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Agosto Dourado: a importância do aleitamento materno

Descubra a importância do incentivo à amamentação e os desafios envolvidos que o Agosto Dourado visa combater.

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Em 2021, uma pesquisa inédita revelou que a amamentação não é nem de longe um problema no Brasil. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto o Ministério da Saúde recomendam que os bebês recebam o leite materno até os dois anos de idade e é por isso que existe o Agosto Dourado.

A campanha foi criada com o intuito de incentivar a amamentação devido à importância que esse alimento tem para a nutrição infantil. Por aqui, metade das crianças brasileiras são amamentadas por mais de 1 ano e 4 meses.

Outro dado interessante é que quase todas as crianças foram amamentadas alguma vez (96,2%). Além disso, dois em cada três recém-nascidos são amamentados ainda na primeira hora de vida.

A seguir, você descobrirá a importância do incentivo à amamentação e os desafios envolvidos que o Agosto Dourado visa combater. Confira!

Benefícios do aleitamento materno para o bebê

O leite materno é o melhor e mais completo alimento para o desenvolvimento saudável dos bebês por alguns motivos. A começar pelo fato de que ele contém anticorpos, enzimas e células imunológicas que ajudam a proteger contra infecções e doenças.

Também é menor o risco de a criança desenvolver alergias ao longo da vida caso seja amamentada. É por isso que o aleitamento materno deve ser a única fonte nutricional durante os primeiros seis meses de vida.

Soma-se a isso a circunstância de que: o leite materno é digerido com muito mais facilidade pelo sistema digestivo da criança. Mas a amamentação não é importante apenas para o filho, mas também para a mãe, como você verá no próximo tópico.

Benefícios do aleitamento materno para a mãe

Amamentar é uma atitude que ajuda a pessoa a recuperar-se após o parto mais rapidamente. Isso porque há liberação de ocitocina durante a amamentação, hormônio este que auxilia na contração do útero.

Outro benefício é a redução do risco de desenvolver câncer de mama e de ovário e osteoporose. Sem falar que o fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho também pode acontecer graças à amamentação.

Por fim, o leite materno é um alimento sem custos financeiros para a família. Do contrário, os responsáveis precisam desembolsar a compra de fórmulas infantis.

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Desafios e superações endereçadas no Agosto Dourado

Durante o aleitamento materno, algumas mães enfrentam desafios que podem afetar sua saúde física e mental. Um deles é a dor ou o desconforto nos mamilos. Saber posicionar o bebê corretamente é fundamental para que esse problema seja minimizado.

Também é possível que a pessoa não consiga produzir leite ou produza em baixa quantidade. Por esse motivo, um dos objetivos do Agosto Dourado é conscientizar todos, inclusive profissionais da área, a criar um ambiente favorável às mães.

O estresse pode afetar a produção de leite, portanto, a pressão social e familiar pode piorar a situação. Manter uma boa hidratação e adotar uma dieta saudável também pode ajudar na produção de leite.

Há mais desafios? Sim: o ingurgitamento e a mastite, sendo o primeiro ocasionado quando as mamas ficam cheias em excesso. Utilizar bombas de sucção entre as mamadas é uma boa solução, assim como fazer compressas de água morna para aliviar a dor.

Já o segundo trata-se de uma inflamação da mama. Em geral, ela é causada por uma obstrução nos ductos de leite ou por uma infecção bacteriana. Os sintomas são febre, dor e vermelhidão nas mamas, e um médico deve ser procurado.

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O aleitamento materno como pilar da saúde pública

A Atenção Primária à Saúde (APS) é a mais importante, pois é nesta fase do acompanhamento que pode atender de 80% a 90% dos problemas de saúde ao longo da vida de alguém. E o Agosto Dourado contribui muito com isso ao incentivar a amamentação pelos benefícios que citamos anteriormente.

Não à toa, existe a Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) no Sistema Único de Saúde (SUS). Tal política abrange a coleta, tratamento e entrega de leite materno para bebês prematuros ou de baixo peso que não podem ser alimentados pelos próprios genitores.

Também são fornecidas assistência e orientação para o aleitamento materno. Estes esforços existem e trazem resultados para a redução da mortalidade infantil no país.

 

Doenças que podem ser transmitidas pela amamentação

Infelizmente, nem todas as pessoas podem amamentar seus filhos devido às suas próprias condições de saúde. Entre as doenças que podem ser transmitidas por meio do leite materno estão:

  • HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana);
  • Hepatite B, mas a transmissão é rara. Recomenda-se a vacinação do bebê contra a hepatite B nas primeiras horas de vida para prevenir a infecção;
  • Citomegalovírus (CMV), que pode causar sintomas leves ou não apresentar sintomas no bebê. A maioria das crianças saudáveis supera a infecção, mas bebês prematuros ou imunocomprometidos são grupos de risco;
  • Herpes simples, que pode ser transmitida caso a pessoa tenha feridas no seio;
  • Tuberculose, porém, é incomum.

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