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Entenda como funciona um pronto-socorro

Você sabe como funciona um pronto socorro? Então, não deixe de ler mais sobre esse assunto e as rotinas, que devem ser bem estabelecidas para minimizar os danos aos pacientes!

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Atuar em um pronto-socorro requer habilidades técnicas, gerenciais e comportamentais diferenciadas, devido à complexidade das atividades clínicas e a necessidade de tomar decisões de forma rápida e precisa para minimizar os danos e preservar a vida do paciente.

Para tanto, é fundamental conhecer a estrutura, os processos, as legislações e atribuições da equipe emergencista, além dos principais problemas clínicos que chegam ao pronto-socorro de um hospital de pequeno, médio e grande porte.

A partir dessa contextualização alguns estudantes e profissionais recém-formados se identificam com essa área de atuação e se capacitam cada vez mais para essas responsabilidades.

Ficou curioso para saber como funciona um pronto-socorro? Então, não deixe de ler este conteúdo e entenda tudo sobre o assunto!

Afinal, qual é a definição de pronto-socorro?

Primeiramente é preciso diferenciar pronto-socorro de pronto atendimento. O primeiro se refere ao atendimento de pacientes com doenças ameaçadoras à vida, funcionando 24 horas ininterruptas.

O pronto-socorro está necessariamente acoplado às demais estruturas do hospital, pois dependendo da condição clínica do paciente pode ser necessária internação em centro de terapia intensiva, além de outros serviços hospitalares.

O pronto atendimento são unidades que podem ou não estar vinculadas aos hospitais e se destinam ao atendimento de casos agudos, porém com menor gravidade. Em geral, possuem horário de atendimento pré-determinado, apesar de algumas unidades públicas funcionarem 24 horas.

É importante destacar que alguns municípios contam apenas com unidades de pronto atendimento, as chamadas UPAs e por isso captam todo os tipos de atendimento, porém quando a situação do paciente se agrava é crucial providenciar a transferência para um pronto-socorro visando o melhor atendimento.

Por isso, em geral o pronto-socorro conta com uma infraestrutura melhor e equipes maiores, enquanto as UPAs conseguem resolver situações menos complexas, mas que também estão relacionadas à possibilidade de óbito em muitas situações.

Por fim, diferente do pronto atendimento, em que a complexidade dos casos tende a ser menor e existe uma triagem prévia da equipe de enfermagem para avaliar as situações que podem agravar com o tempo de espera.

Qual é a estrutura física de um pronto-socorro?

A estrutura de um pronto-socorro é a mesma de um hospital, contando com macas, equipamentos de suporte ventilatório, monitorização de sinais vitais, exames radiográficos, entre outros.

Existem prontos-socorros de referência para algumas condições específicas e, nesse caso, alguns materiais e equipamentos são diferenciados, tais como nos atendimentos a pacientes com queimaduras ou com traumatismos cranianos.

A estrutura do pronto-socorro dependerá também do número de pacientes atendidos, conforme levantamento hospitalar. O número de leitos e o de profissionais será contabilizado a partir desse quantitativo também.

Para atender o público alvo do pronto-socorro é preciso contar com uma farmácia hospitalar que tenha medicamentos de suporte à vida, antídotos, materiais médicos específicos, próteses e materiais especiais (OPME) em número e qualidade suficientes.

Afinal, como funciona um pronto-socorro?

Para compreender como funciona um pronto-socorro, a melhor forma é pensar na jornada feita pelo paciente ali, desde a sua chegada até a saída.

O pronto-socorro deve possuir uma rotina bem estabelecida para diminuir os erros e comprometer o atendimento. Então, a partir do momento em que o paciente chega, tudo deve ser bem organizado.

Normalmente, o paciente chega ao pronto-socorro em ambulâncias do serviço público ou privado e os socorristas fazem um breve relato da situação encontrada e os procedimentos já realizados.

Quando o paciente chega de ambulância é importante fazer o cadastro com as informações disponíveis, porém em situações graves a entrada no sistema informatizado do hospital é feita apenas por um código. No decorrer da internação, faz-se uma busca mais completa.

Conforme o relato dos socorristas, os médicos emergencistas iniciam as intervenções considerando aquelas com maior gravidade clínica ou que contribuirão significativamente no risco de morrer.

No entanto, também existem situações em que o paciente chega espontaneamente ao pronto-socorro acompanhado da família e amigos como nos casos de suspeita de infarto agudo, fraturas ósseas expostas, convulsões, hemorragias, etc.

Após a identificação do paciente é preciso analisar quais procedimentos serão necessários e a rotina para executá-los. Por exemplo, se o paciente precisar ser entubado, como comunicar a equipe de farmácia o número do tubo endotraqueal e o restante de materiais necessários.

Todos os procedimentos devem ser “orquestrados” para otimizar o atendimento e evitar complicações ao paciente. Após a estabilização do paciente, ele pode seguir três caminhos: internação, cirurgia ou alta. A equipe emergencista trabalha sempre para estabilizar o paciente para, então, encaminhá-lo a outras áreas.

Portanto, assim que a condição estiver normalizada, pode-se optar pela transferência ao centro de terapia intensiva, ambulatórios para observações ou para serviços específicos, como cardiologia, grandes queimados, etc.

Qual é a equipe clínica de um pronto-socorro?

Os profissionais de saúde que fazem parte da equipe emergencista são basicamente médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, podendo ser incluídos outros a depender do tipo de demanda.

Todos os profissionais de saúde precisam ter treinamento em situações de urgência e emergência, além de saber trabalhar sob pressão constante e de forma harmoniosa com os demais membros.

Os emergencistas normalmente trabalham em regime de plantão, a não ser os profissionais da equipe administrativa, contas a pagar, convênios, entre outras que dão suporte ao procedimento do pronto-socorro.

Quais são as vantagens de ser um médico emergencista?

A especialidade de Medicina de Emergência é bastante divulgada nos filmes e seriados de televisão devido a emoção inerente e a capacidade de salvar vidas por meio de decisões acertadas.

Além do “glamour” dessa área de atuação, a remuneração também é outra vantagem para quem deseja atuar como emergencista, além da possibilidade de trabalhar em outros hospitais com pronto-socorro.

Para alguns profissionais, outro benefício é a capacidade imediata de resolução dos problemas, ainda que o óbito seja mais frequente, além da possibilidade de não criar vínculo com o paciente, o que pode facilitar a rotina de trabalho.

A rotina do pronto-socorro é bem interessante para quem deseja aprender com os desafios constantes da Medicina, lidar com pressão na tomada de decisão e buscar sempre a minimização dos danos frente às situações de urgência e emergência. Para o médico emergencistas é uma excelente oportunidade pessoal e profissional.

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