Câncer de pênis: tudo que pode ser feito para evitar a amputação do órgão

A amputação pelo agravamento do câncer de pênis acarreta outras consequências físicas, sexuais e psicológicas. Veja como prevenir!

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Considerado um tipo raro da doença, o câncer de pênis no Brasil representa 2% do total de casos que atingem homens no país, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste. Logo você vai entender porque este fato é relevante quando o assunto é sobre as formas de se evitar a amputação.

De acordo com um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 25% das pessoas que são acometidas pelo câncer de pênis têm o órgão amputado. Em 2022, por exemplo, foram 1.933 casos da doença e 459 cirurgias para remoção.

A seguir, vamos apresentar tudo o que pode ser feito para evitar que esta medida drástica seja tomada a fim de salvar a vida do paciente. Afinal, a amputação acarreta outras consequências físicas, sexuais e psicológicas, afetando seu bem-estar.

1. Diagnóstico precoce

A primeira medida é o diagnóstico precoce para que o tratamento seja iniciado antes que o tumor cresça muito, aumentando as chances de cura por um processo menos traumático. Mas como isso é feito?

O acompanhamento regular da saúde é o primeiro passo, principalmente para homens cisgênero a partir dos 50 anos – faixa etária com maior incidência da doença. São os exames clínicos e laboratoriais solicitados pelo urologista que detectam a presença do câncer de pênis.

Às vezes, uma úlcera no pênis pode ser sinais de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), não necessariamente de câncer. É o médico especialista que saberá como investigar as causas do problema para que o diagnóstico correto seja feito.

Na presença do tumor, também pode haver mudanças de espessamento e de cor na pele do pênis e do prepúcio, que é a prega cutânea que recobre a glande. Na maior parte dos casos, estes sintomas não são causados por conta de um câncer, mas a menor das probabilidades precisa ser levada em consideração.

Outros sintomas são:

  • Coceira;
  • Queimação;
  • Feridas com forte odor e que não cicatrizam;
  • Secreção branca (esmegma);
  • Ínguas na virilha.

Vale ressaltar que, o aparecimento das primeiras lesões visíveis já é um sinal de estágio avançado de tumoração e até de metástase. Portanto, o check-up preventivo anual, muito comum entre as mulheres cisgênero contra o câncer de útero e de mama, também precisa se tornar parte da agenda de homens cisgênero, mulheres trans e pessoas não binárias que possuam o órgão.  

Isso porque, além da amputação, o câncer de pênis também pode ser fatal. Embora seja menos frequente, sua letalidade ainda é uma realidade. Em 2020, o Ministério da Saúde registrou 463 mortes devido ao tumor e suas complicações.

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2. Higiene pessoal e autocuidado

Lembra-se do dado que mencionamos lá no início do texto? De que a incidência do câncer de pênis é maior no Norte e no Nordeste? Bom, isso se deve às condições socioeconômicas das pessoas que vivem nessas regiões do nosso país, pois a doença está muito associada à condições precárias de higiene íntima.

Vamos a alguns dados que sustentam este cenário: a população nortista sem acesso a água é de 42,6%. Esta é a pior média regional do Brasil, segundo os dados do Painel Saneamento Brasil.

A situação dos nordestinos não é muito melhor. Cerca de 40% da população não possui acesso ao saneamento básico, que inclui o tratamento de esgoto, coleta de lixo, entre outras questões sanitárias.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) recomenda a limpeza diária do órgão com água e sabão, em especial, após relações sexuais e masturbação, para prevenção à doença. Este bom hábito de autocuidado deve ser, inclusive, ensinado desde a infância.

3. Vacinação contra o HPV

Muito se fala da vacinação de meninas cisgênero contra o HPV, pois este é o vírus cuja infecção pode desencadear o câncer de colo de útero. No entanto, o papiloma também favorece o desenvolvimento de câncer de pênis, sendo a vacina um método eficaz de prevenção à doença e, consequentemente, à amputação do órgão.

4. Uso de preservativos

Exatamente para prevenir o contágio por IST, os preservativos de barreira são úteis também para evitar o câncer de pênis. O uso da camisinha peniana ou vaginal impede que o HPV seja transmitido de uma pessoa para a outra.

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[CONTEÚDO EXTRA] Como é o tratamento para câncer de pênis

Assim como os demais tipos de câncer, o tratamento direcionado ao paciente vai depender da extensão local do tumor e do comprometimento das ínguas localizadas na virilha. A princípio, as lesões cutâneas podem ser resolvidas com a circuncisão, que serve para remover o prepúcio, aliada a aplicação de medicamentos no local.

Para o câncer de pênis em si podem ser prescrevidas radioterapia e quimioterapia para reduzir o tamanho do tumor e, após uma segunda avaliação, procedimentos cirúrgicos para removê-lo totalmente. Já nos casos mais graves, é possível que a amputação do órgão seja a única solução já de início.

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